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Olsen lembra Sérgio Gonzaga
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O cinema de Luiza Lins em DVD
Olsen lembra Sérgio Gonzaga
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O cinema de Luiza Lins em DVD
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Olsen, o cara!
Olsen, o cara!
Olá, camaradas, salve!
Já disse o que havia para ser dito e vocês vão entender...
Sobre a música, bem, o primeiro verso "Something in the way she moves"... É o nome e o primeiro verso de uma canção de James Taylor, de 1968...
George Harrison afirma que criou a música imaginando Ray Charles cantando-a...
Frank Sinatra cantou-a ao vivo e afirmou que era a melhor canção de amor feita nos últimos 50 anos (eles estavam em 1969)...
George Martin (o produtor e diretor musical dos Beatles) era um grande talento mas sempre subestimou o George Harrison... E desta vez não foi diferente, afirmou que a canção era fraca...
George que era intimidado e ofuscado pelos outros dois gênios dos Beatles (Lennon e McCartney) ofereceu a música para Jackie Lomax (do grupo The Undertakers) gravar... Também ofereceu para Joe Cocker...
George Martin voltou atrás e disse que tinha subestimado a composição...
Well, então os Beatles gravaram... Foi a primeira vez que o George Harrison emplacou uma música no lado A de um disco dos Beatles... Competiçãozinha estranha aquela entre eles...
O John Lennon disse que "Something" era a melhor composição do disco...
O Disco, para quem não se lembra mais, foi o "Abbey Road" o último que "eles" gravaram antes de cada um cair na estrada em carreira solo...
Antes que me crucifiquem, tinha o disco "Let it Be" que foi lançado por último, mas foi gravado antes, e segundo o John, o tal disco "era muito Paul McCartney" e por isso, "eles" capricharam tanto nesse "Abbey Road"... Que é um puta disco... Ou melhor, é "duca"...
Ah! Quase esqueço, só mais uma coisa (lembrei do Vandré quando afirmou isso, acrescentando, "a vida não se resume em festivais"... Mas é outra história) a música "Something", do George Harrison é a música mais tocada depois do Yesterday, dos Beatles... No mundo...
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DIÁRIO DA PROVYNCIA VII
Por Olsen Jr.
olsenjr@matrix.com.br
ATÉ BREVE CAMARADA!
DIÁRIO DA PROVYNCIA VII
Por Olsen Jr.
olsenjr@matrix.com.br
ATÉ BREVE CAMARADA!
Soube da morte do amigo Sérgio Gonzaga na quinta-feira. Encontrei com sua filha Daniela, visivelmente abatida, num bistrô aqui na Lagoa da Conceição que costumo frequentar nas folgas da minha escrita, quando o trabalho andou bem.
Perguntei como estava, mas já sabia o que me iria responder, foi uma maneira de ganhar tempo para tomar a decisão de sair logo do local. Disse-me que o pai tinha falecido no sábado. Apoiei minha mão direita em seu ombro e, olhando dentro dos olhos dela exclamei, estou solidário... Ouvi um “obrigado” antes de me afastar. Ela estava acompanhada e, isso me deixou livre para buscar sozinho, as palavras que naquela hora tinham esvaziado a minha mente.
Na verdade só mudei de bar... Penso num poema de John Donne, um verso que dizia “... A morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte da humanidade”...
É uma purgação, todas às vezes que alguém que me é próximo morre, tenho de ficar sozinho, foi assim com a minha mãe, meu pai... Continua sendo com os amigos que partem sem se despedir... Sozinho não! Gosto de ver as bolinhas de gás carbônico que saem do fundo da taça de champanhe quando sobem rápidas e se espraiam ali na superfície do líquido gelado que vou ingerir em celebração a vida que sempre continua de outras maneiras.
Tínhamos muitos amigos em comum, Romeu Lourenção, Rosangela de Souza, Adolfo Dias, Valdir Alves... Houve um tempo em que nos reuníamos todas as semanas em minha casa para discutir cinema, literatura e política... Sempre tinha uma carne na churrasqueira, uma cerveja gelada, boa música e o descompromisso com a voragem do tempo, típico dos homens que vivem sozinhos. “Sozinhos sim, solitários não” como uma amiga fazia questão de repetir sempre.
Vindo de uma família tradicional, advogado por formação, mas com um espírito demasiadamente livre para se coadunar com uma vida metódica e presa aos ditames de uma existência padrão, mesmo em uma Capital, Sérgio decidiu morar, por algum tempo, no Rio de Janeiro onde conheceu muita gente de talento, famosa ou não, nas artes plásticas, na música, no cinema, na literatura e percebeu, culturalmente, o imenso espaço que separa o grande centro do interior do Brasil.
