11.12.09


A crônica do Olsen
O MEIA-BOMBA


NEI Maria Salomé
recebe premiação


Os militares e a
'grande mentira'


*


O poeta cumprindo aviso

Olá, camaradas, salve!

Dizem que "desgraça" pouca é bobagem... Well, não está sendo fácil, mas vamos lá...

Recebi do AN um comunicado agora no final de tarde de que a crônica não iria sair na edição de hoje (sexta-feira) porque alguém se enganou (deve ser culpa do "sistema") e incluiram na edição de hoje a crônica de sábado...

Sugeri então, que no sábado, publicassem a minha... Assim, com o tal erro (do sistema) as coisas se compensavam...

Mas não... Argumentaram que assim, repetiriam o "erro"...

Yes, o tal "sistema" faz coisas... Ignoram que o tal "sistema" é programado por "pessoas" e que o "sistema" só faz o que for comandado... Mas o caso é que estou farto do sistema e de editores cretinos... Principalmente, quando "eles" são o "sistema"...

Já estou no chamado "aviso prévio", portanto, segue em primeira mão o texto...

A música é do começo de 1960... Foi sucesso com o grupo Manfred Man (que é a melhor versão)...

Depois, por injunções outras, acabou sendo "adotado" pelo exército... Fazer o quê?

Talvez pela sátira... Pela repetição... Pela cadência... Pelo deboche... Resumindo, pela ausência de ideias... Mas o "embalo" é interessante...

Afinal, não é todos os dias que se encontra no final da rua, algumas meninas cantando Cantando "do wah diddy diddy dan diddy do"...

Um abração do viking!




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NOTÍCIAS SOBRE
O “MEIA-BOMBA”


Por Olsen Jr.


A primeira vez que vi a expressão “meia-bomba” foi em uma entrevista com o Vinícius de Moraes. Ele se referia naturalmente ao sexo e fazia uma comparação entre a mulher europeia e a brasileira. Afirmava que as primeiras poderiam se contentar com uma meia-bomba, já as últimas, exigiam uma ereção completa.

A última vez foi um texto do Paulo Francis no “Estado de São Paulo” aludindo ao Lee Harvey Oswald, o indivíduo que o FBI inventou para ser o “bode expiatório” no assassinato de John F. Kennedy. Sim, porque havia pelo menos dois atiradores. A bala que matou o presidente veio de um tiro frontal. Lee Oswald estava num depósito de livros no sexto andar de um edifício lateral, assunto para outro dia.

Mas o Francis dizia que o Kennedy era bonito, rico, inteligente com uma visão do mundo que incluía a excelência de realizações e a liberdade para executá-las. Já o Oswald era o fracasso, o anêmico, meia-bomba sexual e o ressentido por excelência e que nos anos 30 seria um nazista ou um comunista fanático e justificava, nos anos 60, no auge da sociedade de consumo (em que se comprava um rifle pelo reembolso postal) o ato significativo era matar o príncipe, matar todos os príncipes. E concluía, era uma catarse.

Os alemães têm um provérbio “o dinheiro governa o mundo”, mas as pessoas – ditas normais – ficariam impressionadas se soubessem como o sexo interfere nas relações cotidianas.

Alguém já mensurou que 90% das publicações em bancas são dirigidas para mulheres, tratam de tudo, até da higiene íntima. Mulheres belíssimas, difíceis de imaginar na vida real ornamentam e recheiam quase todas as revistas, isso gera um sentimento de frustração que tem raízes em todas as impossibilidades, do fracasso profissional a impotência sexual, são apenas algumas de suas manifestações.

Os esportes de apelo coletivo, como o futebol, por exemplo, carreiam um cem número de frustrações entre os seus cultuadores, refiro-me ao torcedor, aquele que sai de casa para ir ao estádio. Pense no sujeito que pega dois ou três ônibus para assistir a um jogo, para xingar o juiz e para invadir o campo, se possível e agredir alguém como aconteceu neste último final de semana. Haverá certamente entre eles, muitos que se poderiam classificar de “meias-bombas”. A catarse do meia-bomba é sempre violenta. Deve haver uma manifestação física para sua “realização”.

Ocorre que todo o “meia-bomba” é um covarde. Ele nadifica (expressão muita usada em revistas de palavras cruzadas) em grupos. O grupo significa a certeza de uma couraça, de uma proteção externa que o dito não é capaz de suprir sozinho.

O meia-bomba é aquele sujeito que foge do leão quando este está solto nas ruas, no entanto, é o primeiro a chegar no zoológico para achincalhar o animal, cuspir nele e tripudiar em cima da fera já presa em sua jaula e não oferecendo mais perigo nenhum.

O meia-bomba é o indivíduo que te ultrapassa na rampa de um shopping para ser o primeiro a chegar ao semáforo e ficar esperando que ele abra para todos passarem no mesmo momento; é aquele que buzina atrás do teu carro enquanto você espera antes da faixa de pedestres para alguém idoso cruzar a rua; é o cara que tripudia a caixa do supermercado porque ela está atrapalhada para trocar o papel da impressora; é o que humilha o garçom no restaurante porque não entendeu o nome do vinho que foi pedido para servir à mesa...

O meia-bomba nunca irá comandar uma revolução, mas certamente será o primeiro a se alinhar entre os vencedores e a tentar interferir na lista dos nomes que deverão ser expurgados, incluindo aí, todos os seus desafetos.

Finalmente, ainda sobre os meias-bombas, lembrei do comediante/cineasta Mel Brooks “O que os presidentes não conseguem fazer com suas esposas, acabam fazendo com o país”.

