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Festa do Divino
está na reta final
Mais: As duplas avaianas (Amilcar Neves)
e as mãos entrelaçadas (Leonardo Boff).
Desenho de Tamyres M. Machado, vencedora
do 1º Concurso Folder da Festa do Divino.
Festa do Divino
está na reta final
Mais: As duplas avaianas (Amilcar Neves)
e as mãos entrelaçadas (Leonardo Boff).
Desenho de Tamyres M. Machado, vencedora
do 1º Concurso Folder da Festa do Divino.
Uma série de novenas em residências na Barra do Sambaqui marcam os instantes que antecedem os festejos do divino no distrito de Santo Antônio de Lisboa. Hoje, domingo (15.8), a novena aconteceu na casa de dona Rosinha Cruz, sempre ativa nos eventos da comunidade. Depois dos cantos e orações, como é costume, foi serviço um lanche reforçado à base de pizzas, pastelão de camarão, doces e refrigerantes, além da tradicional "massa", o pão característico do Divino.
A programação oficial começa na próxima sexta-feira (20.8), com lançamento formal da Festa do Divino - às 19h30 haverá missa em homenagem aos ex-festeiros e, em seguida, às 21h, o já tradicional Cozido do Divino (Salão Paroquial). As atividades serão retomadas no dia 28 de agosto, prosseguindo até 5 de setembro. Acompanhe no Sambaqui na Rede os principais momentos da Festa do Divino Espírito Santo e Nossa Senhora das Necessidades de Santo Antônio de Lisboa de 2010.
A programação oficial começa na próxima sexta-feira (20.8), com lançamento formal da Festa do Divino - às 19h30 haverá missa em homenagem aos ex-festeiros e, em seguida, às 21h, o já tradicional Cozido do Divino (Salão Paroquial). As atividades serão retomadas no dia 28 de agosto, prosseguindo até 5 de setembro. Acompanhe no Sambaqui na Rede os principais momentos da Festa do Divino Espírito Santo e Nossa Senhora das Necessidades de Santo Antônio de Lisboa de 2010.
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A emoção e o sucesso
das duplas avaianas
Residência da profª Jimena Furlani (Campeche).
Por Amílcar Neves*
A emoção e o sucesso
das duplas avaianas
Residência da profª Jimena Furlani (Campeche).
Por Amílcar Neves*
Saber colocar os jogadores em campo: este parece ser o segredo de um bom treinador de futebol. Descobrir que duplas rendem mais para maior benefício e glória do conjunto, isto é, do time como um todo: esta parece ser a mais importante tarefa de um grande treinador.
As estratégias de jogo e as jogadas ensaiadas são determinadas pelo estilo e característica dos atletas disponíveis, tanto para escalar o time que entra em campo quanto o que aguarda no banco. Aquela história: uma equipe de futebol, hoje, não pode ter apenas 11 titulares, mas 18, 20, 25, sei lá
Outro dia a imprensa informou que o Avaí conta com 51 jogadores no plantel. Desses, a maioria será titular absoluto (lembremo-nos: só 11 titulares é pouco) desde que o técnico encontre a melhor forma de atuar e o companheiro ideal de cada atleta para armar jogadas eficientes e mortíferas.
Qualquer avaiano é capaz de citar nomes que foram vistos com desconfiança e vaiados aos primeiros deslizes mas que, adequadamente aproveitados, tornaram-se jogadores imprescindíveis ao esquema vitorioso da Ressacada. Bastou combinar a dupla correta para explodirem de imediato as qualidades dos dois.
Nisso o Avaí tem apresentado surpresas agradáveis que comprovam a quantidade inesgotável de titulares que possui. A Rafael e Emerson vêm se juntar, na defesa, Gabriel e Émerson Nunes. No meio, Jhonny e Rodrigo Thiesen arrasaram, juntos, no início do Estadual. Na frente, do nada surge uma dupla mortal: Leonardo e Vandinho. De repente, os dois se machucam, ficam fora da Copa do Brasil e das finais do Estadual, mas despontam Davi e Roberto enchendo-nos os olhos. Se Medina e o astro maior Sávio saem por contusão, Caio e Laércio aparecem e o time não sente.
Então, enquanto a metade dos jogadores inicia a disputa do Brasileirão, a outra metade se prepara para o futuro na Copa Santa Catarina - e, aí, Rafael Costa marca um golaço de craque e Fredson, sem jogar há um ano e cinco meses, toma conta do meio-campo e distribui bola como gente muito grande.
O problema de tantos jogadores (todos plenamente substituíveis) se destacando assim no Avaí é a gente começar a pensar no comentário de um torcedor na rádio, logo após a conquista do bi estadual: "Fomos tão superiores ao Joinville que a final não teve graça: faltou emoção ao jogo."
