30.11.09





Íntegra das duas últimas
atas de reuniões da ABS


Ata nº 330

Aos dezessete dias do mês de novembro do ano de dois mil e nove, realizou-se, na sede da ABS, sita à Rod. Rafael da Rocha Pires, 2990, Ponta do Sambaqui, com a presença dos associados constantes da Lista de Presença anexa, reunião extraordinária para deliberar sobre as propostas de utilização da Escola Reunida, prédio localizado na entrada da Barra do Sambaqui, conforme pauta previamente distribuída aos associados.

A comunidade residente no entorno da Escola apresentou documento contendo suas considerações onde destaca a necessidade de equipamentos adequados para a educação básica das crianças (creches, pré-escola e ensino fundamental) dos Bairros Barra do Sambaqui e Sambaqui. E conclui “Imbuídos de um elevado espírito cívico e construtivo, os moradores:

1. se opõem a que o governo do Estado de Santa Catarina ignore as carências dos equipamentos educacionais (e de saúde básica) da comunidade de Sambaqui e, sem consultar a comunidade diretamente envolvida, abandone um terreno cedido para uso público e ensino formal, para cedê-lo a uma entidade privada.

2. se opõem a que sejam desconsiderados os compromissos assumidos pela secretaria de Educação do município de Florianópolis, junto a pais e membros das comunidades de Sambaqui e Barra do Sambaqui de manter aberta a Escola Reunida de Sambaqui, e convocam a comunidade a não abandonar a luta para que o espaço mencionado seja re-equipado e retorne à sua finalidade original, servindo tanto aos moradores de Sambaqui como aos da Barra de Sambaqui.

3. também, consideram que o reconhecimento do carnaval comunitário de Sambaqui como uma atividade cultural e de interesse turístico deve implicar em um compromisso do poder público com uma estrutura de apoio contínua, ao longo do ano, para que os blocos carnavalescos possam produzir os seus artefatos, não sendo necessário utilizar espaços que não são adequados para esses fins.

4. em particular, consideram que as comunidades de Sambaqui e da Barra do Sambaqui devem pleitear o apoio do setor público para que o Bloco do Engenho de Dentro obtenha um espaço definitivo para a sua sede administrativa, que lhe permita armazenar corretamente os seus equipamentos, em um espaço adequado para tal, considerando os serviços prestados pelo Bloco à comunidade de Sambaqui e da Barra do Sambaqui.

5. finalmente, consideram que para a realização do carnaval comunitário de Sambaqui devem ser reforçadas as condições de segurança para todos os moradores, e, em especial, o mesmo deve incluir vias de escape obrigatórias para casos de emergência.”


Escola

Foi informado o interesse em se trabalhar com as crianças no contra turno escolar, destacado o compromisso do Governo em se manter a escola em funcionamento e ainda o esforço da comunidade em se fortalecer o histórico da união de forças predominante no Bairro. Os moradores presentes registraram ainda, não terem qualquer restrição a instalação do Bloco Carnavalesco próximo a eles, devendo o Bloco solicitar a Prefeitura a liberação de outro local, porém a Escola deveria ser mantida para o fim proposto.


Engenho de Dentro

A Sociedade Carnavalesca de Sambaqui – Bloco Engenho de Dentro apresentou breve histórico da associação e o projeto detalhado de utilização do espaço da escola onde prevê o desenvolvimento de macro-atividades como a) - pesca artesanal (confecção de redes e tarrafas, espinhéis, remo de pá em madeira, velas para canoas, balaios e samburás...); b) - lavoura familiar (plantio de mandioca, feijão, milho, amendoim, hortas caseiras, construção de balaios, tipitis, antolhos, esteiras de palha de bananeira ou taboa, produção de derivados da mandioca (biju, tapioca, cacuanga, rosca de polvilho...; c) - engenho de farinha de tração animal e energia elétrica, oficinas para fabricação de produtos utilizados nos engenhos (balaios, ceves, tipitis, antolhos, carros de bois, cangas, fueiros...; d) - oficinas de renda de bilros e teares para confecção de peças para vestuário e ornamentação; oficinas de alegorias e adereços para o carnaval (montagem de fantasias, alegorias e adereços utilizados nas festas carnavalescas e outras festividades comunitárias; e) - e finalmente registram o carnaval comunitário, de reconhecimento público e de importância para o desenvolvimento comunitário.

Os representantes da Sociedade Carnavalesca Engenho de Dentro de Sambaqui relataram que a Prefeitura havia desapropriado e cedido um terreno de esquina, no qual o Bloco pretendia a instalação de uma praça de lazer e a construção de um barracão para realizar as oficinas de fantasias e preparação dos carros alegóricos. Registraram então a dificuldade em se instalar ali, uma vez que a própria comunidade manifestou-se contrária ao projeto.

Foi mencionada a falta de locais e equipamentos de lazer na comunidade e destacada a importância desse item para a qualidade de vida das pessoas. Foi também mencionado que Bloco não tem Bateria de Escola própria, fato que isenta a comunidade de qualquer poluição sonora nas proximidades. Após esses relatos, foi sugerido que a diretoria da Sociedade Carnavalesca verifique a legalidade ambiental para utilização do terreno cedido pela Municipalidade e, em restando legal a instalação da praça e do Barracão naquela localidade, os moradores entendem pacificada a situação e solicitam a união de esforços para a revitalização da Escola Reunida.


Fórum

Finalmente foi sugerida a instalação de um fórum ampliado e contínuo de discussões sobre as necessidades do Distrito de Santo Antonio de Lisboa, envolvendo todas as iniciativas da sociedade civil organizada nesse processo e foi sinalizada a data de 08 (oito) de dezembro para a realização dessa primeira reunião, preferencialmente no salão do Centro Comunitário de Sambaqui, quando se iniciaria tratando especificamente do assunto Escola Reunida, com as presenças de representantes da educação do Governo Estadual e Municipal.

Nada mais havendo a tratar deu-se por encerrada a reunião, que terá a lista de presença anexada no Livro de Atas.

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Ata nº 331

18º GINCAPONTA

Aos vinte e três dias do mês de novembro do ano de dois mil e nove, realizou-se, na sede da ABS, sita à Rod. Rafael da Rocha Pires, 2990, Ponta do Sambaqui, com a presença dos associados Doris Gomes, Marcelo Rocha, Silvia Conceição Blasi e Zeneide Alves de Melo, reunião extraordinária para deliberar sobre a tradicional Gincaponta, festa de verão da ABS.

Ficou acertado que, a pedido dos interessados, será alterada a idade limite para formação das equipes passando então a ser permitida a participação de jovens na idade de oito a quatorze anos, sempre com um adulto responsável pela equipe. A divulgação - Ficou acertado que a divulgação será feita por meio de mosquitinhos a serem entregues nas Escolas e duas faixas com a data da inscrição e entrega das tarefas. Para definir as tarefas a serem cumpridas foi marcada nova reunião da comissão de organização para o dia sete de dezembro de dois mil e nove, no mesmo local: sala da ABS, anexo ao Casarão.

Nada mais havendo a tratar deu-se por encerrada a reunião.

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