Até!

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NEI Maria Salomé

Projeto Mágico de Oz
recebe prêmio do MEC


Professora Patrícia, coordenadora do projeto Magico de Oz.

"Boa tarde Celso,

Com meus cordiais cumprimentos, venho informar-lhe que nossa viagem à Brasilia foi um sucesso.

Houve a solenidade da entrega do certificado e um troféu, um lindo pião aos professores premiados no Ministério da Educação, pelo ministro da Educação sr. Fernando Haddad, no dia 03/12/09 às 10:00h.

O professor premiado recebeu R$ 5.000,00 e as unidades educativas receberam um projetor digital.

O nosso secretário municipal de Educação sr. Rodolfo Joaquim Pinto da Luz estava presente nos prestigiando.

Inclusive, foi o único secretário de Educação que assistiu a apresentação do projeto de seus participantes. Todos o elogiaram pelo prestigio aos seus profissionais.

E nós ficamos mais ainda, por ele estar presente e confirmar o nosso trabalho.

Na apresentação do projeto, proferido pela professora Patricia, muito bem explanado ,no dia 03/12/09 às 17:00h que levou 20 minutos para cada participante, foi feita uma surpresa no final.

Nossa auxiliar de sala Georgia foi vestida de Dorothy, personagem do Mágico de OZ, chegou no final da apresentação cumprimentando todos os participantes e entregando como lembrança um espantalho em miniatura.

Todos aplaudiram e parabenizaram.

A representação da mesa debatedora, sra. Andrea, destacou o projeto no final, dizendo que o Magico de OZ encantou a todos, desde o primeiro momento de seleção em Pelotas-RS, depois foi enviado à Brasilia, e uma equipe leu em voz alta o projeto. Se emocionaram e aí entenderam o que seria as surpresas do caminho de tijolos amarelos.

Foi muito gratificante ouvir o nosso projeto ser um destaque, comprovamos que o nosso trabalho, é um trabalho de qualidade.

Segue em anexo, algumas fotos.

Obrigada pela divulgação.

Um abraço,

Atenciosamente,

Helaine Maltez Costa".

Diretora do
NEI Maria Salomé dos Santos
(Sambaqui, Florianópolis-SC)


Imagens da premiação

Helaine, secretário Rodolfo Pinto da Luz, Patricia, Silvia e Georgia.

Dotothy (Georgia), personagem do Magico de Oz.

Professora Patricia com o ministro Fernando Haddad (Educação).

Diretores e professores da educação infantil: esforço reconhecido.

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Reflexões sobre a Ditadura

"Os militares e a 'grande mentira': história e política no Tempo Presente", tema do trabalho de conclusão de curso de Michel Goulart da Silva, dia 14.12 (segunda), às 10 horas, no auditório da FAED-Udesc (Itacorubi). O trabalho será apresentado perante uma banca examinadora integrada por professores da Udesc (Luiz Felipe Falcão, orientador, e Reinaldo Lindolfo Lohn) e da UFSC (Fernando Ponte de Sousa).


Resumo

Esta pesquisa tem como objeto as “produções de caráter histórico” acerca do golpe e da ditadura civil-militar escritas por civis e militares participantes dos governos ditatoriais ou defensores dos mesmos, publicadas nas revistas e livros da editora Biblioteca do Exército (BIBLIEX). São analisados alguns livros lançados por essa editora e artigos da “Revista do Exército” e “A defesa Nacional”, publicados entre 2003 e 2008, que discutam ou narrem acontecimentos relacionados ao golpe ou ao período ditatorial. São investigadas as bases teóricas que norteiam essas versões historiográficas, encarando esse discurso como manifestações de pensamento conservador presentes hoje nas Forças Armadas.

As publicações contemporâneas cumprem o papel de corroborar uma “pretensão de legitimidade” presente nas ações e na propaganda produzidas pelo regime ditatorial, cujos ecos ressoam ainda hoje. Se nos tempos da ditadura era necessário apostar em uma intensa propaganda, construindo a imagem de um país democrático que crescia e se desenvolvia, a partir da “abertura política” fez-se necessário localizar na história do país qual teria sido a importância da ditadura dentro da história do Brasil, corroborando certo projeto elaborado e desenvolvido ao longo de décadas pela Escola Superior de Guerra (ESG). Nessa versão da história, que toma como ponto de partida os elementos da historiografia e da propagando elaborada pelos militares e difundida durante o próprio regime ditatorial, a intervenção das Forças Armadas teria sido fundamental, pois os militares, considerando-se a parcela melhor preparada das elites na condução dos interesses nacionais, teriam estabelecido novamente certa ordem social e política na República, abalada pelas investidas golpistas de políticos “populistas”, “nacionalistas” ou mesmo pelos comunistas.

Essas produções de caráter histórico, realizando uma escrita da história cujos objetivos se assemelham àquela revisionista que pretendeu na Europa minimizar os efeitos do terror nazista, procura tanto apresentar o período ditatorial como fundamental para a história do país como positivo do ponto de vista das heranças deixadas. Como conseqüência, desqualifica-se a resistência democrática e de esquerda à ditadura e resume-se a atuação desses setores populares ou organizações políticas a uma insistente tentativa de golpe. Para essa mentalidade conservadora, os setores que vieram da resistência, entre intelectuais e políticos, usariam hoje um discurso democrático no sentido de ocultar sua natureza pretensamente golpista, construindo o que um desses militares produtores de história chamou de “grande mentira”. (M. G. S.)

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