24.3.10

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As crônicas de
Olsen Jr. e Amílcar Neves

Três homens de esquerda
Fernando Evangelista


Colômbia (livro) e Palestina (filme)

Fotos de Ben Kraijnbrink
Protesto na Assembléia


Jornadas de Gênero
Fifo Lima

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Dia de clássico


Por Amílcar Neves*

Por vezes o futebol tem uma influência muito perniciosa sobre a literatura. Mesmo que essa literatura seja apenas uma despretensiosa crônica. Como esta.

O título já estava decidido. Dia de clássico parecia ser um bom nome para o trabalho, especialmente num dia como hoje, em que se disputará, à noite, o clássico do futebol local, um cruzamento de séries do Campeonato Nacional: o Avaí da Série A jogando em casa contra o Figueirense da B.

O texto ia começar mais ou menos assim, reparem:

"Um dia de clássico é todo dia em que você coloca para tocar um disco do Ludwig van, o Beethoven. Pode iniciar com a Sinfonia nº 9, a Coral, ou com os concertos para piano e orquestra. Esse é um dia de clássico por excelência.

"Clássico por clássico, será igualmente um dia assim, especial, aquele em que seu toca-discos reproduzir o Jazz Sébastien Bach, o LP de vinil gravado pelo grupo vocal Les Swingle Singers e adquirido ainda outro dia em São Paulo - em julho de 1969.

"Dias de clássico estarão democraticamente disponíveis sempre que qualquer pessoa abrir um Shakespeare para ler alguma das suas peças, como os dramas históricos publicados certa ocasião pela Melhoramentos que o Márcio Zeni e a Lucimar trouxeram de um sebo em Curitiba ainda neste final de semana.

"E toda vez que alguém sentar com qualquer livro de Machado de Assis ou Thomas Mann se terá mais um dia de clássico. Ou quando pegar para assistir a Cidadão Kane, Casablanca ou um Ingmar Bergman. Clássicos são inumeráveis, inesgotáveis e inesquecíveis."

A partir daí surgiriam algumas digressões sobre o clássico em futebol - o duelo entre rivais históricos, geralmente da mesma cidade, em que é comum vencer aquele que está passando por pior momento - e o fato de que ele não acontece por vontade do torcedor e, sim, em obediência à tabela da competição.

Então seguir-se-iam comentários imparciais sobre o empate entre os dois segundos colocados e a vitória do líder, ampliando a diferença entre eles de cinco para sete pontos faltando quatro rodadas para o término do campeonato.

Aí a literatura foi traída pelo futebol, pois o Figueirense aplicou 3 a 0 no Metropolitano, o Avaí perdeu para o Imbituba pela contagem mínima e a folga do time da Ressacada sobre a equipe do Estreito caiu para minguados dois pontinhos, contingências que só serviram mesmo para botar mais pimenta no clássico desta noite.

*Amilcar Neves, escritor.
Crônica publicada na edição de hoje (24.3) do
jornal Diário Catarinense (Florianópolis-SC).
Reprodução autorizada pelo autor.


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GRANDE OLSEN!

Olá, camaradas, salve!

Está tudo explicado aí, exceto pela música, well, uma homenagem aos amigos João Vianney e Márcia Philippe... Claro, e a sua filha Julie Philippe que é uma artista de talento e a quem admiro...

A crônica é pelo que não foi...

Dei-me conta do aniversário da cidade tardiamente, o que não significa que não tenha celebrado...

A opinião de Oscar Niemeyer também me impressiona, depois que passou dos 100 anos, afirmou "Na minha idade não se comemora mais aniversário"...

Bondade dele, enquanto estamos vivos devemos celebrar, mesmo às avessas, semelhante ao que fiz hoje...




Com o carinho de sempre, do poeta!
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DIÁRIO DA PROVYNCIA X

Por Olsen Jr.
olsenjr@matrix.com.br

ANIVERSÁRIO
NO PARAÍSO


Segunda-feira, 22 de março, a revista “Veja” da semana traz na capa a fotografia do psicopata que assassinou o cartunista Glauco e o filho. Ao afirmar “Ser Jesus”, o criminoso se deu uma “licença para matar” que no seu desvario o exime de outra expiação pelo dolo.

É difícil para quem está chegando agora entender como a imagem de um artista (morto gratuitamente) possa ser substituída no imaginário coletivo de maneira tão leviana pelo perfil de um débil mental.

