29.11.10

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O decreto da felicidade
(Olsen Jr.)
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Jornalistas lançam livros
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A mídia na coleira
(Miriam Santini de Abreu)

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Ponta do Sambaqui (Sambaqui, Florianópolis-SC). Foto: Celso Martins

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A FELICIDADE
POR DECRETO


Por Olsen Jr.*

Soube pela imprensa da PEC – Proposta de Emenda Constitucional, texto do senador Cristóvam Buarque (PDT-DF), acrescentando ao artigo 6º da Constituição Brasileira “a busca da felicidade” entre os direitos fundamentais do cidadão.

Cristóvam Buarque (que conheço pessoalmente) é um idealista, sonhador, parecido com o poeta que habita em mim, e tem todo o meu respeito, o que não inviabiliza estes comentários.

Lembrei-me do Salão de Humor de Piracicaba, década de 1970, em que sob o título de “Humor na Biblioteca” anunciavam os três primeiros colocados:

3º lugar - O sujeito está diante de um espelho grande, em cima de uma mesa, vários clássicos da literatura (Darwin, Freud, Marx) e ele fica experimentando os livros e se mirando no espelho, a dúvida era com qual sair naquele dia.

2º lugar - O advogado recém formado contrata uma empresa para por o papel de parede no escritório que imita as estantes de uma biblioteca. Dois funcionários estão naquela tarefa com parte do papel ainda para ser colado.

1º lugar - Uma estante de livros vista de cima, embaixo duas pessoas olhando para cima, as estantes recheadas de livros e lá na última prateleira, um único volume, inalcançável pelos mortais, o título: “A Felicidade ao Alcance do Todos”.

Agora, começando por mim, será que alguém já parou para se questionar sobre “o que é a felicidade?”... Ou o que é “ser feliz?”... Se “ser” feliz é “ter” o que se quer, well, “ter” não é “ser”... Voltamos à estaca zero. Às vezes, rara acrescente-se, tenho a sensação de que o mundo poderia parar, então, nesses momentos de plenitude, de uma estranha paz me envolvendo, creio chegar perto desse “ideal” conhecido como “felicidade”, mas não sei, passa muito rápido e depois permaneço tão “vazio” quanto antes. O que me entristece é que ninguém pode procurar o que não conhece.

Por isso é curioso que se acrescente “a busca da felicidade” num artigo constitucional.
Deve ser o sol dos trópicos, dá-lhe Lévi- Strauss...

Minha vida nessa área obscura (de alguém que procura algo que não conhece na expectativa de que aconteça alguma coisa para justificar a busca) pode ser descrita como “no começo você acredita que independente do que aconteça, o importante é ser feliz; mais tarde observa que a felicidade está ao alcance de qualquer um, embora tenha a consciência de que qualquer um não significa um qualquer; finalmente, conclui, dadas as circunstâncias, importa menos ser feliz que encontrar uma saída honrosa”.

Deve ser esse o intuito da Constituição!

*Crônica publicada na edição de hoje (29.11)
do jornal Notícias do Dia (Florianópolis-SC).
Reprodução autorizada pelo autor.


Market Woman With Vegetable Stall,
Pieter Aertsen (1567).
Staatliche Museen, Berlin, Germany.
Fonte: My Studios.com Gallery.


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Seis jornalistas lançam
livros em Florianópolis

Memórias de um Fingidor - Oldemar Olsen Jr., da comissão de ética da diretoria do SJSC, lança romance Memórias de um fingidor na terça-feira, a partir das 19h, no restaurante Lindacap. No livro, todos os capítulos começam com manchetes de notícias publicadas em jornais no dia 04 de fevereiro de 2003, data do incidente que suscitou o que é lembrado na obra e compõe a história.

O livro tem selo da Editora Insular e apoio cultural do SJSC, Agência de Comunicação da UFSC, Ambev e da Associação Catarinense de Imprensa/Casa do Jornalista. Olsen Jr é de Chapecó, é jornalista e escritor, já publicou outros livros, entre eles: Os Esquecidos do Brasil (contos), Desterro-SC (contos), Estranhos no Paraíso (romance), O Burguês Engajado (novela), A Cidade dos Homens Indiferentes (contos). (O restarante Lindacap fica na rua Felipe Schmidt, 1162.)

As Covas Gêmeas - Marco Zanfra, repórter há 35 anos, lançará sua primeira obra de ficção na quarta-feira, 1º de dezembro, a partir das 18h, na Livraria Catarinense do Shopping Beiramar. As covas Gêmeas, publicada pela editora Brasiliense, parte de uma história vivenciada pelo repórter enquanto trabalhava na área policial do jornal Estadão. "Mas a realidade se restringe ao “gancho” que dá início ao romance. O restante, a despeito de uma ou outra pincelada vivencial de alguém que passou 15 anos fazendo polícia, é ficção pura – embora não deixe nunca de permanecer dentro da faixa de verossimilhança", afirma o autor. Zanfra hoje é assessor de imprensa do Detran e autor do Manual do Repórter de Polícia, de 2001.(Informações: tel. 3271-6032)

Coleção Vida e arte - Quarta-feira, dia 1º, às 19 horas, na Galeria de Arte Helena Fretta, centro, será o lançamento dos quatro primeiros volumes da coleção Vida e Arte, da Tempo Editorial. Regis Mallmann, Néri Pedroso, Daisi Volgel e Fifo Lima escrevem, respectivamente sobre a obra de Eli Heil, Hassis, Meyer Filho e Paulo Gaiad. A proposta do projeto é aproximar o grande público da arte produzida no Sul do Brasil por meio de uma escrita jornalística e de reproduções. O livro contém imagens de obras, cronologia e bibliografia completas. (A Galeria de Arte Helena Fretta fica na rua Presidente Coutinho, 516 - centro. Tel. 48-223-0913).

Fonte: Expresso Digital/Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina

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Mídia de SC foi
“encoleirada”

por Eike Batista


Ilustração: Gério Barra

Por Míriam Santini de Abreu

Nos idos de 1998, a atriz Luma de Oliveira provocou polêmica ao desfilar em uma escola de samba com uma coleira na qual estava gravado o nome do então marido, o empresário Eike Batista. Passados 12 anos, quem permaneceu meses a fio – e não apenas uma noite de Carnaval – encoleirada pelo homem mais rico do país foi a mídia catarinense. Um adjetivo resume a cobertura dos meios impressos – aqui analisados de forma mais sistemática na edição de apenas um dia (17/11/2010) – sobre a planejada (e agora aparerentemente cancelada) instalação de um estaleiro na Grande Florianópolis: jornalismo constrangedor. Íntegra no Portal DESACATO.

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