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CASARÃO DA PONTA
PODE VIRAR MUSEU

A criação de um Museu Etnográfico de Sambaqui pode ser a alternativa para o uso e conservação do Casarão da Ponta, conforme sugestão apresentada pelo acadêmico de Museologia da UFSC, Diego Gomes, sábado à tarde (19.3) durante reunião da diretoria da Associação de Bairro de Sambaqui (ABS). “É uma proposta para discussão”, explica Dóris Gomes, vice-presidente da entidade. Se a idéia for aprovada será formatada em projeto para captação de recursos junto ao Ministério da Cultura.

Por outro lado, cerca de 10 rendeiras demonstraram interesse na formação de uma cooperativa e começaram a buscar apoio. Acompanhadas de Dóris Gomes, elas estiveram na Fundação Franklin Cascaes e saíram com a garantia de respaldo para a realização de um curso (oficina) de renda no Casarão da Ponta. Isso implica na remuneração da rendeira local que coordenará a oficina e, a destinação de materiais, como bilros, almofadas e linhas.

“A Fundação Franklin Cascaes executa um projeto do Ministério da Cultura de apoio aos artesanatos tradicionais e está criando a Casa da Rendeira na Lagoa da Conceição. Uma parte desse projeto deve vir para Sambaqui”, salienta Dóris. Na próxima quarta-feira (23.3) as rendeiras voltam a se reunir. No dia seguinte (quinta, 24), acontece outra reunião sobre o uso e conservação do Casarão.

Para o dia 30 está agendada uma reunião com artesãos interessados no espaço para a comercialização de seus produtos, através de um regulamento específico. “Já acertamos que 15% do que for comercializado será destinado à conservação do imóvel”, observa a vice-presidente da ABS. Outras ações estão em andamento, entre elas a contratação de um funcionário, o aproveitamento da mão-de-obra de apenados e a busca de patrocínios.

Acompanhe abaixo os principais pontos do projeto do Museu Etnográfico de Sambaqui. Fonte: Reprodução de slides da apresentação de Diego Gomes.