ÉTICA
Por Emanuel Medeiros Vieira
(Em memória do meu querido amigo e "irmão" Ivan Pereira da Silva, falecido em 8 de julho deste ano.)
Nosso maior patrimônio é a ética que, do grego "ethos", quer dizer não apenas caráter, mas também assento, fundamento.
Uma de nossas missões é gritar, manter acesa a chama da indignação, mesmo quando o cansaço pela permanência de estruturas tão corrompidas e injustas, leve-nos à resignação e ao mero desencanto.
A atividade política no Brasil parece um atividade imprópria para homens de bem.
O MDB foi fundamental na reconstrução da democracia no Brasil, nas lutas mais dignas dos últimos anos, como a que foi movida em prol da anistia.
O que foi feito dele?
(Não preciso responder).
A executiva do PMDB "pediu" que seus dissidentes (os "dignos") se afastem, saiam por conta própria.
Como detectou alguém, a cúpula dirigente do partido passou o recibo de que as exceções à regra do fisiologismo "mancham a agremiação por lembrá-la de seu compromisos originários e éticos.
"Um partido indigno de suas antigas tradições precisa ocultar a própria indignidade poupando os dignos do convívio com ela."
As pessoas esquecem: quando Lula defende Sarney, Collor e Renan, está legitimando o quê?
(O Maranhão, dominando pelo "faraó" Sarney há tanto tempo, tem o segundo pior IDH do país. Só perde em miséria para Alagoas, de Collor e de Renan.)
Talvez minha fala lembre a de um "moralista indignado.
Pode ser.
Se o golpe de 64 foi, socialmente, o momento mais nefasto e doloroso para a minha geração, a idéia de um pensamento de "esquerda" foi quase destruída por alguns setores do PT e do governo Lula - com orgânica vocação para o maquiavelismo e não para o marxismo (como imaginam).
Para muitos brasileiros, hoje, "esquerda" é isso: corrupção, aparelhamento total do Estado, prevalências de mensaleiros e trapaceiros, odiosos privilégios para uma casta partidária e sindicalistas oportunistas e incultos (parecem mais milicianos fascistas).
Todos os nobres sonhos de um Guevara foram jogados na lata de lixo.
Para reconstruir, vamos precisar de gerações.
E como dizia Max Weber, a longo prazo estaremos todos mortos...
Uma de nossas missões é gritar, manter acesa a chama da indignação, mesmo quando o cansaço pela permanência de estruturas tão corrompidas e injustas, leve-nos à resignação e ao mero desencanto.
A atividade política no Brasil parece um atividade imprópria para homens de bem.
O MDB foi fundamental na reconstrução da democracia no Brasil, nas lutas mais dignas dos últimos anos, como a que foi movida em prol da anistia.
O que foi feito dele?
(Não preciso responder).
A executiva do PMDB "pediu" que seus dissidentes (os "dignos") se afastem, saiam por conta própria.
Como detectou alguém, a cúpula dirigente do partido passou o recibo de que as exceções à regra do fisiologismo "mancham a agremiação por lembrá-la de seu compromisos originários e éticos.
"Um partido indigno de suas antigas tradições precisa ocultar a própria indignidade poupando os dignos do convívio com ela."
As pessoas esquecem: quando Lula defende Sarney, Collor e Renan, está legitimando o quê?
(O Maranhão, dominando pelo "faraó" Sarney há tanto tempo, tem o segundo pior IDH do país. Só perde em miséria para Alagoas, de Collor e de Renan.)
Talvez minha fala lembre a de um "moralista indignado.
Pode ser.
Se o golpe de 64 foi, socialmente, o momento mais nefasto e doloroso para a minha geração, a idéia de um pensamento de "esquerda" foi quase destruída por alguns setores do PT e do governo Lula - com orgânica vocação para o maquiavelismo e não para o marxismo (como imaginam).
Para muitos brasileiros, hoje, "esquerda" é isso: corrupção, aparelhamento total do Estado, prevalências de mensaleiros e trapaceiros, odiosos privilégios para uma casta partidária e sindicalistas oportunistas e incultos (parecem mais milicianos fascistas).
Todos os nobres sonhos de um Guevara foram jogados na lata de lixo.
Para reconstruir, vamos precisar de gerações.
E como dizia Max Weber, a longo prazo estaremos todos mortos...
Emanuel Medeiros Vieira
Brasília, agosto de 2009
Brasília, agosto de 2009
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