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IMAGENS DA 18ª GINCAPONTA (8)
Mais:
Amílcar Neves e
Emanuel Medeiros Vieira
Mais:
Amílcar Neves e
Emanuel Medeiros Vieira
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Crônica
Condições de vida
Condições de vida
Por Amílcar Neves*
Um dos grandes mitos incentivadores do passado, e marca característica do século 20, a busca por boas condições de vida ainda hoje influencia o comportamento, as decisões e o planejamento das pessoas, especialmente depois que, mais recentemente, seus termos foram redefinidos com a expressão “qualidade de vida”. Qualidade de vida virou chavão publicitário para tudo, de apartamento à beira-mar e camionete cabine dupla com tração 4 x 4 a plano de seguro médico que te promete tudo e aos poucos te vai apresentando restrições de cobertura (quando não são os próprios médicos conveniados que decidem não mais atender aos mensalistas do teu convênio) e assinaturas extraordinárias conjugando, all-in-one, televisão a cabo, banda larga e telefone fixo à prova de grampos legais ou ilegais.
Asseguradas as mínimas condições de vida para o indivíduo, a família ou a comunidade, tudo passa a ter por objetivo e parâmetro atingir a inalcançável qualidade de vida. Inalcançável porque sempre haverá alguém bolando meios de, vendendo-te algo, proporcionar-te um novo patamar, inigualável e insuspeitado, de qualidade de vida.
O século 21, no entanto, não vive mais desses saudosismos. As coisas todas se encaminham para deixar cada vez mais claro que a humanidade cruzou a linha, atravessou a porta, violou a fronteira. E agora parte, desesperada, em busca alucinada por condições de sobrevivência, isto sim. Mais tarde, é inevitável, as empresas partirão para vender aos sobreviventes o redundante “plus a mais” traduzido nas palavrinhas mágicas “qualidade de sobrevivência”. Quem sobreviver verá.
A semana passada, com temperatura de 42,8°C em Criciúma, bateu um recorde de 1949 em Santa Catarina. Pior que essa marca é a sensação térmica de 55°C, inclusive na Capital do Estado, que é a temperatura que o organismo efetivamente sofre. Assim em São Paulo, que por menos de um milímetro não bateu a marca histórica de precipitação pluviométrica em meses de janeiro, registrada em 1947.
A diferença nesses 60 anos, num caso como no outro, é que agora temos muito mais gente no planeta, muito mais geração de calor pela atividade humana e um brutal derretimento de geleiras e polos.
Parece óbvio que em mais 40 anos as pessoas vão recordar este verão como um dos mais amenos do século, e dos mais secos, também, em São Paulo.
As pessoas que sobreviverem, bem entendido.
Asseguradas as mínimas condições de vida para o indivíduo, a família ou a comunidade, tudo passa a ter por objetivo e parâmetro atingir a inalcançável qualidade de vida. Inalcançável porque sempre haverá alguém bolando meios de, vendendo-te algo, proporcionar-te um novo patamar, inigualável e insuspeitado, de qualidade de vida.
O século 21, no entanto, não vive mais desses saudosismos. As coisas todas se encaminham para deixar cada vez mais claro que a humanidade cruzou a linha, atravessou a porta, violou a fronteira. E agora parte, desesperada, em busca alucinada por condições de sobrevivência, isto sim. Mais tarde, é inevitável, as empresas partirão para vender aos sobreviventes o redundante “plus a mais” traduzido nas palavrinhas mágicas “qualidade de sobrevivência”. Quem sobreviver verá.
A semana passada, com temperatura de 42,8°C em Criciúma, bateu um recorde de 1949 em Santa Catarina. Pior que essa marca é a sensação térmica de 55°C, inclusive na Capital do Estado, que é a temperatura que o organismo efetivamente sofre. Assim em São Paulo, que por menos de um milímetro não bateu a marca histórica de precipitação pluviométrica em meses de janeiro, registrada em 1947.
A diferença nesses 60 anos, num caso como no outro, é que agora temos muito mais gente no planeta, muito mais geração de calor pela atividade humana e um brutal derretimento de geleiras e polos.
Parece óbvio que em mais 40 anos as pessoas vão recordar este verão como um dos mais amenos do século, e dos mais secos, também, em São Paulo.
As pessoas que sobreviverem, bem entendido.
*Amilcar Neves, escritor.
Crônica publicada na edição de hoje (9.2.2010) do
jornal Diário Catarinense (Florianópolis-SC).
Reprodução autorizada pelo autor.
Crônica publicada na edição de hoje (9.2.2010) do
jornal Diário Catarinense (Florianópolis-SC).
Reprodução autorizada pelo autor.
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Cordel
Emanuel Medeiros Vieira
Emanuel Medeiros Vieira
Por Gustavo Dourado*
Emanuel Medeiros Vieira:
Nasceu em Santa Catarina...
