31.12.10

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Baía Norte de Florianópolis desde Sambaqui. Foto: Celso Martins

Desejamos a tod@s
um FELIZ 2011

O Sambaqui na Rede cumprimenta carinhosamente alguns moradores Sambaqui, Santo Antônio de Lisboa e Barra do Sambaqui, através de seus apelidos* (criativos, irreverentes e inusitados).

Agia, Água Crua, Alicate, Anaconda, Arraia, Arroz, Asa Branca,

Babua, Baby, Badú, Baduga, Baga Roxa, Bagaço do Joca, Baixinho, Banana, Bem-Te-Vi, Beto Farmácia, Beto Para-Raio, Bi, Biá, Bicudo, Bilau, Biro-Biro, Bob Esponja, Boca, Bochecha, Boneco, Boquinha, Bozo, Bronquite, Bugre, Buzu,

Cabeça, Cabeção, Cachorro, Cadinho, Caga Lata, Caga Paraíso, Caga Poço, Caga Rancho, Caixa de Sonho, Cajú, Canjica, Capucho, Caqui, Caramujo, Caranha, Careca, Cariá, Carico, Catarro, Catinga, Cau, Ceará, Cebola, Celinho Pintor, Célio Careca, Chanel, Charles Chaplin, Chico da Viola, Chocolate, Cocada, Cota,

Dadá, Dadinho, Dandão, Deca, Deca-Deca, Dedé, Dego, Dez pras duas, Dézinho, Dezoito, Diano, Dica, Dido, Dinha, Dinho, Do Morro, Dobradiça, Dorinho,

Escadinha, Escova, Escrivão,

Farinha, Feijão, Fofoqueiro, Fonfon, Foquinha, Formiga,

Gago, Galego Oeste, Galo Cego, Gambá, Garoto, Gaturame, Gaúcho, Gavião, Gemada, Gringa,

Hellmans,

Ita,

Janjão, Jeca-Tatú, João do Lanho, Juca Bomba, Juninho Bill,

Lacraia, Leleco, Lindão, Lobão, Lula,

Mamão, Mandico, Maneco, Maria da Chácara, Maria da Toca, Maricota, Maromba, Marrão, Marreco, Marujo, Melado, Mendigo, Menina, Mi, Milóca, Mimi, Minhoca, Miso, Mocinha, Môio, Monstrinho,

Neco, Nega, Negão, Nenem, Nequinho, Ni, Ninho,

Palermo, Papa Velha, Parú, Pataxo, Pé Redondo, Peixe, Pepeco, Peteca, Petinha, Pezão, Pianço, Picolé, Pimba, Pimpolho, Pinto, Piolho, Pirão, Pitchulinha, Playboy, Pomba de Ouro, Pomba de Prata, Pomba, Pombinha, Pombo, Porquinho, Porrinha, Pouca Pressa, Prego, Preta,

Quelé, Ques-Ques, Quico, Quidinho, Quido Maria, Quija, Quik, Quilão, Quirino, Quito,

Raivinha, República, Rey, Roberto Cavalo, Rola Andrade, Rola Pires, Rolinha

Sacramento, Sambaqui, Santa, Siri, Só Golpe, Soquete, Sorriso, Sukita,

Tabaco, Tatú, Tatuíra, Tebom, Teca, Testa, Tica-Tica, Tieta, Tilica, Tindó, Tiroga, Tiziu, Toco, Toía, Toló, Toninho Maluco, Torrão, Tranca Rua, Três Emenda, Tuta, Tututa,

Urso,

Uti,

Vá, Vaca Braba, Velho, Veneno, Vesguinha, Vovô,

Xerife, Xixi,

Zé Beto, Zé da Flor, Zé da Toca, Zinho, Zumbi.


*Lista elaborada por
Cecília Maria Robillard e Zeneide Melo,
com ajuda de
Sérgio Luiz Ferreira.
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Estou enviando artigo de final de ano:
um balanço sombrio do sofrimento
humano causado pela atual crise.
Esperançoso 2011. Lboff


Crise neoliberal e
sofrimento humano

Por Leonardo Boff*
Teólogo

O balanço que faço de 2010 vai ser diferente. Enfatizo um dado pouco referido nas análises: o imenso sofrimento humano, a desestruturação subjetiva especialmente dos assalariados, devido à reorganização econômico-financeira mundial.

Há muito que se operou a “grande transformação”(Polaniy), colocando a economia como o eixo articulador de toda a vida social, subordinando a política e anulando a ética. Quando a economia entra em crise, como sucede atualmente, tudo é sacrificado para salvá-la. Penalisa-se toda a sociedade como na Grécia, na Irlanda, em Portugal, na Espanha e mesmo dos USA em nome do saneamento da economia. O que deveria ser meio, transforma-se num fim em si mesmo.

