12.7.11

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Aquiles de Emanuel
e o casal de tucanos


Visitantes ilustres em árvore no quintal de casa. Foto: Celso Martins


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A Q U I L E S

Por Emanuel Medeiros Vieira



À vida calma, optou pela guerra: Aquiles.

Tétis, tua mãe, matava seus filhos querendo imortalizá-los,

mas quando nasceu o sétimo, resolve banhá-lo no Rio Stix,

segurando-o pelos calcanhares:

seu corpo não é mais vulnerável

(fica apenas com um único ponto fraco).

Esta mesma mãe te adverte, antes que partas para Tróia:

“Morrerás em breve, mas tua fama será eterna.”

(Escolhes a fama e a morte rápida.)

E o guerreiro comandará frota de 50 navios.

Não indo para a luta, teu destino será a morte por velhice.

Aquiles: o oráculo avisou teu pai, Peleu, que morrerias

junto aos muros de Tróia.

O pai tenta ludibriar a profecia: disfarça-te como mulher e te esconde.

(Outro oráculo disse a Ulisses que Tróia não seria conquistada, se Aquiles não fosse junto.)



Voluntarioso, não escutaste a ordem de Apolo para não

seguires adiante.

Segues: então, o deus guia uma flecha para o teu calcanhar,

guerreiro Aquiles.

É a mão de Páris que a envia, e a flecha revela teu

ponto fraco e tua finitude, que não te permitiu a

velhice.

Te apaixonas pela filha de Príamo, Polixena,

mas o amor não é mais possível:

o tempo é de guerra.



Tróia está perdida,

como o destino de todas as gerações que

“caem como as folhas das árvores”.

(Homero na “Ilíada”.)

Então, Ulisses desce ao Hades e encontra os mortos da guerra de Tróia.


Tucano nos fundos de casa. Foto: Celso Martins

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