As estratégias de jogo e as jogadas ensaiadas são determinadas pelo estilo e característica dos atletas disponíveis, tanto para escalar o time que entra em campo quanto o que aguarda no banco. Aquela história: uma equipe de futebol, hoje, não pode ter apenas 11 titulares, mas 18, 20, 25, sei lá
Outro dia a imprensa informou que o Avaí conta com 51 jogadores no plantel. Desses, a maioria será titular absoluto (lembremo-nos: só 11 titulares é pouco) desde que o técnico encontre a melhor forma de atuar e o companheiro ideal de cada atleta para armar jogadas eficientes e mortíferas.
Qualquer avaiano é capaz de citar nomes que foram vistos com desconfiança e vaiados aos primeiros deslizes mas que, adequadamente aproveitados, tornaram-se jogadores imprescindíveis ao esquema vitorioso da Ressacada. Bastou combinar a dupla correta para explodirem de imediato as qualidades dos dois.
Nisso o Avaí tem apresentado surpresas agradáveis que comprovam a quantidade inesgotável de titulares que possui. A Rafael e Emerson vêm se juntar, na defesa, Gabriel e Émerson Nunes. No meio, Jhonny e Rodrigo Thiesen arrasaram, juntos, no início do Estadual. Na frente, do nada surge uma dupla mortal: Leonardo e Vandinho. De repente, os dois se machucam, ficam fora da Copa do Brasil e das finais do Estadual, mas despontam Davi e Roberto enchendo-nos os olhos. Se Medina e o astro maior Sávio saem por contusão, Caio e Laércio aparecem e o time não sente.
Então, enquanto a metade dos jogadores inicia a disputa do Brasileirão, a outra metade se prepara para o futuro na Copa Santa Catarina - e, aí, Rafael Costa marca um golaço de craque e Fredson, sem jogar há um ano e cinco meses, toma conta do meio-campo e distribui bola como gente muito grande.
O problema de tantos jogadores (todos plenamente substituíveis) se destacando assim no Avaí é a gente começar a pensar no comentário de um torcedor na rádio, logo após a conquista do bi estadual: "Fomos tão superiores ao Joinville que a final não teve graça: faltou emoção ao jogo."
*Amilcar Neves é avaiano e escritor de crônicas, contos e romances, com sete livros publicados. Texto para a Revista do Avaí, nº 8.
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A era das mãos entrelaçadas
Por Leonardo Boff*
A era das mãos entrelaçadas
Por Leonardo Boff*
Meus artigos sobre a situação ecológica da Terra poderão ter suscitado nos leitores e nas leitoras não poucas angústias. E é bom que assim seja, pois são as angústias que nos tiram da inércia, nos fazem pensar, ler, conversar, discutir e buscar novos caminhos. A tranquilidade em tempos sosmbrios como os nossos se afigura como uma irresponsabilidade. Cada um e todos devemos agir rápido e juntos porque tudo é urgente. Temos que nos mobilizar para definir um novo rumo à nossa vida neste Planeta, caso quisermos continuar habitando nele.
Os tempos de abundância e comodidade pertencem ao passado. O que está ocorrendo não é uma simples crise, mas uma irreversibilidade. A Terra mudou de modo que não tem mais retorno e nós temos que mudar com ela. Começou o tempo da consciência da finitude de todas as coisas, também daquilo que nos parecia mais perene: a persistência da vitaiidade da Terra, o equilíbrio da biosfera e a imortalidade da espécie humana. Todas estas realidades estão experimentando um processo de caos. No início ele se apresenta destrutivo, deixando cair tudo que é acidental e meramente agregado, mas em seguida, se revela criativo, dando forma nova ao que é perene e essencial para a vida.
Até agora vivíamos sob a era do punho cerrado para dominar, subjugar e destruir. Agora começa a era da mão estendida e aberta para se entrelaçar com outras mãos e, na colaboração e na solidariedade, construir "o bem viver comunitário" e o bem comum da Terra e da humanidade. Adeus ao inveterado individualismo e bem-vinda a cooperação de todos com todos.
Como os astrofísicos e os cosmólogos nos asseguram, o universo está ainda em gênese, em processo de expansão e de auto-criação. Há uma Energia de Fundo que subjaz a todos os eventos, sustenta cada ser e ordena todas as energias para frente e para cima rumo a formas cada vez mais complexas e conscientes. Nós somos uma emergência criativa dela.
Ela está sempre em ação mas se mostra especialmente ativa em momentos de crise sistêmica quando se acumulam as forças para provocar rupturas e possibilitar saltos de qualidade. É então que ocorrem as "emergências": algo novo, ainda não existente mas contido nas virtualidades do Universo.
Estimo que estamos às portas de uma destas "emergências": a noosfera (mentes e corações unidos), a fase planetária da consciência e a unificação da espécie humana, reunida na mesma Casa Comum, o planeta Terra.
Então, nos identificaremos como irmãos e irmãs que se sentam juntos à mesa, para conviver, comer, beber e desfrutar dos frutos da Mãe Terra, depois de haver trabalhado de forma cooperativa e respeitando a natureza. Confirmaremos assim o que disse o filósofo do Princípio Esperança, Ernst Bloch:"o gênesis não está no começo mas no fim".