Colocado em situação de crise, o sistema neoliberal tende a radicalizar sua lógica e a explorar mais ainda a força de trabalho. Ao invés de mudar de rumo, faz mais do mesmo, colocando pesada cruz sobre as costas dos trabalhadores. Não se trata daquilo relativamente já estudado do “assédio moral”, vale dizer, das humilhações persistentes e prolongadas de trabalhadores e trabalhadoras para subordiná-los, amedrontá-los e, por fim, levá-los a deixar o trabalho. O sofrimento agora é mais generalizado e difuso afetando, ora mais ora menos, o conjunto dos países centrais. Trata-se de uma espécie de “mal-estar da globalização” em processo de erosão humanística.

Ele se expressa por grave depressão coletiva, destruição do horizonte da esperança, perda da alegria de viver, vontade de sumir do mapa e até, em muitos, de tirar a própria vida. Por causa da crise, as empresas e seus gestores levam a competitividade até a um limite extremo, estipulam metas quase inalcançáveis, infundindo nos trabalhadores, angústias, medo e, não raro, síndrome de pânico. Cobra-se tudo deles: entrega incondicional e plena disponibilidade, dilacerando sua subjetividade e destruindo as relações familiares. Estima-se que no Brasil cerca de 15 milhões de pessoas sofram este tipo de depressão, ligada às sobrecargas do trabalho.

A pesquisadora Margarida Barreto, médica especialista em saúde do trabalho, observou que no ano passado, numa pequisa ouvindo 400 pessoas, que cerca de um quarto delas teve idéias suicidas por causa da excessiva cobrança no trabalho. Continua ela: “é preciso ver a tentativa de tirar a própria vida como uma grande denúncia às condições de trabalho impostas pelo neoliberalismo nas últimas décadas”. Especialmente são afetados os bancários do setor financeiro, altamente especulativo e orientado para a maximalização dos lucros. Uma pesquisa de 2009 feita pelo professor Marcelo Augusto Finazzi Santos, da Universidade de Brasília, apurou que entre 1996 a 2005, a cada 20 dias, um bancário se suicidava, por causa das pressões por metas, excesso de tarefas e pavor do desemprego. Os gestores atuais mostram-se insensíveis ao sofrimento de seus funcionários, acrescentando-lhes ainda mais sofrimento.

A Organização Mundial de Saúde estima que cerca de três mil pessoas se suicidam diariamente, muitas delas por causa da abusiva pressão do trabalho. O Le Monde Diplomatique de novembro do corrente ano, denunciou que entre os motivos das greves de outubro na França, se achava também o protesto contra o acelerado ritmo de trabalho imposto pelas fábricas causando nervosismo, irritabilidade e ansiedade. Relançou-se a frase de 1968 que rezava:”metrô, trabalho, cama”, atualizando-a agora como “metrô, trabalho, túmulo”. Quer dizer, doenças letais ou o suicídio como efeito da superexploração capitalista.

Nas análises que se fazem da atual crise, importa incorporar este dado perverso que é o oceano de sofrimento que está sendo imposto à população, sobretudo, aos pobres, no propósito de salvar o sistema econômico, controlado por poucas forças, extremamente fortes, mas desumanas e sem piedade. Uma razão a mais para superá-lo historicamente, além de condená-lo moralmente. Nessa direção caminha a consciência ética da humanidade, bem representada nas várias realizações do Forum Social Mundial entre outras.

*Leonardo Boff é autor de Proteger a Terra-Cuidar da vida:como evitar o fim do mundo, Record 2010.

29.12.10

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BELÉM DO PARÁ
Dezembro de 2010 - Fotos 3/3

Por Margaret Grando


Imagens da Igreja de Nazaré








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Outras imagens de Belém








Final do ensaio

28.12.10

Confira abaixo as notícias do Baiacu

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SÓ ACONTECE COMIGO

Por Olsen Jr.

Em 1938 o escritor Jean-Paul Sartre publicou o romance “A Náusea” que tinha o título original de “Melancolia”, mas que o editor resolveu mudar... Nele, o personagem Antoine Roquentin busca um sentido para a existência. Obra de gênio. O protagonista se sente um “nada”, de nada para nada, gratuito. Percebe que tudo no mundo é “gratuito”, não precisava “existir”... Não vou contar o livro... Li tudo umas dez vezes já... A impressão que tenho, é a de me sentir no fundo de um poço, dali não se pode passar, portanto, o melhor é sair logo, enquanto isso dói bastante... A consciência dói...

