25.10.09

NOTÍCIAS E ESCRITOS

Rosana Bond e Liliane Motta da Silveira
Oldemar Olsen Jr.
Amílcar Neves
Emanuel Medeiros Vieira



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Rosana e Liliane

1) Dois livros infanto-juvenis de Rosana Bond, moradora de Sambaqui, foram premiados nesta semana pelo Estado de Goiás:Os guerreiros sagrados (Editora Escala Educacional, SP) e O senhor da água (Editora Ática, SP). Estão na lista de obras que serão compradas pelo governo para distribuição em escolas goianas.

2) A cineasta Liliane Motta da Silveira, moradora de Santo Antônio de Lisboa, acaba de ter um filme classificado entre os finalistas internacionais do Festival de Curtas Metragens de Cuzco, no Peru. Os campeões serão selecionados e premiados em novembro.

A obra, com o título No tempo em que nós vivíamos, é um documentário de 15 minutos e trata da visão dos índios guaranis sobre a chegada dos invasores europeus em Santa Catarina, nos anos 1500.

Os diretores são Liliane e Flávio Vidigal, a produção é da Set (Cinema e Televisão) e a fotografia de Vinícius Muniz. A jornalista e pesquisadora Rosana Bond, de Sambaqui, participou como entrevistada.

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Dá-lhe Olsen!

Bom dia, senhores e senhoras, salve!

Algumas pessoas se sentiram "insultadas" com a expressão "camaradas" que sempre me vali para saudá-los... Respeito...

Como um certo partido aí, vulgarizou a outra, "companheiros", também me recuso...

Assim, fica bem para todos, afinal "senhor" ou "senhora" é respeitoso e não agride ninguém... Melhor que "tio" ou "tia"...

Ao contrário do que meu semblante possa denotar, sou de "boa paz"... Como afirmava um advogado que já foi meu amigo, o "viking ternura"... Well, como o tempo passa e como essa "passagem" muda algumas pessoas... Alguns, para pior...

Estou tergiversando porque vou falar da dor... Tudo isso me deixa triste...

A música é essa, "Because", dos Beatles... Era uma que a banda "Sweet Little Sexteen" gostava de tocar (o título da banda é uma homenagem ao bom e velho Chuck Berry, de quem os Beatles também eram fãs)...


Vai:



Com o carinho do poeta!


A DOR DOS OUTROS

Por Olsen Jr.

A vida em condomínios abriga algumas peculiaridades que muitas vezes passam despercebidas de seus moradores. O fato de muitas ações serem repetidas diariamente produz uma rotina imperceptível. Assim, é quase certo que encontraremos as mesmas pessoas todos os dias. Algumas mais, outras menos.

Com as crianças tais particularidades são mais arraigadas. Elas praticamente crescem juntas, meninos e meninas em turmas distintas. Usufruem da mesma piscina, praticam esporte na mesma quadra, usam o salão de festas para reuniões sociais e desfrutam da churrasqueira com os adultos ou de maneira independente.

Com o passar do tempo, os pais se tornam amigos e passam a ter, inconscientemente certa responsabilidade pela população miúda. Todos se conhecem e frequentam uns os apartamentos dos outros e até dormem uns na casa de um ou de outro como se o ato representasse uma pequena aventura.

Você só entende o significado disso quando, passados aí 15 anos recebe o telefonema de um filho afirmando: “pai, o Lucas morreu”...

Segue-se um silêncio e antes que você possa dizer alguma coisa, ouve “o Sky (apelido carinhoso do garoto, provavelmente tirado do filme “Guerra nas Estrelas”) era um dos meus melhores amigos”...

