31.5.09

Por essa luz que me alumia!
Sambaqui (Florianópolis-SC), 31.5.2009



O vento e a barba-de-velho.










*

Paisagem em frente de casa de manhã e à tarde.
DOMINICAIS


A abertura Semana Cultural de Santo Antônio de Lisboa será marcada pelo retorno dos "Sábados Culturais" do Baiacu de Alguém, dia 6.6, às 21 horas, com a presença do grupo Portal do Choro - samba, chorinho, MPB, e outras atrações. Alimentação: Bistrô da Leila. Bebidas no local. Ingresso: R$ 10,00. Vestindo a camiseta do Baiacu: R$ 5,00.


Detalhe do interior da igreja de Santo Antônio e N.S. das Necessidades.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

Dia 7 - Domingo
14h - Sessão de autógrafo do livro “Cada Macaco no seu Galho”, de Cristina Santos.
15h30 - Show Acústico MPB, com Joana Cabral e Jorge Lacerda. Local: Feira das Alfaias/Praça Roldão da Rocha Pires.

Dia 8 - Segunda-feira
19h30 - Lançamento de Concurso Literário (contos e poesia). Lançamento do projeto Fazendo Cinema na Comunidade.
20h - Apresentação da Camerata Florianópolis, com regência do maestro Jéferson Della Roca. Local: Igreja de Santo Antônio e Nossa Senhora das Necessidades.

Dia 9 - Terça-feira
Das 8 às 11h, das 14 às 16h00 e das 18 às 20h - Mostra de Cinema Catarinense. Local: Auditório da Cesusc.
20h30 - Mostra comemorativa 24 anos da Casa Açoriana e 80 anos de Eli Heil. Local: Centro Cultural Casa Açoriana.

Dia 10 - Quarta-feira
Das 8 às 11h, das 14 às 16h00 e das 18 às 20h - Mostra de Cinema Catarinense. Local: Auditório da Cesusc.
20h - Painel cultural com participação da Câmara Municipal de Florianópolis, Fundação Franklin Cascaes, Ipuf, Secretária de Turismo, Iphan e entidades locais.
20h30 - Abertura da exposição Motivos de Santo de Antônio. Espaço Cultural Santo de Casa (r 15 de Novembro).

Dia 11 - Quinta-feira
6h - “Fazendo Arte na Rua” - Participação das escolas e comunidade na Confecção dos tapetes de “Corpus Christi”.
20h - Abertura do salão Comida Típica da Ilha, sob a orientação da profª Silvana Graudenz Müller (IF-SC, ex-Cefet). Local: Salão Paroquial Valérico de Souza. Reservas: (48) 3235 2572. (Realização Convivium Engenho de Farinha – Slow Food. E-mail: engenhoandrade@gmail.com). Mostra de fotografias “Olhar Açoriano”, de Flavio de Oliveira

Dia 12 - Sexta-feira
Abertura da Festa de Santo Antônio
19h30 - Novena
20h30 - Boi de mamão de Sambaqui
21h - Pau de fita de Sambaqui
21h30 - Show com a banda Compasso Aberto
23h - Banda Kid Joe
* Durante a festa haverá atividades de lazer promovido pelo SESC

Dia 13 - Sábado
18h30 - Missa do padroeiro
19h30 - Procissão da imagem de Santo Antônio
20h - Concurso de quadrilhas de São João e casamento na roça
22h30 - Show musical com banda de forró
* Durante a festa haverá atividades de lazer promovido pelo SESC

Dia 14 - Domingo
9h30 - Missa


Realização - Irmandade do Divino Espírito Santo, AARTESAL e Associação Cultural Baiacu de Alguém.

Apoio - Cesusc, Fundação Catarinense de cultura, Fundação Franklin Cascaes, AMSAL, Banco do Brasil, Cinemateca Catarinense, Associação de Bairro de Sambaqui (ABS), IF-SC (ex-Cefet), Mostra de Cinema Infantil de Florianopolis, Ótica Brasil e SESC.

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EMANUEL MEDEIROS VIEIRA


O escritor Emanuel Mendeiros Vieira e sua companheira Célia retornaram hoje (31.5) a Brasília, nas primeiras horas, levando na bagagem as lembranças da mesa-redonda e do lançamento do livro "Olhos Azuis - Ao sul do efêmero" na última quinta-feira na UFSC ”. Por um bom tempo vão se lembrar da farinhada no engenho de José Roberto de Andrade (Beto); a visita ao jornalista Raul Longo na Ponta do Sambaqui; o almoço de sábado com o irmão Paulo Leonardo Medeiros Vieira e o sobrinho Paulo, no restaurante do Dandão; e da Festa do Divino do Ribeirão da Ilha.