Mais tarde, em uma entrevista, afirma que “Enquanto houver uma criança no mundo passando fome, aquele livro não fazia o menor sentido”... Um blefe, claro. O livro existe independente de quem passe fome aqui ou ali. Mas qual era a ideia? Well penso o mundo está “explodindo” e um cidadão se dá ao luxo de escrever um livro cujo mote é alguém buscando um sentido para a existência, burguesamente o cara busca um “sentido para a existência”, se dá ao luxo até de ser um solitário... Porque não existe nada mais burguês do que o sujeito “escolher” a solidão como companheira...

Estou pensando nisso, agora neste Natal de 2010. Francamente, não me empolgo mais. Observo as pessoas correndo, correndo mesmo, como se houvesse uma grande urgência para se comprar determinados produtos ou fazer algumas “coisas” que não foram feita antes, mas precisam ser “ultimadas” nesse final de ano, é muito triste.

Ontem, fui almoçar com um amigo, na saída do restaurante, um calor desgraçado, nós caminhávamos lentamente, tudo parecia conspirar para dilapidar a energia, um desassossego violento, e passa por nós, na calçada, uma senhora com pacotes e uma garrafa térmica, ela passou entre eu e o meu colega, ofegante, mas rápida, digo espontaneamente “minha senhora, não importa aonde a senhora vá, ou o que vá fazer essa pressa não vai adiantar absolutamente nada, entendeu, nada”... Ela passou, fez de conta que não ouviu, foi até onde tinha de ir, e chegando lá, sentindo-se “segura”, voltou-se e com um olhar que deveria ter “carbonizado” qualquer mortal, me fulminou... Feia como era não tinha percebido já que a minha observação a pegou pelas costas, com um nariz adunco, tive a certeza naquele momento que a Madame Mim existia, as bruxas não são coisas de revistas em quadrinhos, elas existem mesmo.

E depois, o que foi constatado lá no “São Lucas”, um lugar que deveria abrigar menores infratores... Parecia uma masmorra de algum castelo medieval, um porão com fios elétricos desencapados, alternativa para infligir dor em alguém, o que foi aquilo que a promotoria pública tornou público? Palavra de escoteiro, o que era aquilo?

E você me vem falar em Natal?

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Notícias do Baiacu

Pré-Reveillon no dia 30 (quinta-feira) a partir das 21 horas, com animação da banda Quebra Com Jeito. Ingressos: R$ 15,00 e R$ 10,00 (com a camiseta dos anos anteriores do Baiacu).


Cineclube

O Cineclube do Baiacu entrou em recesso no último dia 17. As atividades reiniciam em 20 de janeiro de 2011, às 20h30. … porque o isola, graças ao silêncio e a escuridão, do que podemos chamar de seu habitat psíquico, o cinema é capaz de pôr o espectador em êxtase melhor do que qualquer outra expressão humana … É o melhor instrumento para exprimir o mundo dos sonhos, das emoções, do instinto. Em todos os filmes, bons ou maus, além e apesar das intenções dos realizadores, a poesia cinematográfica luta para vir a tona e se manifestar.” Luis Buñel, A poesia do cinema, 1955.


Bateria

A todos os ritmistas e parceiros do Baiacu: os ensaios da bateria começam no próximo dia 14 de janeiro.

27.12.10

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VISITA ILUSTRE
Jacaré do manguezal
de Ratones
faz a festa
na Ponta do Sambaqui


Nas águas da Ponta do Sambaqui. Foto: Eduardo Augusto Nascimento (SP)

O aparecimento de um jacaré na praia da Ponta do Sambaqui no último dia 24.12, provocou tumulto entre os banhistas. Dezenas de pessoas se aglomeraram para ver de perto o animal que, aparentemente, queria apenas descansar e voltar para sua casa no manguezal de Ratones. Uma criança chegou a atirar uma pedra para espantar o animal, que procurou refúgio entre as pedras da Ponta, mas nem ali teve sossego. Uma turista afoita fez seguidas fotos a 30 centímetros do jacaré, disparando flaches sobre ele. O drama só terminou com a chegada de técnicos do ICMBio que conduziu o infeliz para seu local de origem. Segundo testemunhas tinha cerca de 1,65m e pesava uns 20 quilos.

O site do ICMBIO diz o seguinte sobre o jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris): "Espécie própria da costa oriental do Brasil, norte da Argentina e Uruguai. Vive entre a vegetação aquática das margens de rios, lagos e nos banhados. Alimenta-se de moluscos aquáticos e outros vertebrados. Em condições normais, não costuma atacar o homem. A postura consiste de 30 a 50 ovos que são depositados em terra e recobertos por uma camada de folhas e húmus. A fêmea protege seus ovos até o final da incubaçào, quando então conduz os filhotes até a água. Atualmente, o jacaré-de-papo-amarelo é uma espécie ameaçada de extinção". Fonte: ICMBio.