De volta à terra natal, o mundo parece menor. A sensação das possibilidades abertas, de tudo para ser feito, bastando só boa vontade, permitiu uma capacidade inesgotável para se adaptar em qualquer situação, mesmo as adversas. O que fazia do Sérgio um excelente parceiro para qualquer coisa em qualquer hora. Não hesitava em ir para a cozinha fazer a sua famosa “Galinha à Bocaina” (uma galinha metida à besta, recheada e refogada com cebolas inteiras) em panela de ferro; também em subir em uma cadeira e fazer um discurso para alguns membros de sindicato indecisos em tomar partido em alguma ação de caráter coletivo; da mesma forma que não relutava em afastar uma mesa da sala ou da copa e fazer uma demonstração de dança, ainda que fosse o rock’n roll (os Beatles que ele gostava) desde que alguém do sexo feminino topasse o desafio...
Falando nas mulheres, elas apareciam sempre... Umas mais outras menos... Cada uma que partia levava um pouco, deixavam também suas cicatrizes... Mas não havia amarguras e nem lamentos... Compreendia que esgrimir com os sentimentos também fazia parte da vida, e a vida – como se sabe – era para ser vivida e disso não podia queixar-se...
Menos de um mês atrás encontrei com o Romeu Lourenção, na Kibelândia, ele apareceu para buscar alguns quitutes para o Sérgio que – segundo ele – se recusava a comer... Lembrei do conto “O Artista da Fome”, do Kafka, em que o personagem – um jejuador – queria bater o recorde de permanência sem comer, mas afirmava que não tinha méritos nenhum pelo feito, uma vez que não gostava da comida mesmo, em outras palavras, porque não encontrara ainda a comida que o satisfizesse... Mas não era o caso, e ele estava tentando reverter o processo...
Bom ver dois amigos engalfinhados naquela empreitada, cada um com suas convicções, mas tentando sempre esticar aquele fio tênue da vida que nos separa do infinito...
Não estive lá nos momentos derradeiros, Sérgio e Daniela, mas fiquem certos de que seu pai foi um homem bom, um grande amigo e junto com vocês, também vou sentir a sua ausência!
DESTERRO, 20/02/2010.
Perguntei como estava, mas já sabia o que me iria responder, foi uma maneira de ganhar tempo para tomar a decisão de sair logo do local. Disse-me que o pai tinha falecido no sábado. Apoiei minha mão direita em seu ombro e, olhando dentro dos olhos dela exclamei, estou solidário... Ouvi um “obrigado” antes de me afastar. Ela estava acompanhada e, isso me deixou livre para buscar sozinho, as palavras que naquela hora tinham esvaziado a minha mente.
Na verdade só mudei de bar... Penso num poema de John Donne, um verso que dizia “... A morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte da humanidade”...
É uma purgação, todas às vezes que alguém que me é próximo morre, tenho de ficar sozinho, foi assim com a minha mãe, meu pai... Continua sendo com os amigos que partem sem se despedir... Sozinho não! Gosto de ver as bolinhas de gás carbônico que saem do fundo da taça de champanhe quando sobem rápidas e se espraiam ali na superfície do líquido gelado que vou ingerir em celebração a vida que sempre continua de outras maneiras.
Tínhamos muitos amigos em comum, Romeu Lourenção, Rosangela de Souza, Adolfo Dias, Valdir Alves... Houve um tempo em que nos reuníamos todas as semanas em minha casa para discutir cinema, literatura e política... Sempre tinha uma carne na churrasqueira, uma cerveja gelada, boa música e o descompromisso com a voragem do tempo, típico dos homens que vivem sozinhos. “Sozinhos sim, solitários não” como uma amiga fazia questão de repetir sempre.
Vindo de uma família tradicional, advogado por formação, mas com um espírito demasiadamente livre para se coadunar com uma vida metódica e presa aos ditames de uma existência padrão, mesmo em uma Capital, Sérgio decidiu morar, por algum tempo, no Rio de Janeiro onde conheceu muita gente de talento, famosa ou não, nas artes plásticas, na música, no cinema, na literatura e percebeu, culturalmente, o imenso espaço que separa o grande centro do interior do Brasil.
De volta à terra natal, o mundo parece menor. A sensação das possibilidades abertas, de tudo para ser feito, bastando só boa vontade, permitiu uma capacidade inesgotável para se adaptar em qualquer situação, mesmo as adversas. O que fazia do Sérgio um excelente parceiro para qualquer coisa em qualquer hora. Não hesitava em ir para a cozinha fazer a sua famosa “Galinha à Bocaina” (uma galinha metida à besta, recheada e refogada com cebolas inteiras) em panela de ferro; também em subir em uma cadeira e fazer um discurso para alguns membros de sindicato indecisos em tomar partido em alguma ação de caráter coletivo; da mesma forma que não relutava em afastar uma mesa da sala ou da copa e fazer uma demonstração de dança, ainda que fosse o rock’n roll (os Beatles que ele gostava) desde que alguém do sexo feminino topasse o desafio...