Explico, no Brasil a compulsão para se esmiuçar uma mente criminosa tem maior apelo comercial que a gênese de um talento que levou uma vida inteira para ser consolidado .A insanidade em se acabar com uma vida causa menos estranheza do que todo o esforço de uma arte capaz de redimi-la.

Foi pensando nisso, depois de ter passado pela banca de revistas e estragado o meu dia com aquelas constatações que decidi ficar pelo menos meia dúzia de dias sem ler qualquer jornal ou ver e ouvir os noticiários de televisão e rádio. Quero certificar-me se essa “alienação provisória” altera alguma coisa em minha vida.

Terça-feira, 23 de março, o dia amanhece ensolarado, tenho a sensação de que é domingo. Está no ar. Lembro no meu tempo de criança (lá em Chapecó) em que os domingos pareciam ser dias especiais. Tinha carne assada, maionese... Toalha e guardanapos de linho à mesa... Vestíamos as nossas melhores roupas, era um ritual bom de viver e constatar acrescento. Levei muito tempo para descobrir que o domingo era o primeiro dia da semana e não o último como sempre acreditei.

Well, aquela sensação de festa, de ser um dia diferente, de haver uma harmonia no ar, difícil mesmo de ignorá-la, eu sentia em cada poro do meu corpo, decido então tomar um café no boulevard (sempre gostei dessa palavra e está lá, no centrinho da lagoa para quem duvidar) na Lagoa da Conceição. Levo o “Hagar” (o meu carro, pô!) e ando duas quadras, mas não resisto, paro no primeiro boteco, o “Nosso Bar”, coberto de Capim Santa Fé, na Avenida das Rendeiras, passa das 10hs e substituo o tal café por uma cerveja “Original”, a mesma que o meu pai já bebia na década de 1960...

Existem algumas sensações que gostaria de compartilhar. Aquela que estava vivenciando era uma delas. Gostaria, por exemplo, que a mulher que amo estivesse ali comigo. Por outro lado, pode ser que ela não sentisse a mesma coisa. Então, era bom “curtir” o famoso carpe diem popularizado pelo filme “Forrest Gump”, até porque a música estava ajudando, tocava Creedence Clearwater Revival, um presente para o dono da casa, oferta minha em seu último aniversário, ele sempre toca quanto estou na casa.

A morte do cartunista Glauco e do seu filho não me saem da cabeça, as circunstâncias em que ocorreram também não. Dias antes de tomar a decisão de ignorar a mídia por uma semana, tinha visto na televisão uma reportagem sobre a família do assassino... Ninguém acreditava que “ele” tinha cometido o tal crime. As imagens da família mostravam um garoto tranquilo, andando de bicicleta, sorridente, levemente obeso, uma família de classe média normal. Mas o que houve então? Não sei, exatamente, mas ouso dizer que poderíamos, em nível de governo, oferecer opções para a juventude... Projetos em que o indivíduo pudesse crescer, desenvolver ideias absorvendo mais gente, tirá-los das ruas, acenar-lhes com um futuro melhor... Antigamente, o sujeito saia do meio rural e entrava num seminário, com vocação ou não, mais tarde, o exército e a marinha apareciam como opção... E hoje? As religiões, as seitas... São os últimos refúgios dos sem imaginação... Aqueles olhos projetados mostram que o garoto estava ainda sob efeito de drogas... Talvez tenha sido injusto em chamá-lo de psicopata... Mas tinha um artista morto e um algoz (sem motivo) requerendo justiça e ajuda, quem sabe?

A tarde já ia a meio quando descubro que aquela sensação de festa sentida quando cheguei, deveria ser atribuída ao fato de ser o aniversário de 284 anos de Florianópolis.
A iniciativa de abandonar os noticiários se mostrou frustrante. Acostumado em começar o dia lendo os jornais, pelo menos três, aquela mansidão já estava cobrando o seu tributo, mas não fiquei triste, ao invés disso, pedi outra cerveja...

Quando decidi ir embora, lembrei de Sartre, do se livro “A Náusea”... “Atrás de mim, na cidade, pelas grandes ruas direitas, à luz fria dos candeeiros, um formidável acontecimento agonizava: era o fim do domingo”.