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BELÉM DO PARÁ
Dezembro de 2010 - Fotos 2/3

Por Margaret Grando









26.12.10

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Último pronunciamento
de Lula como presidente




“Onde houver um jovem que queira sonhar grande, peço-lhe que olhe a minha história e veja que na vida nada é impossível.”


“Queridas brasileiras e queridos brasileiros,

Dentro de poucos dias, deixo a presidência da república. Foram oito anos de luta, desafios e muitas conquistas. Mas, acima de tudo, de amor e de esperança no Brasil e no povo brasileiro. Com muita alegria, vou transmitir o cargo à companheira Dilma Rousseff, consagrada nas urnas em uma eleição livre, transparente e democrática. Um rito rotineiro neste país que já se firmou como uma das maiores democracias do mundo.

É profundamente simbólico que a faixa presidencial passe das mãos do primeiro operário presidente para as mãos da primeira mulher presidenta. Será um marco no belo caminho que nosso povo vem construindo para fazer do Brasil, se Deus quiser, um dos países mais igualitários do mundo. País que já realizou parte do sonho dos seus filhos. Mas que pode e fará muito mais para que este sonho tenha a grandeza que o brasileiro quer e merece.

Minhas amigas e meus amigos,

Hoje, cada brasileiro – e brasileira - acredita mais no seu país e em si mesmo. Trata-se de uma conquista coletiva de todos nós. Se algum mérito tive, foi o de haver semeado sonho e esperança. Meu sonho e minha esperança vêm das profundezas da alma popular - do berço pobre que tive e da certeza que, com luta, coragem e trabalho, a gente supera qualquer dificuldade. E quando uma pessoa do povo consegue vencer as dificuldades gigantescas que a vida lhe impõe, nada mais consegue aniquilar o seu sonho, nem sua capacidade de superar desafios. E, quando um país como o Brasil, cuja maior força está na alma e na energia popular, passa a acreditar em si mesmo, nada, absolutamente nada, detém sua marcha inexorável para a vitória.

Foi com esta energia no peito que nós, brasileiros e brasileiras, afugentamos a onda de fracasso que pairava sobre o país quando assumimos o governo. Agora, estamos provando ao mundo - e a nós mesmos - que o Brasil tem um encontro marcado com o sucesso.

Se governei bem, foi porque antes de me sentir presidente, me senti sempre um brasileiro comum que tinha que superar as suas dores, vencer os preconceitos e não fracassar. Se governei bem, foi porque antes de me sentir um chefe de Estado, me senti sempre um chefe de família, que sabia das dificuldades dos seus irmãos para colocar comida na mesa, para dar escola para seus filhos, para chegar em casa, todas as noites, a salvo dos perigos e da violência.

Se governamos bem, foi, principalmente, porque conseguimos nos livrar da maldição elitista que fazia com que os dirigentes políticos deste grande país governassem apenas para um terço da população e se esquecessem da maioria do seu povo, que parecia condenada à miséria e ao abandono eternos.

Mostramos que é possível e necessário governar para todos - e quando isso se realiza o grande ganhador é o país.

Minhas amigas e meus amigos,

O Brasil venceu o desafio de crescer econômica e socialmente e provou que a melhor política de desenvolvimento é o combate à pobreza. Construímos, juntos, um projeto de nação baseado no desenvolvimento com inclusão social, na democracia com liberdade plena e na inserção soberana do Brasil no mundo. Fortalecemos a economia sem enfraquecer o social; ampliamos a participação popular sem ferir as instituições; diminuímos a desigualdade sem gerar conflito de classes; e imprimimos uma nova dinâmica política, econômica e social ao país, sem comprometer uma sequer das liberdades democráticas.

Ao receber ajuda e apoio, o nosso povo deu uma resposta dinâmica e produtiva, trabalhando com entusiasmo e consumindo com responsabilidade, ajudando a formar uma das economias mais sólidas e um dos mercados internos mais vigorosos do mundo. Em suma: governo e sociedade trabalharam sempre juntos, com união, equilíbrio, participação e espírito democrático.

Minhas amigas e meus amigos,

O Brasil demonstra hoje sua pujança em obras e projetos que estão entre os maiores do mundo e vão mudar o curso da nossa história. Me refiro às obras das hidrelétricas de Jirau, Santo Antônio e Belo Monte; às refinarias de Pernambuco, Rio de Janeiro, Maranhão e Ceará; às estradas que vão abrir rotas inéditas e estratégicas, como as ligações com o Pacífico e o Caribe; e às ferrovias Norte-Sul, Transnordestina e Oeste-Leste, além do projeto, em licitação, do trem de alta velocidade, que vai ligar São Paulo ao Rio.

