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OLSEN?
PRESENTE!
OLSEN?
PRESENTE!
Olá, camaradas, salve!
O compromisso com um jornal diário me está fazendo falta...
O que deveria ser feito na sexta-feira já está sendo realizado na segunda...
Fazer o quê? Sigo a minha natureza...
A música tem a ver com isso, uma vez que menciono dois escritores que também tinham...
O compositor é John Barry...
O mesmo que fez a trilha sonora dos filmes: "Perdidos na Noite"... "Zulu"... "Em Algum Lugar do Passado" e "Dança com Lobos", entre outros...
Aí está, baseado em fatos, o filme "A História de Elza", uma leoa que foi criada por um casal de exploradores na África e as tentativas de readaptação do animal a vida selvagem ...A trilha era essa...
O compromisso com um jornal diário me está fazendo falta...
O que deveria ser feito na sexta-feira já está sendo realizado na segunda...
Fazer o quê? Sigo a minha natureza...
A música tem a ver com isso, uma vez que menciono dois escritores que também tinham...
O compositor é John Barry...
O mesmo que fez a trilha sonora dos filmes: "Perdidos na Noite"... "Zulu"... "Em Algum Lugar do Passado" e "Dança com Lobos", entre outros...
Aí está, baseado em fatos, o filme "A História de Elza", uma leoa que foi criada por um casal de exploradores na África e as tentativas de readaptação do animal a vida selvagem ...A trilha era essa...
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DIÁRIO DA PROVYNCIA IV
Por Olsen Jr.
olsenjr@matrix.com.br
Por Olsen Jr.
olsenjr@matrix.com.br
JACK LONDON,
PARTE DO APRENDIZADO
PARTE DO APRENDIZADO
Acredito que um homem deva seguir a sua natureza. Ele até pode fazer outra “coisa” para se manter vivo desde que não perca de vista o objetivo que tem em mente. Mas que não se demore, pois isso poderá gerar um comodismo e até fazê-lo abandonar o projeto inicial.
Estou pensando num conhecido advogado que prometeu, na época de faculdade ainda, para outros dois colegas (que pretendiam ser escritores) que primeiro ganharia muito dinheiro e depois iria escrever... Já se passaram quase 50 anos e, de fato, o cara ganhou muito dinheiro (e continua ganhando), só falta a outra parte da promessa...
Literatura não é como andar de bicicleta, que você aprende e não esquece mais...
De outra parte, lembrei de uma entrevista dada por Ernest Hemingway para The Paris Review (num café de Madri, 1954) e, indagado se o jornalismo era importante para a formação de um escritor, não titubeou em afirmar “... O trabalho de um jornal não prejudica um jovem escritor e poderá mesmo ajudá-lo, se ele sair a tempo”.
Também, o escritor Jack London que aos 11 anos começou o périplo para suprir a ausência do pai em casa: foi entregador de jornais, vendedor de sorvetes e também fazia um trabalho-extra, erguendo paus num boliche; foi pescador, trabalhou em uma fábrica de conservas, às vezes 10, ou 18 e até 20 horas por dia; pirata de ostras, patrulheiro de pesca na Baía de São Francisco, esteve numa fábrica de juta ganhando 10 centavos a hora; foguista de uma usina elétrica, vagabundo de ferrovias, minerador no Klondique... Até participar, por insistência da mãe, de um concurso de contos e ganhar o primeiro lugar, auferindo US25 dólares... O que lhe deu a certeza de que a literatura era o caminho.
Não conheço, em literatura, ninguém mais obcecado que Jack London, mesmo considerando a sua pobreza ou apesar dela: foi indicado orador da turma no colégio, não pode ir por não ter uma roupa adequada, aliás, nesse período chegou a passar fome e só uma dignidade levada ao limite impedia-o de apanhar os restos de carne jogados fora por alguns colegas, depois do lanche; teve de abandonar a universidade, igualmente, por não poder custear os estudos. Mas tudo isso não foi empecilho para que se tornasse um leitor voraz tomando de empréstimo livros na biblioteca pública de sua cidade. Sempre contrapondo leituras de obras filosóficas e sociológicas com ficção e literatura. Assim, livros como: “A Origem das Espécies”, Darwin; “A Filosofia do Estilo”, Spencer; “O Capital”, Marx; “O Paraíso Perdido”, Milton; “A Riqueza das Nações”, Adam Smith, “A Teoria da População”, Malthus eram devorados junto com o “Moby Dick”, Herman Melville, Nietzsche, Kipling, Stevenson...
Depois que começou a escrever, se impôs uma “dieta” de trabalho que incluía 1.000 palavras por dia, fizesse sol ou fizesse chuva, estando doente ou não. Com isso conseguiu escrever quase 50 obras até o seu suicídio em 1916, aos 40 anos de idade, com destaque para obras-primas como: “A Paixão de Martin Éden”, “O Lobo do Mar”, “Caninos Brancos”, “O Chamado das Selvas” e “John Barleycorn – memórias alcoólicas” (onde antecipa a lei-seca em dois anos).