Então “cai a ficha” e antes de encontrar algo para dizer, você se lembra deles brincando juntos lá no prédio onde moravam... Jogando bola no pátio... Ocupando o tempo com o “Banco Imobiliário”, jogando canastra, xadrez, os brinquedos eletrônicos e depois, mais adultos, a descoberta e paixão pela música... Cada um escolhendo um instrumento e ensaiando... É, seguem-se todas aquelas manobras pouco sutis de conduzir a aparelhagem para cima e para baixo, no carro de um ou de outro dos pais, da escolha de um lugar para ensaiar, da negociação com a vizinhança, afinal, daquelas tertúlias musicais bem que poderia sair um virtuose, quem sabe alguém que ficará famoso um dia e poderão dizer, “puxa, essa gurizada ensaiava lá perto de casa, mas sempre botei fé que dali sairia alguma coisa boa... E não é que eu estava certo!”...

Soube que o Lucas tinha apenas 30 anos, não fumava e não bebia, havia casado recentemente, dedicava-se inteiramente a música... Acabara de ganhar uma bolsa para fazer um mestrado em música e a sua banda iria tocar no final do ano na França, estava animado, no auge do entusiasmo que poderia representar uma promissora carreira e aí um enfarte põe fim ao sonho...

Ironia, triste destino, quando nos aproximamos do sonho, ele se esfuma, evapora, some… Permanece então a história da luta que foi para buscá-lo e isso justifica uma vida inteira, ainda que se alie à tristeza, a solidão, as dores do que se perdeu pelo caminho…

Meu filho está chorando ao telefone... Imagino o que significa aquela tragédia para todos os amigos deles, os pais do Lucas, Paulo e Gisele da Rosa e os seus irmãos, Tiago e Paola... O mundo desabando em cima de uma família e as forças do universo mostrando em todos os nossos poros o quanto somos pequenos e vulneráveis aos seus desígnios...

Penso nas “Meditações”, do poeta John Donne quando diz “...A morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte da humanidade”...

A dor dos outros explodindo em significações e eu ali, mediocremente pensando na eleição para uma academia de letras, deus meu, como um homem pode deixar-se corromper por tal papel?
Foi naquela hora, na tarde de terça-feira, dia 20, que decidi não submeter mais o meu destino a uma minoria de homens de letras... E daí, já despido da glória passageira do Olimpo, como um mortal que acaba de descobrir a verdade essencial, solidariamente, chorei junto com o meu filho aquela perda humana que nenhuma lágrima poderia mais trazer de volta!

*
Ler. Para quê?

Por Amílcar Neves*

Ler um livro, para começar. Com todo o respeito pelos jornais, revistas e meios eletrônicos, ler, de verdade, é ler livro. Por mais que, democraticamente, se possa discordar desta posição.

Ler um livro de literatura, fique claro. Manuais técnicos, religiosos e de autoajuda são textos de consulta, não de leitura. Ler livro é ler literatura, apesar de se vender o peixe por aí embrulhado em folhas de livro.

Ler um livro de literatura de qualidade, esta é a questão. Nem tudo o que reluz é literatura. Ler livro de literatura é ler obra de qualidade estética e, claro, literária; o resto, me desculpem, é perda de tempo.

Então, invariavelmente, vem a pergunta: por qual razão, humanitária ou prática, haveria alguém de pôr-se numa tal confusão de escolher um livro, e que fosse de literatura, e que fosse de qualidade, para fazer essa coisa tão chata e enfadonha que é isso de ler?

Evidente: numa casa em que pai, mãe, tios e vizinhos param tudo - param de comer, de conversar, de se conhecer e até de amar - para se deixar hipnotizar por uma sequencia quase interminável de telenovelas (a sucessão de enredos sempre repetitivos só acaba na hora de dormir para ir trabalhar amanhã cedo), fica bem mais difícil para a criança e o adolescente descobrirem espontaneamente o prazer insuperável da leitura (de um bom e instigante livro de literatura).

