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IPM apura
ação policial
IPM apura
ação policial
MPSC acompanha
denúncias na mídia
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Deputados condenam PM
"truculenta e arbitrária"
denúncias na mídia
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Deputados condenam PM
"truculenta e arbitrária"
Por Celso Martins
A Polícia Militar catarinense abriu Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a ação de seus integrantes na repressão a jornalistas na Capital. A informação é do promotor de Justiça Sidney Eloy Dallabrida, que atua no Juizado da Auditoria Militar de Santa Catarina, através da assessoria de comunicação do Ministério Público Estadual. Dallabriga já recebeu garantias do comando da PM de que o Inquérito estará concluído em cerca de 15 dias. Com a peça em mãos, o promotor tem três caminhos a seguir: arquivar, determinar diligências complementares ou oferecer denúncia, dando início a um processo no âmbito militar.
O IPM vai apurar as circunstâncias das agressões e prisões de jornalistas na semana passada, quando cobriam as manifestações contra os aumentos das passagens em Florianópolis, conduzidas pelos estudantes. Crimes: fotografar e registrar policiais espancando estudantes, considerado "desacato à autoridade". (Ver notas da Associação Catarinense de Imprensa e Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina em postagem anterior).
Mas não são apenas os jornalistas (repórteres, repórteres fotográficos e repórteres cinematográficos) que sofrem com a violência policial: os estudantes são alvos de uma repressão desproporcional, bem acima do "potencial ofensivo" dos manifestantes. Tudo isso com o emprego de cassetetes, cães ferozes, cavalaria, viaturas, armas convencionais e não-convencionais, como as Taser, distribuídas pelo Ministério da Justiça aos órgãos de segurança dos estados para uso no combate à criminalidade. Repressão executada por centenas de policiais militares, que seriam melhor empregados na praia da Armação ajudando os soldados do Exército a conter a fúria marinha.
Na manifestação realizada hoje à tarde (terça, 25.5), os estudantes se concentraram em frente ao Ticen e fecharam por cinco minutos a entrada de acesso dos ônibus ao terminal. Logo apareceram cinco ou seis policiais, fortemente armados, claro, dissolvendo o ato com a simples aparição. Os manifestantes seguiram pelas ruas centrais, passaram em frente à Prefeitura de portas fechadas e foram na direção da avenida Mauro Ramos, onde três acabaram presos e na sequência mais um - quatro ao todo. Segundo o jornalista Fernando Evangelista, que testemunhou os fatos, um dos presos "tinha 17 anos e foi algemado". Motivo? Pichação! A iniciativa visa amedrontar. Tática de guerra, empregada contra estudantes. Os "acusados" responderam a termo circunstanciado e foram liberados.
Ao longo da semana são previstos atos esporádicos, alguns espontâneos. Na próxima quinta-feira (27.5) acontece um grande ato público. A expectativa, a se manter a tradição, é da presença de um grande aparato repressivo, estacionado no Terminal Rita Maria transformado em praça de guerra. Se nada for feito, pode até acontecer uma tragédia. O governador Leonel Pavan, a quem a Polícia Militar é subordinada, mais do que o prefeito Dário Berger, vai ser o principal responsável. O prefeito da Capital pode atuar positivamente anulando o aumento abusivo das passagens. Deve levar em conta que o salário mínimo subiu 6% e os aposentados, quando muito, terão reajuste de 7% e uns quebrados.
(Nota em 26.5.2010, 20h50) - O jornalista Fernando Evangelista esclarece que não viu o menor algemado. Foi ele (o menor) quem declarou ter sido algemado. O IPM de número 342/IPM/PMSC/2010, aberto pela Corregedoria Geral da PMSC, tem como encarregado o próprio corregedor geral Cel Adriano. Vai apurar os fatos ocorridos no movimento dos estudantes contra o aumento da passagem de ônibus.
O IPM vai apurar as circunstâncias das agressões e prisões de jornalistas na semana passada, quando cobriam as manifestações contra os aumentos das passagens em Florianópolis, conduzidas pelos estudantes. Crimes: fotografar e registrar policiais espancando estudantes, considerado "desacato à autoridade". (Ver notas da Associação Catarinense de Imprensa e Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina em postagem anterior).