Também estamos fazendo os maiores investimentos mundiais no setor de petróleo, principalmente a partir da descoberta do pré-sal, que é o nosso passaporte para o futuro. Ele vai gerar milhões de empregos e uma riqueza que será, obrigatoriamente, aplicada no combate à pobreza, na saúde, na educação, na cultura, na ciência e tecnologia e na defesa do meio ambiente.

Estamos, ainda, realizando um dos maiores projetos de combate à seca do mundo: a transposição das águas do São Francisco, que irá matar a sede e diminuir a pobreza de milhões e milhões de nordestinos.

Ao mesmo tempo em que realiza grandes obras, o Brasil, acima de tudo, cuida das pessoas - em especial das pessoas mais pobres. Temos, hoje, os maiores e mais modernos programas de transferência de renda, segurança alimentar e assistência social do mundo. Entre eles, o Bolsa Família, que beneficia quase 13 milhões de famílias pobres e é aplaudido e imitado mundo afora.

Nosso modelo de governo também permitiu que o salário mínimo tivesse ganho real de 67% e a oferta de crédito alcançasse 48% do PIB em 2010, um recorde histórico. O investimento em agricultura familiar cresceu oito vezes e assentamos 600 mil famílias - metade de todos os assentamentos realizados no Brasil até hoje.

Com o Luz para Todos levamos energia elétrica a 2 milhões e 600 mil pequenas propriedades. E, através do Minha Casa Minha Vida, estamos construindo 1 milhão de moradias, e as famílias que recebem até 3 salários mínimos serão as mais beneficiadas.

Na área da saúde, tivemos vários avanços como o Samu, o Brasil Sorridente e as unidades de pronto atendimento, as UPAs, que estão sendo construídas Brasil afora.

Triplicamos o investimento em educação, elevando a qualidade do ensino em todos os níveis. Inauguramos 214 escolas técnicas federais, mais do que foi feito em 100 anos. E implantamos 14 novas universidades e 126 novas extensões universitárias em todas as regiões do país. O Prouni beneficiou 750 mil jovens de baixa renda, com bolsas universitárias.

Meus amigos e minhas amigas,

Há muitos outros motivos que reforçam nossa confiança no futuro do Brasil. Temos quase 300 bilhões de dólares de reservas internacionais próprias - dez vezes mais do que tínhamos no início do nosso governo. Nossa taxa média anual de crescimento dobrou. Agora, em 2010, por exemplo, vamos ter um crescimento recorde de quase oito por cento - um dos maiores do mundo.

E outras quatro grandes conquistas provam, com força simbólica e concreta, que nosso país mudou de patamar e também mudou de atitude. Geramos 15 milhões de empregos, um recorde histórico, e hoje começamos a viver um ciclo de pleno emprego. Promovemos a maior ascensão social de todos os tempos, retirando 28 milhões de pessoas da linha da pobreza e fazendo com que 36 milhões entrassem na classe média.

Zeramos nossa dívida com o Fundo Monetário Internacional e agora é o Brasil que empresta dinheiro ao FMI. E, ao mesmo tempo, reduzimos como nunca o desmatamento na Amazônia.

A minha maior felicidade é saber que vamos ampliar todas estas conquistas. Minha fé se alicerça em três fundamentos: as riquezas do Brasil, a força do seu povo e a competência da presidenta Dilma. Ela conhece, como ninguém, o que foi feito e como fazer mais e melhor. Tenho certeza de que Dilma será uma presidenta à altura deste novo Brasil, que respeita seu povo e é respeitado pelo mundo.

Este país que, depois de produzir seguidos espetáculos de crescimento e inclusão, vai sediar os dois maiores eventos do planeta: a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Este país que reduziu a desigualdade entre as pessoas e entre as regiões e vai seguir reduzindo-a muito mais. Este país que descobriu que não há maior conquista do que recuperar a auto-estima do seu povo.

Queridas brasileiras e queridos brasileiros,

Quero encerrar com um pedido enfático e um agradecimento profundo.

Peço a todos que apóiem a nova presidenta, assim como me apoiaram em todos os momentos. Isso também significa cobrar, na hora certa, como vocês souberam me cobrar. A cobrança foi um estímulo para que a gente quisesse fazer sempre mais.

E o amor de vocês foi a minha grande energia e meu principal alimento. Agradeço a vocês por terem me ensinado muitas lições. E por terem me fortalecido nas horas difíceis e ampliado minha alegria nas horas alegres.

Saio do governo para viver a vida das ruas. Homem do povo que sempre fui, serei mais povo do que nunca, sem renegar o meu destino e jamais fugir à luta.

