CARTINHA ABERTA
AO CELSO MARTINS
AO CELSO MARTINS
Por Emanuel Medeiros Vieira
(Para os que vierem depois)
Dileto amigo Celso
Não, não demorarei.
(Perdoa o tom aparentemente panfletário).
Já vi muito nessa curtida vida.
Queria falar sobre flores e literatura.
Mas "contemplando" a união das mais vis oligarquias regionais, dos grupos mais sórdidos da nação, do que há de pior na política brasileira, para salvar o Sarney, não dá para calar a boca.
Vivo em Brasília há 31 anos.
Cobri a CPI do Collor e do Orçamento e testemunhei o que os (outrora combativos) parlamentares do PT falavam.
Nivelar pela podridão em busca do poder pelo poder?
Sei que desagradarei amigos a quem estimo.
Mas a conivência deste novo coronel nordestino, o Lula, com esse tipo de gente só pode ser (no mínimo) falta de caráter.
Não, não vim do PFL - sabes bem.
Sofremos muito para a construção da democracia.
Prisão, tortura, exílio, mortes de companheiros.
(Luiz Travassos mexe-se no túmulo.)
Dirigente do IEPES em SC, semente da Fundação Pedro Horta, lutando junto com o saudoso André Foster e outros companheiros, em tempos ásperos, acompanhei a trajetória de Pedro Simon, ajudando companheiros perseguidos, colaborando para que conseguissem escapar pela fronteira, e não fossem mortos na tortura.
Ver o PT jogando todo a sua história na lata de lixo - na lama mesmo -, constrange as consciências mais resignadas ou desencantadas.
Fiz a campanha para o Lula, em 1989, aqui em Brasília.
Enfentamos (não é figura de retórica) a tropa de choque fascista do Collor e curriola, na rodoviária, nas avenidas, em cidades satélites.
Fomos ameaçados de morte várias vezes.
Lembro de amigos sendo espancados pelas milícias pagas pelo coronel de Alagoas.
Estão juntos agora?
MERECEM-SE!
O que somos sem memória?
O que sinto, amigo, é o mais profuindo nojo.
É indignação visceral.
O que mais dizer? Nada.
Abraço fraterno.
Sou um ex-combatente? Creio que não.
Ainda um combatente.
Emanuel Medeiros Vieira
Dileto amigo Celso
Não, não demorarei.
(Perdoa o tom aparentemente panfletário).
Já vi muito nessa curtida vida.
Queria falar sobre flores e literatura.
Mas "contemplando" a união das mais vis oligarquias regionais, dos grupos mais sórdidos da nação, do que há de pior na política brasileira, para salvar o Sarney, não dá para calar a boca.
Vivo em Brasília há 31 anos.
Cobri a CPI do Collor e do Orçamento e testemunhei o que os (outrora combativos) parlamentares do PT falavam.
Nivelar pela podridão em busca do poder pelo poder?
Sei que desagradarei amigos a quem estimo.
Mas a conivência deste novo coronel nordestino, o Lula, com esse tipo de gente só pode ser (no mínimo) falta de caráter.
Não, não vim do PFL - sabes bem.
Sofremos muito para a construção da democracia.
Prisão, tortura, exílio, mortes de companheiros.
(Luiz Travassos mexe-se no túmulo.)
Dirigente do IEPES em SC, semente da Fundação Pedro Horta, lutando junto com o saudoso André Foster e outros companheiros, em tempos ásperos, acompanhei a trajetória de Pedro Simon, ajudando companheiros perseguidos, colaborando para que conseguissem escapar pela fronteira, e não fossem mortos na tortura.
Ver o PT jogando todo a sua história na lata de lixo - na lama mesmo -, constrange as consciências mais resignadas ou desencantadas.
Fiz a campanha para o Lula, em 1989, aqui em Brasília.
Enfentamos (não é figura de retórica) a tropa de choque fascista do Collor e curriola, na rodoviária, nas avenidas, em cidades satélites.
Fomos ameaçados de morte várias vezes.
Lembro de amigos sendo espancados pelas milícias pagas pelo coronel de Alagoas.
Estão juntos agora?
MERECEM-SE!
O que somos sem memória?
O que sinto, amigo, é o mais profuindo nojo.
É indignação visceral.
O que mais dizer? Nada.
Abraço fraterno.
Sou um ex-combatente? Creio que não.
Ainda um combatente.
Emanuel Medeiros Vieira
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