Aproveitei a presença de Emanuel na cidade, hospedado na residência do artista e crítico Janga, na Praia Comprida/Caminho dos Açores, para iniciar uma entrevista com ele. Afinal, o conheci em 1972, nos tempos do Colégio de Aplicação da UFSC, antes ainda do lançamento de seu primeiro livro, Expiação de Jerusa. Hoje com 64 anos de idade e tendo sobrevivido aos ataques recentes de uma malina bactéria, Emanuel não perdeu o lume interior, a chama, aquela vibração continuada, a exaltação de um guri. Permanece um observador arguto, externando sempre sua exacerbada idolatria pela existência, cantando sempre as virtudes do ser humano, mas reservando um lado para as mazelas sem com elas se envolver.

Dizer que ele continua assim é insuficiente, ou seja, o Emanuel que ainda ensarilha as armas aguçou todas essas qualidades: a visão plural que tinha do mundo e da vida se ampliou frente a complexidade cada vez maior do conhecer. Se antes, o escrever era uma simples necessidade, uma catarse como ele costuma dizer, hoje se tornou primordial, faz parte de seu corpo, tão importante quanto respirar. Caminhando com certa dificuldade, apoiando-se às vezes no interlocutor, ele declama continuamente a poética que faz da vida e dos humanos habitantes da Terra, gesticula como um regente, conduzindo o fio do raciocínio.

PS - O livro Olhos Azuis - Ao sul do efêmero, de Emanuel Medeiros Vieira, pode ser encontrado na Casa Açoriana (Centro Histórico de Santo Antônio de Lisboa).


Com Raul Longo e Ida na Ponta do Sambaqui.



Emanuel, Célia, Paulo e Paulinho Medeiros Vieira.

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Reunião da ABS

Pauta da próxima reunião da Associação de Bairro de Sambaqui (ABS), terça-feira (1º.6), às 20 horas, no Anexo do Casarão.

* II Arraiá Açoriano
* Oficinas de Artes Cênicas
* Equipamentos Justiça Federal
* Evento N.A.
*Participação em Seminário do Instituto Carijós
* Contrato de Prestação de Serviços Contábeis

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Victor Jara

Confira: "Los estremecedores testimonios de cómo y quiénes asesinaron a Víctor Jara", por Jacmel Cuevas P. do site La Haine, que detalha "el interior del Estadio Chile - construido sólo cuatro años antes de los hechos - era un escenario 'dantesco' debido a la gran cantidad de prisioneros: 5.600".

30.5.09

FARINHADA DO BETO 2

A farinhada no engenho de José Roberto de Andrade
(Beto) continua até por volta das 15 horas de hoje (30.5).







29.5.09

Revelações surpreendentes
sobre a morte de Víctor Jara



A sua história é um dos capítulos mais dolorosos e emblemáticos do golpe de Estado liderado no Chile pelo general Augusto Pinochet em 11 de setembro de 1973. Ao longo dos anos sucederam-se relatos sobre a prisão, as torturas e a morte do conhecido músico chileno Víctor Jara, assassinado no emblemático estádio de Santiago. Porém, apenas agora, quase 36 anos depois da tragédia, começa-se a se decifrar o quebra-cabeça de sua morte e como foi as últimas horas de sua vida e do impressionante resgate clandestino do seu cadáver. A reportagem é do jornal Clarín, 28-05-2009. A tradução é do Cepat.


No mesmo 11 de setembro do golpe, e da morte do presidente socialista Salvador Allende, cerca de 600 estudantes e professores se amotinaram em protesto na Universidade Técnica do Estado de Santiago. Entre eles, estava Víctor Jara que era professor da universidade e se aproximava dos 41 anos.

