.
PARA IR SE
ACOSTUMANDO
COM A IDÉIA
Implosão de ponte nos EUA: barato, indolor,
executavel em segundos. Reproduções: Celso Martins
PARA IR SE
ACOSTUMANDO
COM A IDÉIA
Implosão de ponte nos EUA: barato, indolor,
executavel em segundos. Reproduções: Celso Martins
*
Foi dada a largada para o
fim da ponte Hercílio Luz
Foi dada a largada para o
fim da ponte Hercílio Luz
Por Celso Martins
A primeira senha é a seguinte:
“— Nós continuaremos a tocar a obra, mas essa é uma discussão que a sociedade catarinense deveria fazer. As associações comunitárias deveriam debater o assunto.”
Afirmação do presidente do Deinfra, Paulo Meller, “comentando” a implosão de uma ponte nos Estados Unidos, parecidíssima com a nossa, a Hercílio Luz, ralo por onde escoaram até agora R$ 135 milhões declarados, desde sua interdição em 1982.
Dada a largada, basta que os atingidos pelas cheias no Oeste catarinense, por exemplo, “se manifestem” via associações comerciais, industriais e agroindustriais, fazendo coro, quem sabe, com as influentes ACIJs e ACIBs do litoral.
[Nos anos que antecederam a construção da ponte, o governador Hercílio Luz travou uma queda de braços com os Ramos, Vidal e Nereu, envolvendo entre outros temas espinhosos a transferência da Capital para Lages. O argumento de que a Ilha estava isolada do Continente foi demolido com a obra.]
A segunda senha de Meller:
“— Não é mais útil, destrói e faz uma nova. Eles não levam em consideração o valor histórico. Já conversei com algumas empresas de lá especializadas em desmontar pontes. Eles não entendem porque tentamos manter uma com todos os gastos”.
A autoridade comenta a facilidade com que seus colegas do estado de Ohio (EUA) se livraram da antiga ponte, fornecendo argumentos aos interessados. Ou seja, se nos EUA fizeram isso, nós também podemos fazer. Afinal, por mais que pulule entre a arraia miúda nutrida aversão a Tio Sam, entre os dirigentes reina a concórdia com seus emissários.
Os pretendidos R$ 78 milhões via Lei Rounaet de Incentivo à Cultura são apenas cortina de fumaça. Afinal, ao tomar essa decisão em relação à antiga ponte, nossas autoridades lavaram as mãos. O tempo ou um acidente poderiam dar conta do serviço. Mas apressar seu desaparecimento pode propiciar bons investimentos no médio prazo.
Interessante é ter sido, digamos, estabelecido, que a ponte deve ser devolvida ao sistema viário. Na impossibilidade disso, inútil se torna. Não se lê ou escuta nossos dirigentes falando do patrimônio voltado à gastronomia, lazer e cultura. É o que se poderia esperar com os pretendidos R$ 78 milhões solicitados via Fundação Catarinense de Cultura.
“— Nós continuaremos a tocar a obra, mas essa é uma discussão que a sociedade catarinense deveria fazer. As associações comunitárias deveriam debater o assunto.”
Afirmação do presidente do Deinfra, Paulo Meller, “comentando” a implosão de uma ponte nos Estados Unidos, parecidíssima com a nossa, a Hercílio Luz, ralo por onde escoaram até agora R$ 135 milhões declarados, desde sua interdição em 1982.
Dada a largada, basta que os atingidos pelas cheias no Oeste catarinense, por exemplo, “se manifestem” via associações comerciais, industriais e agroindustriais, fazendo coro, quem sabe, com as influentes ACIJs e ACIBs do litoral.
[Nos anos que antecederam a construção da ponte, o governador Hercílio Luz travou uma queda de braços com os Ramos, Vidal e Nereu, envolvendo entre outros temas espinhosos a transferência da Capital para Lages. O argumento de que a Ilha estava isolada do Continente foi demolido com a obra.]
A segunda senha de Meller:
“— Não é mais útil, destrói e faz uma nova. Eles não levam em consideração o valor histórico. Já conversei com algumas empresas de lá especializadas em desmontar pontes. Eles não entendem porque tentamos manter uma com todos os gastos”.
A autoridade comenta a facilidade com que seus colegas do estado de Ohio (EUA) se livraram da antiga ponte, fornecendo argumentos aos interessados. Ou seja, se nos EUA fizeram isso, nós também podemos fazer. Afinal, por mais que pulule entre a arraia miúda nutrida aversão a Tio Sam, entre os dirigentes reina a concórdia com seus emissários.
Os pretendidos R$ 78 milhões via Lei Rounaet de Incentivo à Cultura são apenas cortina de fumaça. Afinal, ao tomar essa decisão em relação à antiga ponte, nossas autoridades lavaram as mãos. O tempo ou um acidente poderiam dar conta do serviço. Mas apressar seu desaparecimento pode propiciar bons investimentos no médio prazo.
Interessante é ter sido, digamos, estabelecido, que a ponte deve ser devolvida ao sistema viário. Na impossibilidade disso, inútil se torna. Não se lê ou escuta nossos dirigentes falando do patrimônio voltado à gastronomia, lazer e cultura. É o que se poderia esperar com os pretendidos R$ 78 milhões solicitados via Fundação Catarinense de Cultura.
Confira o vídeo da implosão.
Fonte: “Implosão de ponte nos EUA traz questionamento sobre investimento na reforma da Hercílio Luz em SC - Desde o início da manutenção, ponte já consumiu R$ 135 milhões”. Por Roberta Kremer, DC, 24.2.2012. Publicado no ClicRBS.
2 comentários:
Celso, tudo certo?
Acho a opção de derrubada um ótima idéia. Ja teriamos outra no lugar, pq ali é o menor ponto entre a ilha e o continente (via centro), agora... os Governadores foram e sempre serão os "ordenadores primarios do estado", ou seja, quero saber que será responsabilizado pelos 135 milhões que se foram. quem??? ah já tenho as resposta, os "tansos" (povo) é quem vai pagar ou já pagou a conta.
abraços
Jose´Agusto (zé)
Acho um absurdo demolir a Ponte Hercílio Luz que é uma marca não só de Fpolis mas de Santa Catarina. O fato de eles estarem roubando dinheiro com ela (com a desculpa que é para restaurá-la) não pode ser usado como argumento para acabar com a ponte. Aliás roubam em tudo, roubam dinheiro que seria para a Saúde, Educação etc... Não seria por isso que teriámos que demolir os hospitais e as escolas. Temos sim que exigir punicão severa para os ladrões do dinheiro público. Esse ano tem eleição e cabe a nós, povo, tirar do poder estes políticos larápios. Os partidos tradicionais (pt, psd, pmdb, psdb, pp) são todos, como dizia Osmar Cunha, farinha do mesmo saco (podre).
Postar um comentário