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Três homens de esquerda

Por Fernando Evangelista*


O governo Lula trouxe à baila uma discussão que alguns intelectuais, daqui e de fora, haviam decretado como ultrapassado: o que é ser de esquerda hoje? O presidente, mesmo sem querer, ressuscitou o debate ainda no início do seu segundo mandato, deixando muita gente confusa.

O problema é que a dúvida durou pouco e ficou mais ou menos assim: exceto alguns inexpressivos grupos partidários, é de esquerda quem apóia o governo Lula, é de direita quem o critica. O curioso é que o próprio presidente disse, em mais de uma ocasião, que não é e nunca foi de esquerda. Porém, algumas coisas devem ser ignoradas porque senão tudo perde o sentido.

Vive-se um Fla-Flu político pouco polido e muito raivoso, e quanto mais próximas as eleições, maiores os decibéis da gritaria entre simpatizantes e críticos do governo. Por isso, de maneira simples e objetiva, destaco algumas posturas que, na minha visão, seriam os pressupostos formadores do homem ou da mulher de esquerda.


Escolhas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.

É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.

É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.

Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.


Vida Real

Eu conheço três homens de esquerda. Nenhum deles participa de partidos políticos ou utiliza palanques para proclamar suas próprias virtudes. Não são super-heróis ou pessoas infalíveis, são pessoas de carne e osso, com qualidades e contradições. São homens de esquerda, sem nunca, talvez, terem pensado nisso. Os três são de Santa Catarina.

O primeiro e mais novo é Vilson Groh, 55 anos, padre que vive e trabalha há 30 anos no Mont Serrat, comunidade da periferia de Florianópolis. Entre dezenas trabalhos que coordena, está o Aroeira, onde cinco mil jovens, todos pobres, quase todos negros, recebem formação profissional, com bolsas, para entrar no mercado de trabalho. Foi através de outro projeto, o Pré-Vestibular da Cidadania, que 400 jovens daquela comunidade se formaram nas universidades públicas de Santa Catarina e outros tantos seguem o mesmo caminho.

O segundo chama-se Aldo Brito, 77 anos, farmacêutico, que dedica a sua vida à luta pela inclusão dos portadores de necessidades especiais. Quando foi presidente da APAE, idealizou a Feira da Esperança, maior evento filantrópico de Santa Catarina. Há 11 anos, criou a COEPAD (www.coepad.hpg.ig.com.br), a primeira cooperativa no Brasil tocada por portadores de deficiência intelectual.

O terceiro é Francisco Xavier Medeiros Vieira, 78 anos, que escolheu a magistratura porque entendia ser o caminho mais eficaz para lutar por justiça. Entre seus projetos, está a construção de 50 casas da cidadania, para agilizar e humanizar o Poder Judiciário. Foi ele quem implementou e coordenou a primeira eleição computadorizada na América Latina e foi ele, quando presidente do Tribunal de Justiça, quem nomeou o primeiro juiz agrário do Brasil, para evitar conflitos no campo. O homem de esquerda sabe que não é justo, por isso inaceitável, que menos de 1% dos proprietários rurais detenham 46% de todas as terras agricultáveis do país.

Os três são movidos pela integridade de caráter, pela generosidade de espírito e por uma bondade risonha. E é com pessoas assim, como escreveu o poeta e revolucionário cubano José Martí, “que vão milhares de homens, vai um povo inteiro, vai a dignidade humana”. Então, para quem diz que a esquerda na essência não existe ou perde tempo com argumentos teóricos vazios de sentido, para quem ainda não entendeu o embuste da briga entre tucanos e petistas, aí está o exemplo destes três homens. Três homens de esquerda.

*Fernando Evangelista é jornalista. Entre outros eventos internacionais, cobriu a Operação Escudo Defensivo na Palestina em 2002, a guerra no Iraque em 2003, a guerra no Líbano em 2006 e o conflito entre curdos e turcos em 2007. É diretor da Doc Dois, produtora de documentários.

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DIA DA
TERRA

PALESTINA



A projeção e debate do filme "Occupation 101 - A Voz da Maioria Silenciada", marca a passagem do Dia da Terra Palestina em Florianópolis - 30 de março. A obra dos diretores Abdallah Omeish e Sufyan Omeish (2006, 80 min) trata das raízes históricas do conflito entre Israel e Palestina, desde a primeira onda de imigração dos judeus europeus para a região nos anos de 1880 e as tensões dos anos de 1920, passando pelas guerras de 1948 e 1967, a primeira Intifada de 1987 e o processo de paz de Oslo, até a recente expansão dos acampamentos judeus, o bloqueio econômico e a ocupação de Israel na Faixa de Gaza, o papel dos EUA no conflito e o testemunho das vítimas da ocupação israelense.