31 de março de 1945:
Um novo autor se destina...
Professor e jornalista:
De escrita cristalina...
Estudou em Porto Alegre:
Nove anos no total...
Do Clássico à Universidade:
Formou-se o intelectual...
Fez o Curso de Direito:
Na Universidade Federal...
Atuante na Escola:
Movimento Estudantil...
Ativista sociocultural:
Um defensor do Brasil...
Um Emanuel sozinho:
Vale mais que outros mil...
Atuação em cineclube:
Na Política Cultural...
Opinião, Movimento:
Conselho Editorial:
Membro da SBPC:
Escritor Universal...
Recebeu boa influência:
Do universo letrado...
Camus, Kafka, Trevisan:
Shakespeare, Rosa, Machado...
Jorge Luís Borges do Aleph:
Deve ser salientado...
Ano 1979:
No Distrito Federal...
Analista Legislativo:
No Congresso Nacional...
Vários prêmios literários:
Em seu acervo cultural...
Emanuel é Deus conosco:
Escritor bem preparado...
Jornalista e professor:
E pensador destacado...
Crítico de Arte, Editor:
De pensamento rebuscado...
Dezenas de elogios:
Emanuel recebeu...
Carlos Drummond de Andrade:
Sobre EMV escreveu...
Scliar e Assis Brasil:
E Caio Fernando Abreu...
Metônia e Tremores:
Vivência porto-alegrense...
Love Story Paulistana:
Uma Tragédia Catarinense...
Emanuel é luminar:
Da arte brasiliense...
Trinta anos em Brasília:
Cineclubista, professor...
Crítico de cinema, jornalista:
Livreiro, mestre, editor...
Crítico literário, ativista:
É do público, servidor...
Romances e contos editados:
Lutou pela Anistia...
A Expiação de Jeruza:
Construção e fantasia...
Nova Klaxon e blogs:
Diversa antologia...
Os hippies envelhecidos:
Olhos Azuis e outros mais...
Prisão, clandestinidade:
Ditadura, muitos ais...
Conquista na trajetória:
Transformações sociais...
Tem 20 livros publicados:
Memórias de geração...
“Cerrado Desterro” ecoa:
Os gritos de uma Nação...
Lutou contra a Ditadura:
Fez sua revolução...
Em o jornal “Movimento”:
Conselheiro Editorial...
Correspondente do “Opinião”:
Vasta história em jornal...
Pelejou contra a Censura:
Deu seu grito social...
Teve a obra elogiada:
Por Scliar e Quintana...
Carpeaux, Coutinho, Olinto:
Com a luz leminskiana...
Antônio Cândido aprovou:
Deu um parecer bacana...
Recebeu correspondências:
Sobre a sua escritura:
Pólvora, Appel, Cazarré:
Salim Miguel fez leitura...
Assis Brasil, Naud e Crusius:
Apreciaram com ternura...
Foi lido por muita gente:
Vilaça, Horta, Ribeiro...
Por Ruy Espinheira Filho:
Que deu o toque certeiro...
Jorge de Sá, Nei Duclós:
E por Hohlfeldt, garimpeiro...
Convém ainda destacar:
O Rubem Mauro Machado...
Rodrigo de Haro, Pedro Port:
E os escritores do Cerrado...
Cassiano e Herculano:
Vieira bem recomendado...
Huffell, Hoffmann, Farias:
Sua obra analisaram...
Silveira de Souza e Cardozo:
A Emanuel perpetuaram...
Dionísio da Silva e outros:
Sua arte eternizaram...
“Cerrado Desterro” ecoa:
Depoimentos vitais...
Amigos de geração:
Travassos e outros mais...
Prisão, clandestinidade:
Em tempo de muitos ais...
Relata a sua prisão:
E o terror da ditadura...
A saída do Brasil:
A violência da tortura...
O pensamento amarrado:
Nas correntes da censura...
O combate à opressão:
O grito pela liberdade...
A conquista da Anistia:
Foi-se a obscuridade:
Foi um tempo sofredor:
Voou nas asas da saudade...
Emanuel Medeiros Vieira:
Muitas vezes premiado...
É nome reconhecido:
E escritor destacado...
É pensador de primeira:
Combativo e respeitado...
Carpeuax ressaltou a obra:
E também Salim Miguel...
Olinto e Deonísio da Silva:
Falaram de Emanuel...
Transmutador de linguagens:
Merecedor de um Nobel...
*Gustavo Dourado.
Um comentário:
Celso Martins:
Obrigado pela publicação do Cordel para Emanuel Medeiros Vieira.
Parabéns pelo blog.
Tudo de bom
Abs
Gustavo Dourado
www.gustavodourado.com.br
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