Não me perguntem sobre o meu futuro, porque vocês já me deram um grande presente. Perguntem, sim, pelo futuro do Brasil! E acreditem nele. Porque temos motivos de sobra para isso.

Minha felicidade estará sempre ligada à felicidade do meu povo. Onde houver um brasileiro sofrendo, quero estar espiritualmente ao seu lado. Onde houver uma mãe e um pai com desesperança quero que minha lembrança lhes traga um pouco de conforto. Onde houver um jovem que queira sonhar grande, peço-lhe que olhe a minha história e veja que na vida nada é impossível.

Vivi no coração do povo e nele quero continuar vivendo até o último dos meus dias. Mais que nunca, sou um homem de uma só causa e esta causa se chama Brasil!

Um feliz natal e próspero ano novo a todos vocês. E muito obrigado por tudo."



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MENSAGENS NATALINAS

Pessoal!

Um Feliz Natal a todos!

Que neste momento, quando comemoramos o nascimento de Jesus, deixemos nascer em nossos corações o amor por nossos semelhantes.

Um beijo carinhoso

THERE

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É NATAL!

Chegamos ao final de 2010. Neste ano, muita coisa boa aconteceu, e estamos felizes por ter vocês perto de nós!

Gostaríamos de agradecer a parceira e a amizade de vocês, e desejar a todos um Feliz Natal e um 2011 repleto de coisas boas! (Baiacu)

24.12.10

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(Mesmo sem água)
O SAMBAQUI NA REDE
DESEJA FELIZ NATAL


Presépio de Santo Antônio de Lisboa, confeccionado
por Amilton Pereira Machado. Foto: Celso Martins


Cumprimentos às mais antigas e tradicionais
famílias do distrito de Santo Antônio de Lisboa


Alves, Amaral, Andrade, Blanco, Branco, Cabral, Campos, Costa, Cunha, Damasceno, Dias de Lima, Dias, Dutra, Ferreira, Garcia, Gomes, Gonçalves, Januário, Lima, Lisboa, Luz, Machado, Marciano, Marins, Martins, Pereira Machado, Pereira, Peres, Pires da Cunha, Pires, Queiroz, Rocha, Santos, Sartorato, Silva, Silveira, Souto, Souza, Valente, Ventura, Viana.


*Lista elaborada pelo historiador Sérgio Luiz Ferreira para o Sambaqui na Rede.


Fotos: Celso Martins

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MENSAGENS RECEBIDAS

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"Um feliz natal com muito amor e celebração...& ...um super ano novo! Saudações arqueológicas, Fabiana Comerlato".
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Também recebemos mensagens natalinas de Robson Ceron, deputado federal Cláudio Vignatti, Cícero José da Silva, vice prefeito de Florianópolis João Batista Nunes e de Sergio Buettgen (carteiro).
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Casan deseja a todos um
FELIZ NATAL SEM ÁGUA



A Casan debocha dos consumidores: primeiro não sabia da falta de água, depois alegou quebra de equipamento e, por fim, disse ignorar a data da normalização do abastecimento. Como se não bastasse, não tem como enviar caminhões-pipa para abastecer as residências.

O problema abrange todo o distrito de Santo Antônio de Lisboa. A água que vem do sistema Pilões-Cubatão, no Continente, está sendo desviada para os balneários do Norte da Ilha de Santa Catarina (abastecido por um sistema de poços que não atende a alta demanda).


23.12.10

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FALTA ÁGUA
Distrito de Santo Antônio de Lisboa


Entra ano e sai ano e o drama se repete: na véspera de Natal a Casan transfere o abastecimento para os balneários do Norte de Ilha, deixando o distrito de Santo Antônio de Lisboa sem água tratada. Nas partes mais baixas o precioso líquido aparece por alguns momentos, mas nas áreas altas o sofrimento já começou. Isso deve se estender até o início de janeiro, como aconteceu nos últimos quatro a cinco anos.

"A prioriedade agora passa a ser o turista, não o morador", lamenta o presidente da Associação de Moradores de Santo Antônio de Lisboa (AMSAL), Cláudio Andrade. Nos anos anteriores os dirigentes comunitários do distrito entraram em contato com a Casan, mas não obtiveram sucesso. Parece que só o Ministério Público pode fazer alguma coisa.

22.12.10

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AMÍLCAR NEVES,
LEONARDO BOFF
,
MIRIAM SANTINI DE ABREU


Foto: Milton Ostetto

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Roberto manda notícias

Por Amílcar Neves*

Em verdade, quem mandou notícias do Roberto foram os gêmeos de Videira. Ficcionista tem desses vícios de profissão: sempre distorce, muda, altera, "melhora" algo na realidade para tentar dar algum sentido e levar algum interesse ao que escreve. Assim, anuncia em letras grandes que Roberto mandou notícias para, em seguida, dizer que os arautos foram Claudinei e Claudionor.

