15.2.10

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A B A T I D O


Por Emanuel Medeiros Vieira*

Lula afirmou que estava “abatido” e triste” com a prisão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda.

Será que ele também está deprimido com a situação desesperadora dos nossos aposentados?

Com a dramática situação que eles vivem? abandonados a própria sorte pela base aliada, pelo PT e pelo governo?

Lula está preocupado é com o lucro dos banqueiros, e em pagar em dia os juros da nossa dívida.

A eles, nosso presidente nunca falta.

Com as marqueteiros também.

Pois Lula sabe que com um povo semi-alfabetizado e iletrado, ele precisava enganar a massa com marqueteiros pagos a peso de ouro, e manter a plebe com suas bolsas.

Para essa gente, a conscientização do povo seria péssima.

Pois não se venderiam mais por um saco de cimento, umas telhas ou uma bolsa-esmola.

O ideal é manter a plebe na sua ignorância, com suas bolsas-esmola e a imbecilização garantida pelos programas da TV aberta e seus faustões/silvio santos, a ganância dos evangélicos neopentecostais e a idiotia autofágica do “Big Brother”.


Pois de nossa parte pedimos mais:

Que Arruda e sua gangue fiquem na cadeia.

Não só isso. Que todo dinheiro que nos foi roubado, seja ressarcido. Tostão por tostão.

Pois são escolas, hospitais e estradas que nos faltam por causa desta corrupção tão disseminada, em todos os poderes, em todas as instâncias.

Quem vive aqui em Brasília, sabe da tenebrosa situação da saúde pública. Aliás, situação deplorável no Brasil todo.

Empresários, a grande imprensa, políticos oportunistas, corruptos e corruptores têm verdadeiro pavor da idéia de intervenção federal no DF.

Porque perderão suas mamatas e seus nichos de corrupção.

Foi um erro histórico (no qual também incorri) a defesa da representação política para o DF.
A Câmara Legislativa é uma casa de horrores.

A representação política, nesses 20 anos de autonomia política, foi uma lástima e uma vergonha para todos os cidadãos de bem que aqui vivem.

Uma amiga escreveu um poema chamado “Drummondiana”:
“Chega de gerúndio/eu não me chamo Raimundo/nem estou buscando solução/o que eu quero mesmo é o fim da corrupção.”

*Emanuel Medeiros Vieira. Escritor catarinense radicado em Brasília.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quem sou eu para corrigir o Mestre Emanuel? Mas se me sinto na obrigação de alertar contra as induções com que a TV Globo leva às pessoas comuns a interpretação errônea dos fatos, quanto mais em se tratando de alguém tão ponderado.
Posso indicar diretamente a maior rede de comunicação do Brasil, porque também foi por ela que escutei que o Presidente estaria abatido pela prisão do Arruda. Achei muito estranho, afinal, ao que todos sabem, Arruda é um adversário político de Lula, integra o partido cujo ex-presidente pretendeu acabar com a raça dos correligionários de Lula por 30 anos e, conforme se pode interpretar das declarações do concorrente à indicação de Lula para sua sucessão, seria o vice da chapa contrária.
Mais tarde, pude verificar pela internet a declaração completa sobre o aborrecimento de Lula com a situação da prisão do Arruda e se aclarou que o lamento é o mesmo de todo e qualquer brasileiro com alguma vergonha na cara e que, assim como o Emanuel, não se sentirá nada confortável enquanto ocorrer casos semelhantes entre os políticos brasileiros.
Ao contrário do que a Globo induziu a mim e ao Emanuel, o abatimento do presidente não foi pela pessoa do Arruda, mas sim pela vergonha dos fatos que ainda ocorrem na política brasileira e que só serão sanados se continuarmos a ter um Ministério Público e uma Polícia Federal tão atuante quanto a do atual governo.
Outra defasagem de informação na qual incorre Mestre Emanuel, é quando supõe que Lula apenas esteja preocupado em pagar os juros da nossa dívida aos banqueiros. Na verdade, se os banqueiros dependessem desses juros para sobreviver, já estariam bastante encrencados há uns 5 ou 4 anos, pois desde lá que Lula não tem o que se preocupar com juros de dívidas, posto que divídas não há. Foram pagas.
Já quanto a questão do analfabetismo, outra informação que os veículos de comunicação negaram ao Mestre Emanuel, é que neste governo foram construídos 12 universidades e aproximadamente 120 escolas técnicas federais.
Ainda não é o suficiente, é verdade, pois todo o sistema educacional brasileiro foi degradado desde o governo da ditadura militar, mas considerando-se que na década anterior não se construiu uma única universidade federal, já se pode considerar um começo que merece alguma ponderação do Mestre.