1.2.11

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Casan extravasa esgoto sem

tratamento no rio Papaquara


Laudo do IGP confirma crime ambiental.
Ministério Público pediu inquérito policial


Por Celso Martins

O lançamento de esgotos sem tratamento no rio Papaquara, no norte da Ilha de Santa Catarina (Florianópolis), motivou a abertura de um inquérito policial na 7ª Delegacia de Polícia, em Canasvieiras, à pedido do promotor de justiça Rui Arno Richter, da Promotoria de Meio Ambiente da Capital.

Tudo poderia passar como mais um caso, mas não é, pois a autoria do crime ambiental é atribuída à ninguém menos que a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), responsável pelo projeto, construção e operação da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) em Canasvieiras.

Pelo menos um exemplo concreto de extravasamento de esgoto sem tratamento tem a confirmação do Instituto Geral de Perícias (IGP), cuja laudo foi anexado ao inquérito. Diversas pessoas foram ouvidas pelo delegado responsável pelo caso, que chegou a concluir o inquérito e encaminhá-lo ao Ministério Público. Entretanto, diante do laudo do IGP, Richter determinou que novas pessoas sejam ouvidas. Segundo o promotor, a "materialidade" do crime cometido já está bem configurada.


Denúncia em 2009

A denúncia jornalística do problema foi feita em primeira-mão pelo Sambaqui na Rede no dia 9 de junho de 2009, com base nas seguintes fontes: pesquisa do Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC, antigo Cefet) sobre a qualidade das águas do rio Papaquara; o documento Esgotamento Sanitário, elaborado em 2008 por técnicos da Casan e Prefeitura Municipal de Florianópolis; e o EIA-RIMA do Sapiens Parque, executado pelas empresas Elabore - Assessoria Estratégica de Meio Ambiente e Socioambiental - Consultores Associados Ldta.

Em resumo, a ETE de Canasvieiras tem capacidade para tratar os esgotos de até 45 mil pessoas e, tudo o que ultrapassar esse limite, vai parar in natura nos cursos d'água da região. Vale lembrar que o rio do Brás também é atingido e que o rio Papaquara desemboca no rio Ratones, coração da Estação Ecológica de Carijós. Ou seja, essa sujeira toda acaba chegando no estuário do Ratones, atingindo em cheio as localizades de Sambaqui e Daniela.


Confira as denúncias
do Sambaqui na Rede

1) Em 9 de junho de 2009
Casan polui o rio Paraquara.

2) Suíte da denúncia em 20 de julho de 2009
CASAN: Crime ambiental confesso - ETE de Canasvieiras.

3 comentários:

Anônimo disse...

Existem denúncias (antigas inclusive) com relação ao Rio do Braz em Canasvieiras...

James Pizarro disse...

Publiquei - com o devido crédito de autoria e fonte - tua última postagem em meu blog www.antesqueanaturezamorra.blogspot.com
Também, na capa de meu blog, publiquei o endereço do teu blog recomendando-o para leitura.
Um fraterno abraço

James Pizarro

Anônimo disse...

Tenho um espoto a céu aberto na frente da minha casa, no centro de Canasvieiras. Abri uma ocorrência sexta-feira, dia 11/02, foi dado o prazo de 24 hs, e até agora nada. O mesmo já ocorreu no feriado de final de ano e o caso fica sendo empurrado com a barriga.
A questão é? Quem cobra a atuação da "Maravilhosa CASAN", que cobra 100% do consumo do esgoto e não se presta nem para desentupir um esgoto no centro de Canasvieiras....Que dinheiro mal pago...