Os dois irmãos só não são siameses: idênticos em tudo, desde o físico até o intelectual, desde o mental até o espiritual, estão sempre juntos. Quando conversam, cada qual invariavelmente diz a metade da frase, deixando ao outro que a complete. E o complemento de um é sempre o que o outro estava mesmo querendo dizer. Usam o artifício, que já passou a integrar suas personalidades, mesmo quando conversam entre si, o que não param de fazer. Para eles, é curioso ver as pessoas falarem frases inteiras, completas e acabadas. Parece-lhes, este, um expediente estranho de quem talvez se sinta muito solitário, sem alguém que lhe complete o pensamento e a vida.

Às vezes, de brincadeira, eles se apresentam a novos vizinhos como Claudionei e Claudinor. Fazem isso só para se divertirem um pouco, confundindo as pessoas e dificultando-lhes a identificação de qual deles não é o outro.

Pois os gêmeos da bela cidade de ladeiras íngremes mandam dizer que Roberto é um frequentador assíduo da biblioteca municipal de Videira, no Meio-Oeste catarinense, da qual faz de um livro um dos mais retirados do acervo. Aliás, esclarece Claudinei, Roberto é a única pessoa que pede o livro..., e completa Claudionor: Rádio Digital, que nunca ninguém mais quis ler.

Informam mais, os dois: Roberto está copiando a mão o livro todo, por isso que precisa retirá-lo e devolvê-lo, por decurso de prazo, tantas vezes. Por que ele não diz que perdeu o livro, ressarce a biblioteca com outra obra mais procurada pelos leitores e fica de posse definitiva desse seu livro de cabeceira?, insinuam os gêmeos. O fato é que Roberto não perde palestra na cidade, concedendo ao orador uma tolerância de cinco minutos: se ele não for enfático e claro nas palavras, dá-lhe as costas com desdém e vai embora. Do contrário, pega dele um autógrafo ao final da fala, entusiasmado com o desempenho.

Nuves, da biblioteca, é quem decifra o enigma: quando for grande, Roberto quer muito ser locutor de rádio.


*Amílcar Neves prepara o lançamento do livro Se Te Castigo É Só Porque Eu Te Amo (teatro). A crônica foi publicada na edição de hoje (22.12) do jornal Diário Catarinense (Florianópolis-SC). Reprodução autorizada pelo autor.

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Natal: ver com os
olhos do coração


Por Leonardo Boff*

Somos obrigados a viver num mundo onde a mercadoria é o objeto mais explícito do desejo de crianças e de adultos. A mercadoria tem que ter brilho e magia, senão ninguém a compra. Ela fala mais para os olhos cobiçosos do que para o coração amoroso. É dentro desta dinâmica que se inscreve a figura do Papai Noel. Ele é a elaboração comercial de São Nicolau – Santa Claus - cuja festa se celebra no dia 6 de dezembro. Era bispo, nascido no ano 281 na atual Turquia. Herdou da família importante fortuna. Na época de Natal saia vestido de bispo, todo vermelho, usava um bastão e um saco com os presentes para as crianças. Entregava-os com um bilhetinho dizendo que vinham do Menino Jesus.

Santa Claus deu origem ao atual Papai Noel, criação de um cartunista norte-americano Thomas Nast em 1886, posteriormente divulgado pela Coca-Cola já que nesta época de frio caía muito seu consumo. A imagem do bom velhinho com roupa vermelha e saco nas costas, bonachão, dando bons conselhos às crianças e entregando-lhes presentes é a figura predominante nas ruas e nas lojas em tempo de Natal. Sua pátria de nascimento teria sido a Lapônia na Finlândia, onde há muita neve, elfos, duendes e gnomos e onde as pessoa se movimentam em trenós puxados por renas.

Papai Noel existe? Esta foi a pergunta que Virgínia, menina de 8 anos, fez a seu pai. Este lhe respondeu:”Escreva ao editor do jornal local! Se ele disser que existe, então ele existe de fato”. Foi o que ela fez. Recebeu esta breve e bela resposta:

Sim, Virgínia, Papai Noel existe. Isto é tão certo quanto a existência do amor, da generosidade e da devoção. E você sabe que tudo isto existe de verdade, trazendo mais beleza e alegria à nossa vida. Como seria triste o mundo se não houvesse o Papai Noel! Seria tão triste quanto não existir Virgínias como você. Não haveria fé das crianças, nem a poesia e a fantasia que tornam nossa existência leve e bonita. Mas para isso temos que aprender a ver com os olhos do coração e do amor. Então percebemos que não há nenhum sinal de que o Papai Noel não exista. Se existe o Papai Noel? Graças a Deus ele vive e viverá sempre que houver crianças grandes e pequenas que aprenderam a ver com os olhos do coração.