O escritor peruano Mario Vargas Llosa dá a pista para uma resposta sensata à questão no livro Cartas a um Jovem Escritor:

“Sem dúvida, o jogo da literatura não é inócuo. Produto de uma insatisfação íntima com a vida como ela é, a ficção também é uma fonte de mal-estar e insatisfação, pois quem, através da leitura, vive uma grande ficção - como as duas que acabo de citar, a de Cervantes e a de Flaubert [o autor se refere, respectivamente, a Dom Quixote e Madame Bovary] - retorna à vida real com uma sensibilidade muito mais aguçada diante de suas limitações e imperfeições, inteirado por aquelas magníficas fantasias de que o mundo real e a vida de verdade são infinitamente mais medíocres do que os inventados pelos escritores. Essa intranquilidade frente ao mundo real que a boa literatura alimenta pode, em certas circunstâncias, traduzir-se também em uma atitude de rebeldia contra a autoridade, as instituições ou as crenças estabelecidas.”

Por isso os ditadores odeiam livros, quem os escreve e quem os lê.

*Amilcar Neves, escritor.
No crônica publicada no jornal Diário Catarinense
de 21.10.2009.
Reprodução autorizada pelo autor.

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Saint Exupéry

Aviador por profissão, escritor
por vocação (e devoção)


Por Emanuel Medeiros Vieira

Antoine de Saint Exupéry (1900-1944) deve estar no vasto Mediterrâneo. Nunca acharam o corpo deste aviador por profissão e escritor por vocação (e devoção).
Não importa. Ele é do mar e de todos nós.
O grande Antoine um dia desceu na nossa ilha, no Campeche (felizmente, antes de sua favelização).
Não, não é, como muitos pensam, um escritor das misses que, com suas curtas massas encefálicas, nunca o entenderam. É maior. Leiam só o final de “Terra dos Homens”, na tradução de Braga.

Traduzi trechos do livro de Saint Éxupery.
Mas a versão do maior cronista brasileiro de todos os tempos é perfeita.
Leiam: “O que me atormenta, as sopas populares não remedeiam. O que me atormenta não são essas faces escavadas nem essas feiúras. É Mozart assassinado, um pouco, em cada um desses homens.
Só o Espírito, soprando sobre a argila, pode criar o homem.”

ARTHUR RIMBAUD: Tive a ousadia de fazer uma tradução de “O Barco Bêbado”, de Arthur Rimbaud (1854-1891), um dos mais belos poemas de todos os tempos.
Algumas fontes informam que ele escreveu essa obra-prima aos 17 anos.
Ele nasceu na cidade francesa de Charleville.
Foi um aluno brilhante, e aos 15 anos já havia ganho vários prêmios por composições em latim.
Em 1871, escreve vários poemas, que envia ao já célebre poeta Paulo Verlaine (1844-1896).
No mesmo ano, vai para Paris, onde Verlaine o introduz à comunidade literária.
Resumindo: Verlaine abandona a mulher e o filho por sua causa.
Em 1872, os dois vão até Londres e Bruxelas.
No ano seguinte, em meio a uma briga, Verlaine atira duas vezes no amante, e é condenado a dois anos de prisão.
Rimbaud volta a Charleville e termina o livro “Une saison en enfer” (“Uma temporada no inferno”).
Esta obra inspirou o cineasta Jean Luc Godard (1930) na construção de um de seus mais importantes e belos filmes: “O Demônio das Onze Horas” (“Pierrot le Fou”), de 1965.
Em 1874, Rimbaud retorna a Londres e conclui “Illuminations” (“Iluminações”).
Aos 21 anos pára de escrever.
Sim, desiste da poesia na casa dos 20 anos.
Decide trabalhar, viaja muito, vive “relacionamentos amorosos com exóticas nativas e ganhando a vida como traficante e comerciante de armas.” (Paulo Hecker Filho).
Volta à França em 1891 e tem a perna amputada.
Morre em Marselha, em novembro de 1891, aos 37 anos.
Vinícius de Moraes (que leu tudo) confessou a Paulo Hecker Filho: “O maior de todos é Rimbaud.”
Henry Miller afirmou: “A última palavra do desespero, da audácia, da maldição. A poesia tudo deve a Rimbaud. Até agora ninguém o superou em audácia e imaginação.”

