7.5.10

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COMEÇA A 3ª FARINHADA
DA BARRA DO SAMBAQUI



A madioca que vai ser transforma em farinha foi
plantada por Hercílio Pedro Marciano, 90 anos.


Começa hoje (7.5) a 3ª Farinhada da Barra do Sambaqui na residência de Amauri dos Santos (rodovia Isid Dutra, imediações do colégio).

A mandioca foi plantada no ano passado pelo senhor Hercílio Pedro Marciano, 90 anos, que vai ajudar a sevar (ralar) os cerca de 500 quilos de raízes. Confira abaixo a reprodução da matéria com o senhor Hercílio publicada no número zero do jornal Daqui (janeiro de 2010).

O trabalho da seva começa por volta das 18 horas.

Amanhã (sábado, 8.5), a massa obtida da seva e prensada para a retirada da umidade, será transformada ao vivo em farinha de mandioca num engenho tradicional.

Haverá serviço de bar e cozinha (culinária típica), atrações infantis e presença do grupo Gente da Terra.

A Farinhada integra a programação da festa da Santa Cruz de 2010 da Barra do Sambaqui, que acontece nos dias 15 e 16, tendo como casal festeiro Ademir Peixoto e Maria Marciano Peixoto.


Programação

15.5.2010 - Sábado

20h - Procissão. Saída da residência do casal festeiro (servidão Peixoto, 163) acompanhada pela comunidade e a Banda Amor à Arte.

20h30 - Missa na Capela da Santa Cruz e São Sebastião.

21h30 - Final da missa com queima de fogos. Serviços de bar e cozinha no salão paroquial. Banda Mexe Mexe (sertanejo universitário). Barras do Grupo Jovem e atrações infantis. Os festejos se estendem até a 1h30.


16.5.2010 - Domingo

10h - Procissão com saída da residência do casal festeiro.

10h30 - Missa.

11h30 - Divulgação do novo casal festeiro e juizes para 2011.

12h - Almoço com som ao vivo no salão da capela.

13h - Tarde festiva com atrações infantis.

14h - Tarde dançante.

18h - Encerramento.

Realização
Diretoria da Capela da Santa Cruz e São Sebastião.

Apoio
Conselho Comunitário da Barra do Sambaqui, Associação do Bairro de Sambaqui, Intendência de Santo Antônio de Lisboa, Centro Brasileiro de Engenharia e Sistema, Fundação Franklin Cascaes, comércio local, juízes e colaboradores.

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Plantando nos
campos do Senhor



Há pouco tempo Hercílio Pedro Marciano plantou dois quilos de feijão, metade de cor vermelha, metade preta. No final de outubro último ele colheu os pés com as vargens e deixou secando num paiol. No dia 10 de novembro, com a ajuda de três filhos, o feijão foi submetido a um antigo processo de separação da leguminosa. O trabalho é feito com uso de um mangual ou manguali, que consiste em duas varas de marmeleiro do mato ou catingueiro, unidas por uma corda ou couro.

“É uma madeira pesada”, explica Hercílio, 90 anos de idade, nascido e residente na Barra do Sambaqui, satisfeito com a obtenção de aproximadamente 65 quilos de feijão. “Eu vivo da terra. E tenho muita fé em Deus”, assinala o filho de Pedro Marciano da Rosa (nascido em Vargem Pequena) e de Clemência (Mença) Maria Santana (do Canto do Moreira, Ratones).

Nascido na Barra do Sambaqui no dia 10 de setembro de 1919, onde ainda reside, Hercílio criou a família com os produtos da pesca (peixe e camarão) e da lavoura, sobretudo a mandioca e a cana, transformadas em farinha e açúcar em dois engenhos de sua propriedade. Também plantava café. Ao longo do ano ele retirava de armazéns da região os produtos de que necessitava, pagando regiamente a cada colheita com a própria farinha e o café. Acostumado a essa lida, não se intimidou com a crescente urbanização e reservou um pouco de terra para as plantações. “No lugar onde estava esse feijão, agora eu vou plantar milho”.


Casado inicialmente com Flordovina da Ventura Marciano, ficou viúvo no dia 17 de março de 1972. Nesse tempo já divida atividade na lavoura e na pesca com os serviços de jardinagem no Palácio da Agronômica, onde atuou nas gestões dos governadores Ivo Silveira e Colombo Salles. Foi nesse local que ele conheceu a viúva Nezi Alves Marciano, com quem se casou. “Vivemos 35 anos juntos”, lembra. Ela faleceu no dia 5 de abril de 2007. Os dois casamentos geraram 17 filhos, dos quais nove são vivos, com 24 netos e 12 bisnetos.

Apesar da idade avançada, Hercílio é visto em todas as festas e demais eventos comunitários, desde os altos do campo do Triunfo até as farinhadas. Nunca bebeu nem fumou. No dia 10 de novembro, quando as vargens foram para o manguali, ele estava ansioso e parecia ter voltado ao passado, com os filhos em volta auxiliando no serviço da roça. Deu ordens, orientou e até ralhou com os “meninos”. (C.M. Jornal Daqui, janeiro de 2010)



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T R A N S F E R I D O


O curso teria início amanhã (8.5), às 14h30, no Cesusc, mas foi transferido para o próximo sábado (15.5), no mesmo horário e local. Resta apenas uma das 20 vagas disponíveis para a comunidade (Distrito de Santo Antônio de Lisboa).

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