5.11.10





Casas do Senhor
Segundo episódio
Neste sábado (6.11),
ao meio dia, na RBS


Gravações em Santo Antônio de Lisboa. Foto: Celso Martins

Conduzido por personagens do mundo acadêmico, artístico e eclesiástico, o documentário em dois episódios mostra interiores, imagens, detalhes dos altares, murais, vitrais e a arquitetura de alguns templos católicos de Florianópolis. O diretor Chico Pereira e o diretor de imagem Marco Nascimento visitam a Cetedral Metropolitana e as igrejas de Nossa Senhora do Rosário, São Francisco (Centro), Nossa Senhora da Lapa (Ribeirão da Ilha), Nossa Senhora das Necessidades (Santo Antônio de Lisboa) e de Nossa Senhora Imaculada Conceição (Lagoa da Conceição).

Casas do Senhor terá reprise pela TVCOM às 13h45min desde sábado.
Confira aqui o primeiro episódio exibido em 30.10.2010.

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Grupo RAIZ DE CANELA
festeja aniversário no Baiacu


A festa de aniversário do primeiro ano do grupo será neste sábado (6.11) a partir das 22 horas. Os músicos Rossano Cancelier, Ettore Bacci, Beto Bongê e Toni Dias vão interpretar clássicos nacionais de Noel Rosa, Demônios da Garoa, e Chico Buarque, entre outros. Ingressos: R$10,00.

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Baiacu vai ao cinema
no Carnaval de 2011


Em um encontro "etílico, gastronômico, cultural e carnavalesco", o Baiacu de Alguém deu o pontapé inicial para o carnaval 2011, lançando o tema e a sinopse para a composição do próximo samba do bloco. Historiadores, músicos, jornalistas e parceiros do Baiacu fizeram um bate-papo inicial sobre o tema, criando um briefing para que os compositores possam trabalhá-lo.

"Baiacu vai ao cinema" vai falar da produção cinematográfica catarinense, sua história, salas de exibição e futuro. Abaixo a sinopse. Mais detalhes no site do Baiacu.


ENREDO DO SAMBA

A sétima arte retrata a vida, encanta platéias, produz cultura. Nos anos 1970 – 80, a principal diversão do pessoal catarinense era ir ao cinema, eram vários cinemas de rua. Em Florianópolis, o Coral, o Rox, O Ritz, o Glória, O Cecomtur. Em quase todas as cidades havia um cinema, ponto de encontro nas domingueiras. Aos poucos os cinemas começaram a ser fechados e transformados em igrejas evangélicas, lojas de departamento, ou simplesmente destruídos. Os cineclubes de Floripa, com exibições de filmes de arte, primeiramente no Teatro de São José, depois no estreito, o Art 7 no prédio da antiga prefeitura, o Cine York e o Nossa Sra do Desterro, no CIC (Centro Integrado de Cultura) foram sendo engolidos, nos anos 2000, pelos cinemas de shopping, com seus filmes massificadores.

Santa Catarina faz cinema?

A História do Cinema Catarinense revela uma produção cíclica, pequena e esparsa. Nossa produção tem início nos 20 e 30, do século anterior, com dois cinegrafistas que atuaram principalmente na região do Vale do Itajaí. O italiano José Julianelli e Alfredo Baumgarten, filho de imigrante alemão, desenvolveram um trabalho intuitivo e contribuíram para a posteridade com um acervo de filmes de valor inestimável.

Os raros trabalhos sobre a História do Cinema Catarinense confirmam as lacunas existentes na produção cinematográfica regional, a partir das realizações dos pioneiros Julianelli e Baumgarten. Apenas constatam até a década de 60, dois pequenos surtos produtivos: um sob o comando do cinegrafista amador Willy Sievert, iniciado nos anos 40, e outro, do Grupo Sul, surgido a partir da produção do longa-metragem “O Preço da Ilusão”, realizado em 1957. Resultado do desdobramento do primeiro longa ficcional catarinense, a Produções Carreirão realizou inúmeros documentários e jornais de tela até os anos 70. O Grupo Universitário de Cinema Amador produziu vários curtas-metragens experimentais no final de 60 e início dos anos 70.

Rogério Sganzerla, Sylvio Back e Marcos Farias, cineastas nascidos em Santa Catarina e que ganharam projeção internacional com trabalhos realizados no eixo Rio/São Paulo, também realizaram alguns filmes em Santa Catarina nas décadas de 70, 80 e 90.

Mas, a geração do Super-8,em meados dos anos 80, colocou Santa Catarina definitivamente no mapa do cinema nacional, produzindo uma série de curtas e documentários.

A partir de então, a produção audiovisual não pode ser mais considerada uma atividade cíclica, embora ainda produzida com dificuldades, tornou-se irreversível com a criação de Associações, Sindicatos, Leis, Cursos nas Universidades e muitos filmes.

Florianópolis tem todos os elementos para se tornar um pólo. O cinema é indústria e precisa de uma base econômica e técnica. Há avanços significativos no setor, mas falta uma política pública municipal e estadual definitiva. Falta vontade política para transformar a capital numa cidade de cinema, intensificando a formação e produção local e atraindo produções externas.

Ainda dói passar na frente do CIC e vê-lo desativado! A demora da reabertura do Nossa Sra do Desterro cataliza nossas angustias em relação a falta de investimento na cultura neste Estado.

É estranha a relação que temos com os filmes aqui realizados: sim, eles existem, sabemos disso, mas temos dificuldades de assisti-los. E mesmo atualmente, quando nossos colegas realizam seus filmes, se perdermos a chance de assisti-los nas exibições de estréia, muito provavelmente, jamais o assistiremos novamente, a não ser que o diretor tenha a gentileza de nos ceder uma cópia em DVD. Os filmes são feitos para as estréias e, quando muito, para os festivais, como o importante FAM (Festival Audiovisual do Mercosul), a Mostra de Cinema Infantil e o Catavídeo. Depois disso, nem sombra deles. Aqui, vale destacar a importância da Cinemateca Catarinense, que cuida dos fomentos na área e que promove, periodicamente, o Cineclube Ieda Beck que se propõe a exibir a produção local.

No entanto, um novo tempo se anuncia. Com o incentivo de políticas de cultura nacionais surgiram nos últimos anos novos espaços de exibição e discussão dos filmes alternativos, nacionais e regionais. Os Cineclubes, localizados nas comunidades, próximos da vida cotidiana, voltam a oxigenar e democratizar o acesso às produções audiovisuais. O Cineclube Pescadores de Cultura, do Baiacu de Alguém traz as emoções do imaginário das telas de cinema, produzindo viagens, emoções, encontros, reflexões para a comunidade de Santo Antônio de Lisboa e de Floripa.

Colaboraram neste roteiro: Fifo Lima, Fernando Boppré, Guto Lima, Henrique Pereira e Oliveira, Jornalistas do Baiacu (Caê Martins; Manuela Pinheiro) e Coordenação do Baiacu (Daniela e Lúcia).

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