O debate terá a presença de Khader Othmann, do Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino, e da jornalista Elaine Tavares. Local: Museu da Escola Catarinense (antiga FAED-UDESC, r Saldanha Marinho, 196, Centro. Entrada Franca. Camisetas e Hatahs para venda. Início às 19h.

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Terrorismo na Colombia

"O terrorismo de Estado na Colômbia", do jornalista colombiano Hernando Calvo Ospina, será lançado dia 25, às 19 horas, no auditório do Sindicato dos Eletricitários de Florianópolis e Região - Sinergia (r Lacerda Coutinho, 149, Chácara da Espanha, Centro). No formato 15 x 21cm, com 344 páginas, o livro custará R$ 25,00 no lançamento.

James Pedras, professor da Universidade Estatal de Nova Iorque, afirma: "É o estudo mais importante da política colombiana realizado nas últimas décadas e constitui uma leitura indispensável, tendo em vista a glorificação dada ao presidente Álvaro Uribe por parte dos meios de comunicação e dos políticos ocidentais. O trabalho de Hernando Calvo Ospina apresenta uma grande riqueza de dados históricos e empíricos que põe em evidência a peculiar combinação que ocorre na Colômbia: por uma parte, de sua política eleitoral, característica de uma democracia capitalista ocidental; por outra parte, da liquidação permanente da sociedade civil e política, característica das ditaduras totalitárias".

Waldir José Rampinelli, professor de História da América na UFSC, assinala: "Este livro trata do terrorismo de Estado praticado na Colômbia contra os sindicatos, os grupos guerrilheiros, os movimentos sociais, os partidos políticos de esquerda e a população em geral; analisa os massacres dos paramilitares contra os líderes comunitários, as organizações civis e os pequenos povoados; narra a violência dos narcotraficantes contra os camponeses, os padres da teologia da libertação e os juízes independentes. Tudo isso sob o olhar complacente do Estado colombiano e do Pentágono, que não apenas toleram, mas também apóiam esse terrorismo".


O autor

Hernando Calvo Ospina é jornalista colombiano e refugiado político na França. É autor, entre outros livros, de Don Pablo Escobar; Peru: los senderos posibles; Salsa e Bacardi: la guerra oculta, todos esses traduzidos para vários idiomas. Atualmente, trabalha no Le Monde Diplomatique e prepara um livro sobre a Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos.

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Fundação Badesc promove
Jornadas de Gênero

Por Fifo Lima

A Fundação Cultural Badesc promove a partir deste ano as Jornadas de Gênero, Teatro e Cinema. Serão realizadas exibições mensais de filmes com debate sobre questões de gênero por meio da análise de obras teatrais e cinematográficas sempre com a presença de um convidado.

A promoção é do Grupo de Estudos do Projeto Poéticas do feminino e masculino, coordenado pela professora Maria Brígida de Miranda (Udesc). A estreia será na sexta-feira, dia 26, às 19 horas, com o filme As Malibrans, de Jocy Oliveira e Marcelo Dantas, e com Fernanda Montenegro, Helena Varvaki e Mallu Galli no elenco.

As Malibrans analisa a construção da “Diva” a partir da legendária artista Maria Malibran. Com participação assombrosa de Fernanda Montenegro como “diva virtual”, a peça articula as cenas do sacrifício e mortes de Ifigênia, Desdêmona e Ofélia à análise do desejo dos diretores de matarem suas heroínas e o voyerismo masculino sobre o corpo feminino, em meio a citações de Verne, Kafka, Michel Poizat, Catherine Clement e da própria Malibran.

A convidada para debater o filme é Claudia Mussi, graduanda em artes cênicas, na UDESC, com trabalho final de conclusão de curso em teatro Ela tem que morrer: a permanência do mito e a subversão da encenação de morte de mulheres. Traduziu e fez a direção musical da peça Vinegar Tom, da inglesa Carryl Churchill, que estreou no Festival Isnard Azevendo em 2008. É também Integrante da banda de mulheres Vinegar Tom e graduanda em jornalismo na UFSC.

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PROTESTO NA ASSEMBLÉIA

















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