Os militares irromperam na Universidade, vários foram presos e levados ao estádio, entre eles Jara, reconhecido músico e símbolo da esquerda chilena, autor de temos como Te recuerdo Amanda e Plegaria del labrador. Segundo a declaração judicial do recruta José Alfonso Paredes, hoje preso pelo caso, uma vez alojado junto a outros presos no estádio transformado em uma gigantesca prisão, um subtenente “começou a jogar roleta-russa encostando o revólver na têmpora do músico. Dali saiu o primeiro tiro mortal que estourou o seu crânio”. “O corpo de Víctor Jara caiu no solo de costas. Paredes observou como convulsionava e escutou do subtenente ordens dadas a ele, e a outros recrutas que descarregassem rajadas de fuzil no corpo do artista”. Segundo a autopsia, o corpo de Jara tinha ao redor de 44 impactos de balas.

O mesmo testemunho indica que meteram o corpo de Jara em uma bolsa e logo o carregaram em um veículo militar. Outras 14 pessoas foram crivadas de balas e seus cadáveres tiveram igual destino. O testemunho de Paredes coincide com o de outros ex-prisioneiros ao assinalar que Jara foi interrogado ao menos duas vezes nos vestiários do estádio e que foi submetido a torturas que incluíram a fratura de suas mãos a golpes de coronhadas, um símbolo do ensandecimento com que agiram os agentes do nascente regime militar ao reconhecer o músico.

Em relatos prévios sobre Jara se menciona a comovedora tentativa de outros presos para tentar despistar os algozes logo após uma sessão de tortura, tentando mudar a sua fisionomia, vestindo-o com outra roupa, cortando o seu cabelo negro com um cortador de unhas. Os últimos que o viram com vida disseram que estava muito machucado, com o rosto inchado e as mãos fraturadas.

O seu cadáver foi transladado como NN ao Instituto Médico Legal (IML). Depois de guardar silêncio por 35 anos, Héctor Herrera Olguín, ex-funcionário do Registro Civil e radicado na França, relatou a Justiça de que maneira ajudou a viúva de Jara, Joan Turner, a chegar até os restos mortais do seu esposo e assim lhe dar uma sepultura. Herrera Olguín disse que foi enviado no dia 16 de setembro ao IML, onde se ordenou que tomasse as impressões digitais dos corpos perfilados no estacionamento do local. O ex-funcionário calcula que havia uns 300 mortos, entre os quais havia crianças e mulheres. Um empregado o alertou que entre os corpos enfileirados estava o de Víctor Jara e lhe mostrou sigilosamente. Estava muito sujo, com terra nas feridas, o cabelo endurecido pela terra e o sangue. Notavam-se a olhos vistos as feridas profundas em ambas as mãos e na cara e tinha os olhos abertos, “mas com um olhar tranquilo”, disse Herrera, quem anotou às escondidas o número de sua ficha e de suas impressões digitais. Para isto teve que abrir as suas mãos que as tinha empunhado, muito rígidas.

No dia seguinte foi à secção dactiloscópica do Registro Civil e com a cumplicidade de uma funcionária, buscaram a ficha de Jara e comprovaram que haviam assassinado o músico. Anotou os dados de sua esposa e o endereço. Na madrugada do dia 18 de setembro, Herrera chegou até a casa dos Jara em Las Condes e relatou a sua esposa o que havia visto. Pouco depois, partiram juntos até o IML e iniciaram a busca que acabou no segundo andar do edifício. O corpo de Jara tinha o n. 20. Joan abraçou o cadáver e chorou em silêncio.

Herrera invocou sua qualidade de funcionário para poder retirar o corpo em um dia feriado e ajudou a preencher o certificado de óbito onde consta que Jara morreu por ferida de bala no dia 14 de setembro às 5hs. Depois conseguiram dinheiro para comprar o caixão para colocar o corpo.

Herrera e um amigo que o ajudou com o dinheiro para comprar o caixão, entraram e pegaram o cadáver, o transladaram em uma maca metálica com sua roupa dobrada aos pés. Cobriram o corpo com um poncho e uma mortalha e o depositaram no caixão. Joan esteve por uma hora sozinha com o cadáver de seu marido. Enterraram-no Cemitério Geral, próximo ao IML, apenas porque a empregada encarregada viu o nome do morto e permitiu. Foi enterrado em um modesto lugar e sem flores, no mesmo lugar em que se encontram ainda hoje os seus restos mortais.


Veja também

* Justiça do Chile reabre processo que acusa ex-militar de matar Víctor Jara - Folha Online

* Site da Fundação Victor Jara.
FARINHADA DO BETO 1

A massa da mandioca obtida nas últimas horas está na prensa para
perder a umidade. Por volta das 3h desse sábado começa a forneada.
José Roberto de Andrade (Beto) e Timotinho Ferreira fazem força.