POESIA: Os poetas, como os cegos, enxergam na escuridão.
Hoelderlin já nos ensinava: “O que permanece, fundam-no os poetas.”
Alphonsus de Guimaraens Filho escreveu: “Se não for pela poesia/como crer
na eternidade?”
Numa mensagem, meu amigo Ronaldo Cagiano, confessa: “Um minuto no túmulo de Balzac, uma tarde à beira do Sena ou um café n’A Brasileira, onde sentou Pessoa, me ensinam mais que todas as religiões e filosofias.”
Kafka já dizia: tudo o que não é literatura me aborrece.
Complementa Cagiano, o colega escritor: Não tenho medo de andar contra a corrente. A vida não é feita de adesões ao política, estética e culturalmente correto, mas ao que tem dimensão onírica, humana e solitária. E isso não dá votos, nem resenhas na Folha.”

Me perguntaram numa escola aqui em Brasília: “Como se faz um bom livro?”
Eu sorri, sala cheia, jovens de 20 anos.
Sabia de cor a resposta de Somerset Maugham: “Há três regras para se escrever um bom livro. Infelizmente, ninguém sabe quais são.”
Dia de citações, não é? Meus perdões.
Porque escrever não tem receita. Tem inspiração sim. Mas tem muito trabalho. “Transpiração”, disciplina. Há que começar a faina diária mal rompe a aurora.
Todos os dias, todos.
E ler, muito. Reler. Ler mais. Sempre. Até o último suspiro.
Se paramos de ler, vamos morrer.
O aprendizado da escrita é misterioso.
“O processo de aprender a escrever é desanimador porque é inexplicável”, afirma Alberto Manguel.
Ele complementa: “A leitura é uma atividade pela qual os governos sempre manifestaram um limitado entusiasmo”
É claro. A leitura abre os espíritos.
A literatura “revela”.
A verdade liberta. Com ela no seu coração, você não votaria mais por ter recebido uma esmola, um saco de cimento, umas telhas ou uma bolsa-família.
Ler sempre incomoda os ditadores, os napoleões tupiniquins, desagrada os poderosos, os idiotas e medíocres de plantão.
E, no geral, eles estão nos órgãos ditos culturais, com o seu vasto número de funcionários entediados, seus burocratas mesquinhos e seus lanches vespertinos, suas panelinhas burlescas, que querem camuflar o seu enorme vazio com roupas chics ou retóricas e preciosismos. Não enganam. Não adianta. São figuras que merecem a piedade. Serão varridos por qualquer vento sul. Podem receber prebendas, se acham “sérios”, às vezes assinam colunas diárias.
Mas serão sempre figuras menores: aquelas que morrerão sem a solidariedade de si mesmas.
Manguel lembra que Pinochet proibiu “Dom Quixote”, de Cervantes.
Lógico, o leitor lendo Quixote descobriria a alma nazista do facínora sanguinário que foi o ditador chileno, uma besta do Apocalipse sul-americano.
Penso no que disse um republicano espanhol (pai de um escritor) que passou muitos anos numa prisão política:
“Até na cadeia vocês serão mais felizes de gostarem de ler.”
É verdade!
O que me salvou nos meses de prisão política no DOPS foi a leitura (na OBAN não permitiam: lá era só porrada).