London foi o primeiro escritor famoso nos EUA em assimilar e divulgar o socialismo como ideologia para mudar a sociedade... Também foi pioneiro em praticar o surf no Hawai onde há até um monumento em sua homenagem.
O gosto cultivado desde a infância pela aventura também não se constituiu obstáculo e tampouco serviu como chamariz para desviar o fulcro do “fazer literário” quando tinha sempre em mente “medir, pesar, sentir e interpretar o mundo”... E quando indagado por alguém que estivesse começando no ofício, afirmava, “ao invés de narrar... Pinte, desenhe, construa”...
Jack London influenciou muitos escritores, um deles foi Ernest Hemingway.
Conheço a vida e a obra de ambos e fui fortemente influenciado pelos dois, por isso causa estranheza que este não admita o parentesco com aquele.
Hemingway tinha 17 anos quando London se matou, pelo menos nisso eles foram semelhantes...
Mas não tenho pressa... E como diria o cínico que habita em mim, talvez nem obras!
Estou pensando num conhecido advogado que prometeu, na época de faculdade ainda, para outros dois colegas (que pretendiam ser escritores) que primeiro ganharia muito dinheiro e depois iria escrever... Já se passaram quase 50 anos e, de fato, o cara ganhou muito dinheiro (e continua ganhando), só falta a outra parte da promessa...
Literatura não é como andar de bicicleta, que você aprende e não esquece mais...
De outra parte, lembrei de uma entrevista dada por Ernest Hemingway para The Paris Review (num café de Madri, 1954) e, indagado se o jornalismo era importante para a formação de um escritor, não titubeou em afirmar “... O trabalho de um jornal não prejudica um jovem escritor e poderá mesmo ajudá-lo, se ele sair a tempo”.
Também, o escritor Jack London que aos 11 anos começou o périplo para suprir a ausência do pai em casa: foi entregador de jornais, vendedor de sorvetes e também fazia um trabalho-extra, erguendo paus num boliche; foi pescador, trabalhou em uma fábrica de conservas, às vezes 10, ou 18 e até 20 horas por dia; pirata de ostras, patrulheiro de pesca na Baía de São Francisco, esteve numa fábrica de juta ganhando 10 centavos a hora; foguista de uma usina elétrica, vagabundo de ferrovias, minerador no Klondique... Até participar, por insistência da mãe, de um concurso de contos e ganhar o primeiro lugar, auferindo US25 dólares... O que lhe deu a certeza de que a literatura era o caminho.
Não conheço, em literatura, ninguém mais obcecado que Jack London, mesmo considerando a sua pobreza ou apesar dela: foi indicado orador da turma no colégio, não pode ir por não ter uma roupa adequada, aliás, nesse período chegou a passar fome e só uma dignidade levada ao limite impedia-o de apanhar os restos de carne jogados fora por alguns colegas, depois do lanche; teve de abandonar a universidade, igualmente, por não poder custear os estudos. Mas tudo isso não foi empecilho para que se tornasse um leitor voraz tomando de empréstimo livros na biblioteca pública de sua cidade. Sempre contrapondo leituras de obras filosóficas e sociológicas com ficção e literatura. Assim, livros como: “A Origem das Espécies”, Darwin; “A Filosofia do Estilo”, Spencer; “O Capital”, Marx; “O Paraíso Perdido”, Milton; “A Riqueza das Nações”, Adam Smith, “A Teoria da População”, Malthus eram devorados junto com o “Moby Dick”, Herman Melville, Nietzsche, Kipling, Stevenson...
Depois que começou a escrever, se impôs uma “dieta” de trabalho que incluía 1.000 palavras por dia, fizesse sol ou fizesse chuva, estando doente ou não. Com isso conseguiu escrever quase 50 obras até o seu suicídio em 1916, aos 40 anos de idade, com destaque para obras-primas como: “A Paixão de Martin Éden”, “O Lobo do Mar”, “Caninos Brancos”, “O Chamado das Selvas” e “John Barleycorn – memórias alcoólicas” (onde antecipa a lei-seca em dois anos).
London foi o primeiro escritor famoso nos EUA em assimilar e divulgar o socialismo como ideologia para mudar a sociedade... Também foi pioneiro em praticar o surf no Hawai onde há até um monumento em sua homenagem.
O gosto cultivado desde a infância pela aventura também não se constituiu obstáculo e tampouco serviu como chamariz para desviar o fulcro do “fazer literário” quando tinha sempre em mente “medir, pesar, sentir e interpretar o mundo”... E quando indagado por alguém que estivesse começando no ofício, afirmava, “ao invés de narrar... Pinte, desenhe, construa”...
Jack London influenciou muitos escritores, um deles foi Ernest Hemingway.
Conheço a vida e a obra de ambos e fui fortemente influenciado pelos dois, por isso causa estranheza que este não admita o parentesco com aquele.
Hemingway tinha 17 anos quando London se matou, pelo menos nisso eles foram semelhantes...
Mas não tenho pressa... E como diria o cínico que habita em mim, talvez nem obras!
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