Sr. Timotinho observa a obra do artesão Beto Andrade.

Beto e sua última obra: uma canga nova para os bois.

Almoço feito no interior do engenho lembra os tempos antigos.

Massa da mandioca antes de ir para a prensa.

Os dois descansam antes da longa jornada da próxima madrugada.

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Caminhando em Santo Antônio de Lisboa

A caminho do engenho do Beto, encontrei o escritor Emanuel Medeiros Vieira, que lançou livro ontem em Florianópolis, caminhando por Santo Antônio de Lisboa, acompanhado do crítico de arte João Otávio Neves Filho (Janga). Nesse sábado (30.5), Emanuel vai conferir o final da farinhada do Beto na Praia Comprida (Caminho dos Açores), próximo ao restaurante Samburá, a partir das 9 horas.

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Vazamento de água

Próximo ao engenho do Beto, na rua Agenor José da Silva, um morador mostra o local de um vazamento de água da Casan. É possível ouvir o barulho da água tratada que escoa pela rede pluvial. "Eles [Casan] foram avisados na segunda-feira, mas até agora não vieram consertar", reclamou.
Mercado da fé


Por Frei Betto * (Adital)

Como os supermercados, as Igrejas disputam clientela. A diferença é que eles oferecem produtos mais baratos e, elas, prometem alívio ao sofrimento, paz espiritual, prosperidade e salvação.

Por enquanto, não há confronto nessa competição. Há, sim, preconceitos explícitos em relação a outras tradições religiosas, em especial às de raízes africanas, como o candomblé e a macumba, e ao espiritismo.

Se não cuidarmos agora, essa demonização de expressões religiosas distintas da nossa pode resultar, no futuro, em atitudes fundamentalistas, como a "síndrome de cruzada", a convicção de que, em nome de Deus, o outro precisa ser desmoralizado e destruído.

Quem mais se sente incomodada com a nova geografia da fé é a Igreja Católica. Quem foi rainha nunca perde a majestade... Nos últimos anos, o número de católicos no Brasil decresceu 20% (IBGE, 2003). Hoje, somos 73.8% da população. E nada indica que haveremos de recuperar terreno em futuro próximo.

Paquiderme numa avenida de trânsito acelerado, a Igreja Católica não consegue se modernizar. Sua estrutura piramidal faz com que tudo gire em torno das figuras de bispos e padres. O resto são coadjuvantes. Aos leigos não é dada formação, exceto a do catecismo infantil. Compare-se o catecismo católico à escola dominical das Igrejas protestantes históricas e se verá a diferença de qualidade.

Crianças e jovens católicos têm, em geral, quase nenhuma formação bíblica e teológica. Por isso, não raro encontramos adultos que mantêm uma concepção infantil da fé. Seus vínculos com Deus se estreitam mais pela culpa que pela relação amorosa.

Considere-se a estrutura predominante na Igreja Católica: a paróquia. Encontrar um padre disponível às três da tarde é quase um milagre. No entanto, há igrejas evangélicas onde pastores e obreiros fazem plantão toda a madrugada.

Não insinuo assoberbar ainda mais os padres. A questão é outra: por que a Igreja Católica tem tão poucos pastores? Todos sabemos a razão: ao contrário das demais Igrejas, ela exige de seus pastores virtudes heróicas, como o celibato. E exclui as mulheres do acesso ao sacerdócio. Tal clericalismo trava a irradiação evangelizadora.

O argumento de que assim deve continuar porque o Evangelho o exige não se sustenta à luz do próprio texto bíblico. O principal apóstolo de Jesus, Pedro, era casado (Marcos 1, 29-31); e a primeira apóstola era uma mulher, a samaritana (João 4, 28-29).

Enquanto não se puser um ponto final à desconstrução do Concílio Vaticano II, realizado para renovar a Igreja Católica, os leigos continuarão como fiéis de segunda classe. Muitos não têm vocação ao celibato, mas sim ao sacerdócio, como acontece nas Igrejas Anglicana e Luterana.

