27.2.11

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Nossas praias estão
próprias para o banho

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A crônica de Olsen Jr.


Praia da Ponta do Sambaqui

Balneabilidade 10

As praias do distrito de Santo Antônio de Lisboa e imediações estão próprias para o banho, segundo o último relatório da Fatma. Ao todo foram feitas sete coletas nas praias de Sambaqui (Ponta e Flores) e Santo Antônio (dois pontos), Daniela (um ponto) e Cacupé (dois), todas no último dia 22.

Apesar desse resultado positivo, coletas anteriores indicam a existência de problemas na praia das Flores (Sambaqui), que em 11.1.2011 em 15.2.2011 esteve imprópria (E . C o l i, NMP*/100ml, 3000 nas duas datas). Também em 15.2.2011 a praia central de Santo Antônio esteve imprópria (E . C o l i, NMP*/100ml, 2800). Em Cacupé, na Daniela e na Ponta do sambaqui (Sambaqui), não foram verificados problemas na qualidade da água nas oito últimas semanas.

Dos 64 pontos examinados pela Fatma em Florianópolis, 32 se encontram próprios para o banho e 32 impróprios (50% a 50%). A situação mais grave parece ser na Lagoa da Conceição, onde os 12 pontos de coletas apresentaram contaminação (impróprios para o banho). O drama se estende a Canasvieiras (três dos seis pontos analisados estão impróprios) e Ponta das Canas (dois impróprios de três pontos).

Fonte: Fatma


Praia de Santo Antônio. Fotos: Celso Martins

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COISAS DE POETA


Por Olsen Jr.

Pessoas que escrevem, isto é, que possuem no biotipo o gene (recessivo ou não) da literatura, costumam tomar certas precauções para que uma boa ideia não se perca. O princípio que os norteia é o mesmo: não confie na memória, anote. Para isso então, nada mais justo que andar sempre com uma caneta no bolso e um pequeno bloco ou algumas folhas de papel dobradas de maneira que se possa tirar o maior proveito delas.

Já previno que andar com uma caneta no bolso da camisa é contra a etiqueta. Pode dar a impressão que o usuário é algum comerciante que esqueceu o seu objeto de trabalho, no mesmo nível de alguém que saia à rua com um avental. É o risco, mas o que vale mais? Um detalhe na indumentária que poucos dão importância se deveria ou não estar ali ou a possibilidade de perpetuar uma ideia, um texto, uma frase com o seu pronto resgate mediante o uso da caneta? Aliás, a caneta bic foi citada recentemente em uma coletânea contendo os 100 maiores ícones do design moderno.

Sou um destes que sacrifica as aparências para assegurar uma ideia. Sempre ando com uma caneta, mas quase nunca com um papel como o descrito anteriormente. Dou um jeito, pode ser o verso de uma nota de posto de gasolina, um cartão da mega sena, um guardanapo, uma comanda de bar, enfim, qualquer base que suporte um traço.

Sei quando a semana foi boa pelo volume de papel rabiscado durante o período e que fica acumulado nos bolsos das calças, passando de uma para outra até tomar a decisão de registrar tudo aquilo em um caderno.

Quando o “santo baixa” ele não escolhe o lugar e tampouco o assunto. Pegando os papeis a esmo, diz um “A natureza das coincidências é a imprevisibilidade”; outro “O problema da humanidade são as pessoas”; e mais “Se tem algo que não suporto é um bar que não conheça”; “De todos os vícios, sem dúvida, a bebida é um dos mais saudáveis. Eu, por exemplo, depois de uma noitada com os amigos, nunca desprezei um copo d’água”; “Em certo sentido os políticos são os mesmos em todo o mundo. Parodiando Fernando Pessoa, o político é um enganador/ engana tão absurdamente/ que faz a mentira supor/ que é a verdade quem mente”.

Tem frases que parecem arrogantes, mas não são, apenas insights, “sacadas” se preferirem, “Longe de mim ser igual aos meus semelhantes”, por exemplo.

Toda a coisa não significa a coisa toda, pensa o filósofo buscando uma saída... E vice- versa acrescenta o político acreditando ser decisivo para encontrá-la”.

A política e seus agentes, o dia a dia, tudo se presta para uma blague, prefiro a filosofia, vai a minha favorita, “Não precisa pensar como eu, basta pensar comigo!”

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