O escritor Emanuel Medeiros Vieira lança nessa quinta-feira (28.5) o romance Olhos Azuis – Ao sul do efêmero (Brasília: Thesaurus Editora/FAC, 2009).
Às 18 horas no hall do CCE-UFSC.
De manhã, às 10h30, ele participa de uma mesa-redonda com o título "Um dedo de prosa", coordenada pela profª Tânia Regina Ramos, com os escritores Maicon Tenfen e Carlos Negreiros. Local: Auditório Henrique Fontes (CCE-UFSC). A atividade integra a III Semana Acadêmica de Letras (26 e 28.5).
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Emanuel, o generoso
Por Amílcar Neves*
Especial para o Sambaqui na rede
Especial para o Sambaqui na rede
O Emanuel é um sujeito que vez por outra surpreende os amigos e admiradores. Ele é, pois, um cara surpreendente, e não apenas por causa da sua combativa literatura. Nela, ele revela uma preocupação e uma ternura superlativas pelos mais desafortunados, pelos desassistidos da sorte e dos governantes. Em sua ficção, Emanuel brada o grito do seu inconformismo e do inconformismo dos cidadãos conscientes, de todos nós que prezamos os valores imorredouros do humanismo - sob pena da morte irrecorrível da civilização.
Quando lancei meu primeiro livro, em 1979, uma coletânea de contos, Emanuel já era um dos maiores e mais importantes nomes da Literatura catarinense. Um parâmetro disso foi a edição de um livro seu pela Ática, de São Paulo. Uma prova indiscutível de qualidade, o reconhecimento da sua ousadia, da sua inovação nas letras brasileiras.
Pois, com tudo isso, naquele ano o Emanuel me surpreendia: ele foi um dos primeiros autores locais a, generosamente, me receber como escritor, a este desconhecido que surgira do nada um ano antes publicando crônicas no jornal O Estado.
Mais tarde, ilhéu até a medula da oitava geração, Emanuel tornava a nos surpreender: não pelo fato de ir trabalhar em Brasília, mas pela circunstância de lá se fixar desde tantos anos. Claro, ele conhece melhor do que nós o feitiço da Capital Federal: depois de dois anos por lá, ninguém mais quer saber de retornar às origens. Decerto porque, lá, é o lugar em que as pessoas se sentem verdadeiramente brasileiras.
O que não mudou, não muda nunca, é o largo e generoso coração do Emanuel, esse amigo fraterno.
*Amilcar Neves é escritor de umas coisas por aí (conforme o autor).
Ilustração: Uochiton S.
Ilustração: Uochiton S.
Um comentário:
Aprendi muito
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