Ainda que Roma insista em fortalecer o clericalismo e o celibato (malgrado os escândalos frequentes), quem conhece uma paróquia efervescente? Elas existem, mas, infelizmente, são raras. Em geral, os templos católicos ficam fechados de segunda à sexta (por que não aproveitar o espaço para cursos ou atividades comunitárias?); as missas são desinteressantes; os sermões, vazios de conteúdo. Onde estão os cursos bíblicos, os grupos de jovens, a formação de leigos adultos, o exercício de meditação, os trabalhos voluntários?

Em que paróquia de bairro de classe média os pobres se sentem em casa? Não é o caso das Igrejas evangélicas, basta entrar numa delas, mesmo em bairros nobres, para constatar quanta gente simples ali se encontra.

Aliás, as Igrejas evangélicas sabem lidar com os meios de comunicação, inclusive a TV aberta. Pode-se discutir o conteúdo de sua programação e os métodos de atrair fiel. Mas sabem falar uma linguagem que o povo entende e, por isso, alcançam tanta audiência.

A Igreja Católica tenta correr atrás com as suas showmissas, os padres aeróbicos ou cantores, os movimentos espiritualistas importados do contexto europeu. É a espetacularização do sagrado; fala-se aos sentimentos, à emoção, e não à razão. É a semente em terreno pedregoso (Mateus 13, 20-21).

Não quero correr o risco de ser duro com a minha própria Igreja. Não é verdade que ela não tenha encontrado novos caminhos. Encontrou-os, como as Comunidades Eclesiais de Base. Infelizmente não são suficientemente valorizadas por ameaçarem o clericalismo.

Aliás, as CEBs realizarão seu 12º Encontro Intereclesial de 21 a 25 de julho deste ano, em Porto Velho (RO). O tema, "Ecologia e Missão"; o lema, "Do ventre da Terra, o grito que vem da Amazônia". São esperados mais de 3 mil representantes de CEBs de todo o Brasil.

Bom seria ver o papa Bento XVI participar desse evento profundamente pentecostal.


* Escritor e assessor de movimentos sociais. Autor, em parceria com Leonardo Boff, de "Mística e Espiritualidade" (Garamond), entre outros livros.

Ilustração: Gallo Sépia.

28.5.09

Tezza é censurado
em Santa Catarina



Uma obra literária acaba de ser censurada pela Secretaria de Educação de Santa Catarina - Aventuras Provisórias, de Cristóvão Tezza. O preconceito de carolas aliado a uma certa dose de ignorância cortaram a cabeça de um livro que recebeu os prêmios Petrobras de Literatura Brasileira, Jabuti, Bravo – Livro do Ano, Prêmio Portugal e Prêmio São Paulo de Literatura.

Explica a nota oficial da Secretaria de Educação: "Em vista das observações de dois professores que atuam em unidades da rede estadual, feitas após a leitura do livro e antes de utilizá-lo em classe, e em decorrência da constatação de expressões consideradas incompatíveis com a idade de alunos das séries iniciais do ensino médio, a SED, por prudência, resolveu recolher todos os exemplares do autor às Gerências Regionais de Educação e ao Almoxarifado Central da Secretaria".

Decisão infeliz com base em parecer pífio que dá a medida de nossa civilização.
Festa do Padroeiro
e Mostra Cultural

Santo Antônio de Lisboa - 6 a 14 de junho - 2009


Uma extensa programação vai agitar o distrito de Santo Antônio de Lisboa a partir da próxima semana. A música, a arte e o artesanato, a literatura e o folclore da região vão se misturar à religiosidade muito presente na comunidade. O Sambaqui na rede 2 vai acompanhar de perto os principais momentos com textos e fotos.

Como aperitivo temos a farinhada que começa hoje (28.5, quinta-feira) na residência de José Roberto de Andrade (Beto), na altura do número 154 da Praia Comprida (Caminho dos Açores), junto ao restaurante Samburá. Atuando profissionalmente na construção civil, Beto se interessou pelos sistemas dos engenhos desde pequeno em sua própria casa. Observando aqui e ali, indagando, estudando enfim, ele se tornou um artesão construtor dessas estruturas, um dos últimos na região da Capital. Hoje será cevada (ralada) a mandioca. Amanhã (sexta), ela será prensada. No início da madrugada de sábado a massa começa a ser forneada, surgindo a farinha. Quem tiver interesse em acompanhar, a casa vai estar aberta. Beto: (48) 8809 3815.

A seguir algumas imagens da orla de Santo Antônio de Lisboa, obtidas no último dia 15.