Mas não são apenas os jornalistas (repórteres, repórteres fotográficos e repórteres cinematográficos) que sofrem com a violência policial: os estudantes são alvos de uma repressão desproporcional, bem acima do "potencial ofensivo" dos manifestantes. Tudo isso com o emprego de cassetetes, cães ferozes, cavalaria, viaturas, armas convencionais e não-convencionais, como as Taser, distribuídas pelo Ministério da Justiça aos órgãos de segurança dos estados para uso no combate à criminalidade. Repressão executada por centenas de policiais militares, que seriam melhor empregados na praia da Armação ajudando os soldados do Exército a conter a fúria marinha.
Na manifestação realizada hoje à tarde (terça, 25.5), os estudantes se concentraram em frente ao Ticen e fecharam por cinco minutos a entrada de acesso dos ônibus ao terminal. Logo apareceram cinco ou seis policiais, fortemente armados, claro, dissolvendo o ato com a simples aparição. Os manifestantes seguiram pelas ruas centrais, passaram em frente à Prefeitura de portas fechadas e foram na direção da avenida Mauro Ramos, onde três acabaram presos e na sequência mais um - quatro ao todo. Segundo o jornalista Fernando Evangelista, que testemunhou os fatos, um dos presos "tinha 17 anos e foi algemado". Motivo? Pichação! A iniciativa visa amedrontar. Tática de guerra, empregada contra estudantes. Os "acusados" responderam a termo circunstanciado e foram liberados.
Ao longo da semana são previstos atos esporádicos, alguns espontâneos. Na próxima quinta-feira (27.5) acontece um grande ato público. A expectativa, a se manter a tradição, é da presença de um grande aparato repressivo, estacionado no Terminal Rita Maria transformado em praça de guerra. Se nada for feito, pode até acontecer uma tragédia. O governador Leonel Pavan, a quem a Polícia Militar é subordinada, mais do que o prefeito Dário Berger, vai ser o principal responsável. O prefeito da Capital pode atuar positivamente anulando o aumento abusivo das passagens. Deve levar em conta que o salário mínimo subiu 6% e os aposentados, quando muito, terão reajuste de 7% e uns quebrados.
(Nota em 26.5.2010, 20h50) - O jornalista Fernando Evangelista esclarece que não viu o menor algemado. Foi ele (o menor) quem declarou ter sido algemado. O IPM de número 342/IPM/PMSC/2010, aberto pela Corregedoria Geral da PMSC, tem como encarregado o próprio corregedor geral Cel Adriano. Vai apurar os fatos ocorridos no movimento dos estudantes contra o aumento da passagem de ônibus.
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A Assembléia Legislativa aprovou hoje (25.5) a Moção nº 0041.2/2010, proposta pelo deputado estadual Décio Góes, "manifestando ao Secretário da Segurança Pública e Defesa do Cidadão, repúdio a atuação da Polícia Militar Catarinense e autoridades responsáveis do Governo, pela forma truculenta e arbitrária que foram tratados os profissionais da comunicação, durante as manifestações pelos estudantes em Florianópolis".
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Momentos da manifestação
(25.5.2010)
(25.5.2010)
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Tentativa frustrada
Tentativa frustrada
Fotos: Celso Martins (Florianópolis-SC, 25.5.2010.
3 comentários:
Celso,
Meu texto também fala de outras contradições do transporte "integrado", duas tarifas.
http://diegowpassos.blogspot.com/2010/05/mais-um-aumento-nas-tarifas-de.html
Pena que estou no trabalho nesse horário, mas apóio esses movimentos, também sou usuário de ônibus, pagamos um preço bem elevado e nunca fomos ouvidos, consultados, eles (donos das empresas de ônibus) fazem um péssimo serviço e ainda não são homens para aparecer e dar a cara a tapa.
Por isso que eu digo: respeite a lei; more a 400m da praia.
Em apoio a não aumento de tarifa. Mas em defesa de pessoas seres humanos em menor quantidade que os que estavam protestando, os policiais militares, há abusos, sim há, mas de ambas as partes.
E pichação, crime previsto em lei ou não, é no minimo sem noção, como você chega na propriedade de outro ou mesmo do governo e escreve o bem lhe entende?
E os policiais acusados se foram liberados é porque foi constatado que estavam em plena razão de sua FUNÇÃO de policiais militares.
Sugestão, porque toda critica deve vir com solução. Uma manifestação eficiente, é a NÃO utilização do serviço de transporte coletivo, Bicicleta, carona, a pé. Não utilizar o serviço por um único dia é suficiente e mais eficaz do que essa matação de aula e esse carnaval todo. A empresa não aumenta, o policial vai cuidar de bandido, e os estudantes ESTUDAM.
Cristina
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