LEMBRANDO PRESTES: Agildo Barata estava numa cela com Luiz Carlos Prestes, em 1945. Notou um opúsculo de capa verde. Na capa: “Pensamentos de Augusto Comte”. No interior: aforismas estóicos, que Prestes traduzia do grego para passar o tempo. E dizia que como a capa era de Comte, os milicos não iriam tomá-la.
Conclusão de Barata: quando penso em Prestes, penso sempre num livro de máximas estóicas e de capa positivista.
“Que sacada, hein”, interpreta o meu velho amigo Flávio Aguiar (desde 1962, no Colégio Anchieta, em Porto Alegre), editor do “Carta Maior”, e que agora vive em Berlim.
Essa cidade sempre me emociona, pois lá varei noites conversando com Luiz Travassos, tomando todo o vinho alemão existente, a gente caminhando até perto do Muro.
Ele lá exilado. Eu fugido da “ditabranda”, segundo a Folha.
Voltando ao líder comunista: quando penso em Prestes penso mais num pensamento granítico e positivista de um homem íntegro, profundamente digno (às vezes equivocado, mas nunca desonroso).
Por exemplo: sua aliança (“Constituinte com Getúlio”) com Vargas (que o deixaria muitos anos preso nas mãos do perverso Filinto Miller) foi um erro ou uma necessidade naquele momento, em função de um projeto político maior?
Em termos éticos não se justifica. Foi Filinto quem entregou Olga, a mulher de Prestes, para a Gestapo.
Prestes era mais positivista que comunista. Estou equivocado?
David Nasser escreveu um livro chamado “Falta Alguém em Nuremberg”.
Esse alguém era Filinto “carrasco” Miller, que foi presidente da ARENA, o “maior partido do Ocidente”, segundo o inesquecível Francelino Pereira.
Francelino foi quem fez a nunca respondida indagação: “Que país é esse?”
Lembrando: a polícia política do Estado Novo (1937-1945), chefiada por Filinto Miller, arrancou com torquês um dente de Carlos Marighella.
Marighella, segundo o juízo insuspeito de Jarbas Passarinho (que fez a célebre proclamação no dia da promulgação do AI-5, 13 de dezembro de 1968: “às favas com os escrúpulos, senhor presidente”), teria sido o homem mais corajoso que existiu no Brasil no enfrentamento da tortura.

TRANSPOSIÇÃO: Amo muito o Rio São Francisco. Amo tanto que situei em Pirapora, Minas Grais, o momento mais emblemático e dramático do meu romance “Olhos Azuis – Ao Sul do Efêmero” (sua gestação durou 12 anos).
A personagem Júlia amava demais aquele rio e queria morrer perto dele.
Amo tanto e conheço um pouco a sua “vida” (para não parecer imodesto). Conheço o velho Francisco em Minas, em Sergipe, na Bahia...
O rio está morrendo. E a transposição não o salvará.
A quem serve a transposição? Às empreiteiras, às oligarquias nordestinas, às empresas do agro e do hidronegócio, aos políticos fisiológicos dos partidos hegemônicos, aos prefeitos e vereadores corruptos, à vocação megalomaníaca de Lula, que na avaliação de muitos é uma espécie de Médici do populismo.
A transposição serve ainda a outros interesses menores.
Não ajuda às populações ribeirinhas. E só deveria servir a elas.
Quem diz isso não é o DEM ou PSDB, não é gente de “direita”: é a Comissão Pastoral da Terra.
Rubem Siqueira, sociólogo desta comissão, diz que a “vistosa” obra da transposição é um “achado”do ponto de vista do marketing da costura política e econômica.
Para ele e para nós, a obra “não só cabala votos, mas encanta as oligarquias nordestinas e atrai abastados doadores de campanha como as empresas envolvidas na construção e no usufruto do projeto público, poderosas empreiteiras e aquelas não menos poderosas do agro e do hidronegócio.”
Ruben Siqueira lembra que os “Pais da Pátria”, os que buscam unanimidade servil sempre acabam virando ditadores.
Pena que a Ilha natal esteja tão longe do Rio São Francisco.
Pois quem conhece um pouco a situação, como algumas pessoas de bem do Nordeste e de outras regiões, estão cientes de como é equivocada (meu coração gostaria de chamá-la de criminosa) a chamada transposição do Rio São Francisco.
É de uma crueldade inqualificável o que estão fazendo com as populações ribeirinhas.
E com o rio.
Pobre Francisco, que já foi o rio de nossa unidade.
Belo Francisco!
Quem assistiu a um por-do-sol em Três Marias, MG, sabe do que estou falando. Falo de sua beleza.

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