Falando nas mulheres, elas apareciam sempre... Umas mais outras menos... Cada uma que partia levava um pouco, deixavam também suas cicatrizes... Mas não havia amarguras e nem lamentos... Compreendia que esgrimir com os sentimentos também fazia parte da vida, e a vida – como se sabe – era para ser vivida e disso não podia queixar-se...
Menos de um mês atrás encontrei com o Romeu Lourenção, na Kibelândia, ele apareceu para buscar alguns quitutes para o Sérgio que – segundo ele – se recusava a comer... Lembrei do conto “O Artista da Fome”, do Kafka, em que o personagem – um jejuador – queria bater o recorde de permanência sem comer, mas afirmava que não tinha méritos nenhum pelo feito, uma vez que não gostava da comida mesmo, em outras palavras, porque não encontrara ainda a comida que o satisfizesse... Mas não era o caso, e ele estava tentando reverter o processo...
Bom ver dois amigos engalfinhados naquela empreitada, cada um com suas convicções, mas tentando sempre esticar aquele fio tênue da vida que nos separa do infinito...
Não estive lá nos momentos derradeiros, Sérgio e Daniela, mas fiquem certos de que seu pai foi um homem bom, um grande amigo e junto com vocês, também vou sentir a sua ausência!
DESTERRO, 20/02/2010.
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Curtas catarinenses
são lançados em DVD
4ª feira, 24.2
Premiados pelo Edital Curta Criança, do Ministério da Cultura, os curtas Campeonato de Pescaria, de Luiza Lins e Marco Martins, e O Mistério do Boi de Mamão, de Luiza Lins, rodados em Florianópolis e exibidos na TV Brasil para todo o país, chegam agora ao mercado em DVD. O lançamento ocorre na quarta-feira (24/2), às 19 horas, na Fundação Cultural Badesc, em Florianópolis.
Inspirados na cultura do litoral catarinense, as duas ficções abordam a infância. Segundo Luiza, lançar o DVD é possibilitar que mais crianças possam assistir aos filmes, que retratam a cultura, a geografia, e o sotaque das regiões onde os curtas foram rodados.
Com locações na Praia do Pântano do Sul e na Lagoa da Conceição, Campeonato de Pescaria mostra a realidade das crianças nativas, que brincam na rua, pescam e se divertem em meio à natureza. O filme narra uma aventura que acontece no litoral catarinense, quando a comunidade organiza um torneio de pesca para que as crianças se divirtam durante as férias.
Lançado em 2009, o filme foi realizado pela Lume Produções Culturais, empresa produtora da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, em parceria com outras produtoras, como Orbital Filmes e Mídia Effects.
Já O Mistério do Boi de Mamão, lançado em 2006, foi rodado na Lagoa da Conceição. Inspirado no folclore do Boi de Mamão, uma brincadeira popular que acontece no litoral catarinense, o filme conta a história do menino Deni, torcedor do Avaí, que vive uma grande aventura ao tentar descobrir o sumiço do boneco do Boi de Mamão. A realização é da Lume Produções Culturais.
Os dois filmes, reunidos em um DVD duplo, serão vendidos em livrarias de Florianópolis e também no site: www.faganello.com por R$ 12,00. Comprando pelo site, o consumidor recebe em casa em qualquer lugar do Brasil sem custo adicional.
Inspirados na cultura do litoral catarinense, as duas ficções abordam a infância. Segundo Luiza, lançar o DVD é possibilitar que mais crianças possam assistir aos filmes, que retratam a cultura, a geografia, e o sotaque das regiões onde os curtas foram rodados.
Com locações na Praia do Pântano do Sul e na Lagoa da Conceição, Campeonato de Pescaria mostra a realidade das crianças nativas, que brincam na rua, pescam e se divertem em meio à natureza. O filme narra uma aventura que acontece no litoral catarinense, quando a comunidade organiza um torneio de pesca para que as crianças se divirtam durante as férias.
Lançado em 2009, o filme foi realizado pela Lume Produções Culturais, empresa produtora da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, em parceria com outras produtoras, como Orbital Filmes e Mídia Effects.
Já O Mistério do Boi de Mamão, lançado em 2006, foi rodado na Lagoa da Conceição. Inspirado no folclore do Boi de Mamão, uma brincadeira popular que acontece no litoral catarinense, o filme conta a história do menino Deni, torcedor do Avaí, que vive uma grande aventura ao tentar descobrir o sumiço do boneco do Boi de Mamão. A realização é da Lume Produções Culturais.
Os dois filmes, reunidos em um DVD duplo, serão vendidos em livrarias de Florianópolis e também no site: www.faganello.com por R$ 12,00. Comprando pelo site, o consumidor recebe em casa em qualquer lugar do Brasil sem custo adicional.
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