Faço minhas as palavras do pai da ecologia norte-americana, o antropólogo das culturas e teólogo Thomas Berry: "Não nos faltarão nunca as energias necessárias para forjar o futuro. Vivemos, na verdade, imersos num oceano de Energia, maior do que podemos imaginar. Esta Energia nos pertence, não pela via da dominação mas pela via da invocação".
Temos que invocar esta Energia de Fundo. Ela sempre está ai, disponível. Basta abrir-se a ela com a disposição de acolhê-la e de fazer as transformaçõs que ela inspira.
Pelo fato de ser uma Energia benfazeja e criadora, ela nos permite proclamar com o poeta Thiago de Mello, no meio dos impasses e das ameaças que pesam sobre nosso futuro: "Faz escuro, mas eu canto". Sim, cantaremos o advento desta "emergência"nova para a Terra e para a humanidade.
Porque amamos as estrelas, não temos medo da noite escura. Elas são inalcançáveis mas nos orientam. Lá nas estrelas se encontra nossa origem, pois somos feitos do pó delas. Elas nos guiarão e nos farão novamente brilhar. Porque é para isso que emergimos neste Planeta: para brilhar. Esse é o propósito do universo e o desígnio do Criador.
Os tempos de abundância e comodidade pertencem ao passado. O que está ocorrendo não é uma simples crise, mas uma irreversibilidade. A Terra mudou de modo que não tem mais retorno e nós temos que mudar com ela. Começou o tempo da consciência da finitude de todas as coisas, também daquilo que nos parecia mais perene: a persistência da vitaiidade da Terra, o equilíbrio da biosfera e a imortalidade da espécie humana. Todas estas realidades estão experimentando um processo de caos. No início ele se apresenta destrutivo, deixando cair tudo que é acidental e meramente agregado, mas em seguida, se revela criativo, dando forma nova ao que é perene e essencial para a vida.
Até agora vivíamos sob a era do punho cerrado para dominar, subjugar e destruir. Agora começa a era da mão estendida e aberta para se entrelaçar com outras mãos e, na colaboração e na solidariedade, construir "o bem viver comunitário" e o bem comum da Terra e da humanidade. Adeus ao inveterado individualismo e bem-vinda a cooperação de todos com todos.
Como os astrofísicos e os cosmólogos nos asseguram, o universo está ainda em gênese, em processo de expansão e de auto-criação. Há uma Energia de Fundo que subjaz a todos os eventos, sustenta cada ser e ordena todas as energias para frente e para cima rumo a formas cada vez mais complexas e conscientes. Nós somos uma emergência criativa dela.
Ela está sempre em ação mas se mostra especialmente ativa em momentos de crise sistêmica quando se acumulam as forças para provocar rupturas e possibilitar saltos de qualidade. É então que ocorrem as "emergências": algo novo, ainda não existente mas contido nas virtualidades do Universo.
Estimo que estamos às portas de uma destas "emergências": a noosfera (mentes e corações unidos), a fase planetária da consciência e a unificação da espécie humana, reunida na mesma Casa Comum, o planeta Terra.
Então, nos identificaremos como irmãos e irmãs que se sentam juntos à mesa, para conviver, comer, beber e desfrutar dos frutos da Mãe Terra, depois de haver trabalhado de forma cooperativa e respeitando a natureza. Confirmaremos assim o que disse o filósofo do Princípio Esperança, Ernst Bloch:"o gênesis não está no começo mas no fim".
Faço minhas as palavras do pai da ecologia norte-americana, o antropólogo das culturas e teólogo Thomas Berry: "Não nos faltarão nunca as energias necessárias para forjar o futuro. Vivemos, na verdade, imersos num oceano de Energia, maior do que podemos imaginar. Esta Energia nos pertence, não pela via da dominação mas pela via da invocação".
Temos que invocar esta Energia de Fundo. Ela sempre está ai, disponível. Basta abrir-se a ela com a disposição de acolhê-la e de fazer as transformaçõs que ela inspira.
Pelo fato de ser uma Energia benfazeja e criadora, ela nos permite proclamar com o poeta Thiago de Mello, no meio dos impasses e das ameaças que pesam sobre nosso futuro: "Faz escuro, mas eu canto". Sim, cantaremos o advento desta "emergência"nova para a Terra e para a humanidade.
Porque amamos as estrelas, não temos medo da noite escura. Elas são inalcançáveis mas nos orientam. Lá nas estrelas se encontra nossa origem, pois somos feitos do pó delas. Elas nos guiarão e nos farão novamente brilhar. Porque é para isso que emergimos neste Planeta: para brilhar. Esse é o propósito do universo e o desígnio do Criador.
*Leonardo Boff é teólogo, autor de Meditação da luz: o caminho da simplicidade, Vozes (2010). Texto encaminhado pela escritora Urda Alice Klueger.
Um comentário:
Oi Celso, legal ter postado a imagem do folder... Adorei...
Bjão!!!
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