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Olsen e o 8 de Março
Olsen e o 8 de Março
Olá, camaradas, salve!
Quanto tempo? Depois que se cria o hábito, bem, parece que sempre está faltando alguma coisa...
Os problemas do computador (na verdade são meus por não saber manuseá-lo ainda) de sempre, adicionados a uma cirurgia na boca... Coisa pouca como se diz por aqui... Está tudo bem...
Na sexta-feira envio outro texto (porque ninguém - e nem eu - gostou da tal segunda-feira) e já fica tudo bem novamente.
A música é uma homenagem ao "Dia Internacional da Mulher", na verdade, no meu caso, às mulheres, simplesmente...
Escolhi esta, dos Beatles, em função da qual extraí(mos) o nome da nossa filha, Michelle...
Do disco "Rubber Soul", de 1965...
O clipe aí embaixo, muito bom, apresenta a Michelle Phillips, do grupo "Mamas and the Papas", enfim, são várias Michelles... Todas muito bonitas e criativas, filósofas inclusive...
Houve um tempo em Liverpool que era moda usar suéter preto com gola olímpica, barbas, boinas

Em uma das festas, Paul tentou imitar um dos convidados que dedilhava um violão e fazia um coro que parecia o Charles Aznavour... Mas a coisa empacou...
Um dia o John Lennon insistiu para ele fazer a tal música (com sotaque francês) para o próximo disco deles, que já estava sendo gravado...
Com o auxílio da mulher de Ivan Vaughan, Jan... Paul solicitou um nome francês feminino com duas sílabas e uma descrição de uma garota que rimassem... E ficou ali tocando o violão até que ela (Jan Vaughan) falou "Michelle, ma belle" o que não era difícil de pensar, "Michelle minha linda"...
Depois de um tempo, Paul ligou para ela novamente e pediu para que ela traduzisse "these are words that go together well" para o francês... E ficou assim "Sont les mots qui vont très bien ensemble"...
Após tocar a música para John, este sugeriu "I love you" no meio da canção, explicando que a ênfase deveria ser dada a palavra "love" toda a vez... Ele tinha se inspirado na gravação "I Put a Spell on You" de Nina Simone na qual a cantora usou a mesma frase mas com a ênfase no "you"...
É, acho que é suficiente para se entender as razões por que...
Ah! Quase esqueço, a música ganhou o Grammy em 1966 como a melhor canção do ano...
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DIÁRIO DA
PROVYNCIA VIII
Por Olsen Jr.
olsenjr@matrix.com.br
PROVYNCIA VIII
Por Olsen Jr.
olsenjr@matrix.com.br
TODO O DIA É
“DIA DA MULHER”
“DIA DA MULHER”
Leva tempo, mas acabamos aprendendo: a mulher é o sexo forte!
Tenho minhas razões para pensar assim e você pode arrolar as suas... Quem duvida é porque ainda não viveu o suficiente...
Começando pelos livros de história no colégio, mulheres que mudaram as suas vidas e a de muita gente, as guerreiras, Joana D’Arc com apenas 18 anos liderando um exército francês e expulsando os ingleses... Carlos VII, rei francês, acumulou-a de títulos de nobreza, mas quando ela foi capturada pelos ingleses um ano depois, não fez nada para livrá-la da fogueira; a brasileira, Anita Garibaldi a “Heroína de dois Mundos” e a audácia de virar a mesa e seguir a sua paixão acompanhando Giuseppe Garibaldi e o seu destino de revolucionário...
Tem mais, a também brasileira, Anna Néri que foi enfermeira na Guerra do Paraguai e destacou-se pela extrema dedicação aos enfermos mesmo tendo perdido um filho no mesmo conflito onde prestava serviços; a Madame Curie (polonesa de origem) que ganhou dois Prêmios Nobel (um de física e o outro de química) por descobertas no campo da radioatividade e pelos dois elementos Rádio e Polônio...
Na década de 1920, na Rue de Fleurus, 27 em Paris, Gertrude Stein e sua fiel escudeira Alice B. Toklas (depois que o irmão de Gertrude, Leo ausentou-se) conseguiram reunir todos os expatriados norte-americanos ou não e que tivessem algum talento, Hemingway, Fitzgerald, Faulkner, Williams Carlos Williams, Ezra Pound, Joyce, T. S. Elliot, Picasso, Cézanne, Matisse, Jean Cocteau, Apolinaire, Erik Satie... O que não era nada fácil, levando-se em conta o superego de cada um...
Também em Paris, na rue de l’Odeon, 12 foi criada a livraria “Shakespeare and Company” por Sylvia Beach (que foi escritora, editora, animadora cultural e patronesse) aliás, foi ela quem bancou o livro “Ulisses”, em 1922. Todo o mundo cultural da época passava por ali e lhe deve reverência, remember o livro “Paris é uma Festa”, de Hemingway, em que há um capítulo dedicado a ela... Ah! Sem contar a Adrienne Monnier, outra apaixonada por livros e que muito estimulou a criação da loja de Sylvia Beach...
Sim, como nem tudo é sossego no mundo, a Simone de Beauvoir (por insistência de Sartre e a titulo de “terapia ocupacional”) em 1949 publica a obra “O Segundo Sexo”, em dois volumes, vol. 1 (fatos e mitos) e o vol. 2 (a experiência vivida)... E pela primeira vez na vida, afirma Paulo Francis, ele leu um livro em que a mulher “não era acessório, mãe, tia, irmã, complemento do homem ou objeto de desejo sexual”, o feminismo ganhou o seu “Corão”, a sua “Bíblia”...