É o que mais nos falta hoje: a capacidade de resgatar a imaginação criadora para projetar melhores mundos e ver com o coração. Se isso existisse, não haveria tanta violência, nem crianças abandonas nem o sofrimento da Mãe Terra devastada.

Para os cristãos vale a figura do menino Jesus que tirita sobre as palhinhas sendo aquecido pelo bafo do boi e do jumento. Disseram-me que ele misteriosamente através de um dos anjos que cantaram nos campos de Belém enviou a todas as crianças do mundo uma cartãozinho de Natal no qual dizia:

Queridos irmãozinhos e irmãzinhas:

Se vocês olhando o presépio e me virem aí, sabendo pelo coração que sou o Deus-criança que não veio para julgar mas para estar, alegre, com todos vocês,

Se vocês conseguirem ver nos outros meninos e meninas, especialmente no mais pobrezinhos, a minha presença neles,

Se vocês conseguirem fazer renascer a criança escondida no seus pais e nos adultoss para que surja nelas o amor a ternura,

Se vocês ao olharem para o presépio perceberem que estou quase nuzinho e lembrarem de tantas crianças igualmente pobres e mal vestidas e sofrerem no fundo do coração por esta situação desumana e desejarem que ela mude de fato,

Se vocês ao verem a vaca, o boi, as ovelhas, os cabritos, os cães, os camelos e o elefante pensarem que o universo inteiro recebe meu amor e minha luz e que todos, estrelas, pedras, árvores, animais e humanos formamos a grande Casa de Deus,

Se vocês olharem para o alto e virem a estrela com sua cauda e recordarem que sempre há uma estrela sobre vocês, acompanho-os, iluminando-os, mostrando-lhes os melhores caminhos,

Então saibam que eu estou chegando de novo e renovando o Natal. Estarei sempre perto de vocês, caminhando com vocês, chorando com vocês e brincando com vocês até aquele dia que só Deus sabe quando estaremos todos juntos na Casa de nosso Pai e de nossa Mãe de bondade para vivermos bem felizes para sempre.

Belém, 25 de dezembro do ano 1.

Assinado: Menino Jesus

*Leonardo Boff é teólogo e autor de Sol da Esperança: Natal, histórias, poesias, simbolos (Mar de Ideias: RJ, 2007). Texto encaminhado pela escritora Urda Alice Klueger.

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POBRES & NOJENTAS


Por Míriam Santini de Abreu


Dia desses encontrei duas conhecidas em um café e ofereci a ambas o exemplar 25 da Pobres & Nojentas. Elas se surpreenderam:

- Mas ainda existe? Que bom!

Sim, existimos! E há poucas semanas soubemos que o jornalista Billy Culleton obteve o segundo lugar na CATEGORIA CRÔNICA, com o texto “Os dedos vão, os anéis ficam”, publicado na edição 22 (março/abril) da P&N. A classificação foi no XXVII Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo da OAB/RS, juntamente com o Movimento de Justiça e Direitos Humanos. A premiação visa estimular o trabalho dos profissionais do Jornalismo na denúncia de violações e na vigilância ao respeito aos Direitos Humanos.

O tema principal foi Verdade, Justiça e Transparência. O prêmio foi entregue no dia 10 de dezembro em Porto Alegre. Billy levou exemplares à premiação e falou sobre a revista.

As conhecidas que encontrei no café comentaram que foram ao lançamento da revista, cinco anos atrás, e que deveríamos fazer mais divulgação. Mas, como a P&N não se insere numa proposta comercial, vamos caminhando devagar, silenciosas. Mas não é um silêncio qualquer. A nossa revista vai passeando por aí, Brasil afora, e na sua quietude vai plantando sementes.

21.12.10

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NATAL COMUNITÁRIO
Santo Antônio de Lisboa

Florianópolis-SC
, 19.12.2010

O espetáculo de
MÁRIO MOITA



Fotos: Celso Martins















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J O R N A L I S T A S
1ª Reunião do bloco

Pauta que Pariu 2011


Hoje, 21.12 (terça), 19h

Por falta de quórum, a 1ª reunião de preparação do carnaval dos jornalistas, marcada para semana passada, foi adiada para amanhã, 21, às 19 horas na Kibelândia. A reunião é aberta a todos e deve decidir sobre a comissão organizadora, camisetas, dia, horário, banda e outros detalhes. Participe!

(A Kibelândia fica na rua Victor Meirelles, 98 - Centro - Florianópolis - SC)