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E X Í L I O
Por Emanuel Medeiros Vieira
Mais:
Udesc debate a cultura árabe
Fotos do Oriente Médio, por
Fernando Evangelista e Juliana Kroeger
E X Í L I O
Por Emanuel Medeiros Vieira
Mais:
Udesc debate a cultura árabe
Fotos do Oriente Médio, por
Fernando Evangelista e Juliana Kroeger
Exílio
Por EMANUEL MEDEIROS VIEIRA*
Um Atlântico nesta separação:
batido coração segue as ondas de maio.
Desterros além da anistia,
para lá dos poderes.
Velas ao vento,
não bastam os selos,
a escrita crispada.
Queria os sinais da tua pele,
vacinas, umidades, penugens,
pêlos perdidos no mapa do corpo,
o olhar suplicante, soluços.
Jornadas:
missas de sétimo-dia,
retratos arcaicos.
Outro exílio:
sem batidas na boca da noite, armas, fardas, medos,
clandestinidades.
Sol neste retorno:
casa, guarda-chuva no porão, caneca de barro,
álbuns, abraço agregador,
cheiro de pão, gosto de café,
o amanhã junta os o dois nós da memória,
um menino e o seu outro: estou melhor feito vinho velho.
*Poema premiado no Concurso Nacional de Poesias, cujo tema foi “O Mundo do Trabalho”, promovido pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, Paraná.
*
Chegando do
Oriente Médio
Chegando do
Oriente Médio
Amigos,
Ju e eu* chegamos ontem (sábado), depois de 25 dias na estrada.
Estivemos em Israel e nos Territórios Palestinos.
Foi muito interessante rever a “Terra Santa” - tinha estado lá em 2002, durante a Operação Militar Escudo Defensivo.
Dessa vez, ainda bem, não testemunhamos nenhum assassinato, não fomos perseguidos por tanques de guerra e não vimos enterros coletivos.
Mesmo assim, as injustiças e humilhações cotidianas persistem e os colonos fanáticos continuam ditando as regras.
Um exemplo de um fato que aconteceu durante a nossa estadia: três crianças palestinas arremessam pedras contra o carro de um colono judeu israelense, líder de um grupo que constrói casas ilegais no leste de Jerusalém, parte da cidade teoricamente destinada aos árabes. O colono joga o carro contra as crianças e atinge uma delas, de oito anos, que se machuca, mas sem gravidade. As imagens foram transmitidas pela TV e publicadas nos jornais locais.
Horas depois, de madrugada, soldados israelenses disfarçados prendem os três meninos. O pai da criança de oito anos é impedido de acompanhar o filho. Os três palestinos passam horas sendo interrogados e depois são soltos. O colono não foi punido, nem mesmo interrogado.
E por que seria?
Mudar o carro de direção e atropelar propositalmente uma criança foi “legítima defesa”. Elas o agrediram primeiro, certo? Ele é uma vítima, ora bolas. E não importa que ele, como colono, desrespeite as leis internacionais, que ignore todas as resoluções da ONU sobre o assunto, porque ele está na terra prometida por Deus. E com Deus não se discute.
Produziremos um material sobre nossa vivência. Por enquanto, mando vinte fotinhos (turísticas e reduzidas) feitas pela Ju.
Um grande abraço pra vocês,
Estivemos em Israel e nos Territórios Palestinos.
Foi muito interessante rever a “Terra Santa” - tinha estado lá em 2002, durante a Operação Militar Escudo Defensivo.
Dessa vez, ainda bem, não testemunhamos nenhum assassinato, não fomos perseguidos por tanques de guerra e não vimos enterros coletivos.
Mesmo assim, as injustiças e humilhações cotidianas persistem e os colonos fanáticos continuam ditando as regras.
Um exemplo de um fato que aconteceu durante a nossa estadia: três crianças palestinas arremessam pedras contra o carro de um colono judeu israelense, líder de um grupo que constrói casas ilegais no leste de Jerusalém, parte da cidade teoricamente destinada aos árabes. O colono joga o carro contra as crianças e atinge uma delas, de oito anos, que se machuca, mas sem gravidade. As imagens foram transmitidas pela TV e publicadas nos jornais locais.
Horas depois, de madrugada, soldados israelenses disfarçados prendem os três meninos. O pai da criança de oito anos é impedido de acompanhar o filho. Os três palestinos passam horas sendo interrogados e depois são soltos. O colono não foi punido, nem mesmo interrogado.
E por que seria?
Mudar o carro de direção e atropelar propositalmente uma criança foi “legítima defesa”. Elas o agrediram primeiro, certo? Ele é uma vítima, ora bolas. E não importa que ele, como colono, desrespeite as leis internacionais, que ignore todas as resoluções da ONU sobre o assunto, porque ele está na terra prometida por Deus. E com Deus não se discute.
Produziremos um material sobre nossa vivência. Por enquanto, mando vinte fotinhos (turísticas e reduzidas) feitas pela Ju.
Um grande abraço pra vocês,
*Fernando Evangelista e Juliana Kroeger
*
I SEMANA DA CULTURA
ÁRABE E DO ISLAMISMO NO
MUNDO CONTEMPORÂNEO
I SEMANA DA CULTURA
ÁRABE E DO ISLAMISMO NO
MUNDO CONTEMPORÂNEO
18 a 21 de outubro 2010
Hoje (segunda-feira, 18.10.2010)
Abertura: 19h – Auditório (FAED-UDESC)
A Comunidade árabe e o Islã em Florianópolis
Amin El-Karam (Sheik da Mesquita de Florianópolis) e os professores Emerson César de Campos e Glaucia Oliveira Assis (FAED-Udesc)
20h - Auditório FAED (UDESC)
Cultura e Costumes árabes
Mohamed Adawy (Membro da comunidade árabe de Florianópolis)
Terça-feira (19.10.2010)
15h – Sala 26 (FAED-UDESC). Exibição do filme Lemon Tree. Debatedor: Professor Luis Felipe Falcão (FAED-Udesc)
19h – Auditório FAED (UDESC)
O Mundo Árabe: tensões e conflitos no Tempo Presente
Khader Othman e Silvinha Grando (Comitê de Solidariedade à Causa Palestina)
Quarta-feira (20/10/2010)
19h – Sala 50 (FAED-UDESC)
O islamismo no tempo presente
Luigi Faraci (Professor de Teologia)
Quinta-feira (21/10/2010)
15h – sala 27 (FAED-UDESC). Exibição do filme The Bubble. Debatedor: Professor Fábio Francisco Feltrin de Souza
19h – Encerramento. Auditório FAED (UDESC)
Estrangeiros numa Ilha: territórios e populações estrangeiras em Florianópolis-SC (1990- 2008).
Apresentação de pesquisa pelas acadêmicas Carolina F. de Figueiredo e Thamirys M. Lunardi.
19h30 – Auditório FAED (UDESC). Um árabe na literatura brasileira. Salim Miguel (Escritor)
ENTRADA FRANCA
Local: Prédio de Ciências Humanas - FAED/Udesc - av. Madre Benvenuta (bairro Itacorubi). Florianópolis-SC.
Organização:
Projeto de pesquisa Imigração Árabe em Florianópolis, sob coordenação do professor Emerson César de Campos (Udesc)
Organização:
Projeto de pesquisa Imigração Árabe em Florianópolis, sob coordenação do professor Emerson César de Campos (Udesc)
Informações: Bruno Bortoli (brunobortoli@ymail.com)
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