Em tempos modernos, já na década de 1960 do século XX, a norte-americana, Betty Friedan, a mais conhecida feminista (da segunda onda) de carteirinha, publica a sua “Mística Feminina” (1963) relacionando a mulher com os meios de produção (na indústria e como dona-de-casa) e sua importância na manutenção do capitalismo, foi um best-seller e o abandono do tanque de lavar roupa foi uma questão de tempo para o gênero...
A inglesa Mary Quant, por acreditar que a moda era “muito feia”, começou a criar seus próprios modelos, entre eles a famosa minissaia (alguma coisa de pano com 30cm de comprimento em volta da cintura) e que deveria ser usada com botas de cano alto... Well, a ela devemos um pouco da sacanagem da década (some-se o advento da pílula concepcional, os hippies oriundos dos beatniks, a chegada dos Beatles) e os primórdios da revolução dos costumes que transformou (ou seria transtornou?) a juventude no mundo...
Claro, tem as frases picantes da Dorothy Parker, os “Diários” da Anäis Nin, os poemas de Sylvia Plath e Anne Sexton...
Mas, principalmente, tem o dia-a-dia e as mulheres estão cortando o bolo onde querem e a hora que bem entendem, se você não acredita provavelmente não lhe deixarão nem o glacê para uma pequena lambida sequer!
Tenho minhas razões para pensar assim e você pode arrolar as suas... Quem duvida é porque ainda não viveu o suficiente...
Começando pelos livros de história no colégio, mulheres que mudaram as suas vidas e a de muita gente, as guerreiras, Joana D’Arc com apenas 18 anos liderando um exército francês e expulsando os ingleses... Carlos VII, rei francês, acumulou-a de títulos de nobreza, mas quando ela foi capturada pelos ingleses um ano depois, não fez nada para livrá-la da fogueira; a brasileira, Anita Garibaldi a “Heroína de dois Mundos” e a audácia de virar a mesa e seguir a sua paixão acompanhando Giuseppe Garibaldi e o seu destino de revolucionário...
Tem mais, a também brasileira, Anna Néri que foi enfermeira na Guerra do Paraguai e destacou-se pela extrema dedicação aos enfermos mesmo tendo perdido um filho no mesmo conflito onde prestava serviços; a Madame Curie (polonesa de origem) que ganhou dois Prêmios Nobel (um de física e o outro de química) por descobertas no campo da radioatividade e pelos dois elementos Rádio e Polônio...
Na década de 1920, na Rue de Fleurus, 27 em Paris, Gertrude Stein e sua fiel escudeira Alice B. Toklas (depois que o irmão de Gertrude, Leo ausentou-se) conseguiram reunir todos os expatriados norte-americanos ou não e que tivessem algum talento, Hemingway, Fitzgerald, Faulkner, Williams Carlos Williams, Ezra Pound, Joyce, T. S. Elliot, Picasso, Cézanne, Matisse, Jean Cocteau, Apolinaire, Erik Satie... O que não era nada fácil, levando-se em conta o superego de cada um...
Também em Paris, na rue de l’Odeon, 12 foi criada a livraria “Shakespeare and Company” por Sylvia Beach (que foi escritora, editora, animadora cultural e patronesse) aliás, foi ela quem bancou o livro “Ulisses”, em 1922. Todo o mundo cultural da época passava por ali e lhe deve reverência, remember o livro “Paris é uma Festa”, de Hemingway, em que há um capítulo dedicado a ela... Ah! Sem contar a Adrienne Monnier, outra apaixonada por livros e que muito estimulou a criação da loja de Sylvia Beach...
Sim, como nem tudo é sossego no mundo, a Simone de Beauvoir (por insistência de Sartre e a titulo de “terapia ocupacional”) em 1949 publica a obra “O Segundo Sexo”, em dois volumes, vol. 1 (fatos e mitos) e o vol. 2 (a experiência vivida)... E pela primeira vez na vida, afirma Paulo Francis, ele leu um livro em que a mulher “não era acessório, mãe, tia, irmã, complemento do homem ou objeto de desejo sexual”, o feminismo ganhou o seu “Corão”, a sua “Bíblia”...
Em tempos modernos, já na década de 1960 do século XX, a norte-americana, Betty Friedan, a mais conhecida feminista (da segunda onda) de carteirinha, publica a sua “Mística Feminina” (1963) relacionando a mulher com os meios de produção (na indústria e como dona-de-casa) e sua importância na manutenção do capitalismo, foi um best-seller e o abandono do tanque de lavar roupa foi uma questão de tempo para o gênero...
A inglesa Mary Quant, por acreditar que a moda era “muito feia”, começou a criar seus próprios modelos, entre eles a famosa minissaia (alguma coisa de pano com 30cm de comprimento em volta da cintura) e que deveria ser usada com botas de cano alto... Well, a ela devemos um pouco da sacanagem da década (some-se o advento da pílula concepcional, os hippies oriundos dos beatniks, a chegada dos Beatles) e os primórdios da revolução dos costumes que transformou (ou seria transtornou?) a juventude no mundo...
Claro, tem as frases picantes da Dorothy Parker, os “Diários” da Anäis Nin, os poemas de Sylvia Plath e Anne Sexton...
Mas, principalmente, tem o dia-a-dia e as mulheres estão cortando o bolo onde querem e a hora que bem entendem, se você não acredita provavelmente não lhe deixarão nem o glacê para uma pequena lambida sequer!
2 comentários:
BLZA de Texto! Parabéns Olsen!
Abraços lagunenses. Fatima
Celso, camarada, salve!
Agradeço no teu as palavras da Fátima, de Laguna...
O carinho do poeta...
Um abraço!
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