.
PM invade a Udesc
e prende estudantes
Por Celso Martins (texto) e Cássio Guterres (fotos)
PM invade a Udesc
e prende estudantes
Por Celso Martins (texto) e Cássio Guterres (fotos)
A Polícia Militar invadiu o campus da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) na noite dessa segunda-feira, no bairro do Itacorubi (Florianópolis-SC), espancando e prendendo cerca de seis estudantes. Eles se manifestavam pacificamente contra o aumento nos preços das passagens do transporte coletivo, quando passaram a ser hostilizados pelos policiais. As duas entradas da instituição foram fechadas. No local funcionam a Reitoria da Udesc, o Centro de Educação a Distância, Centro de Artes (CEART), Centro de Ciências Humanas e da Educação (FAED) e o Centro de Ciências da Administração e Sócio-Econômicas (ESAG), além da Biblioteca Universitária e outras instalações.
Os estudantes tentaram negociar a ocupação de meia pista da avenida madre Benvenuta para uma passeata até a UFSC e a PM negou. Tentaram se deslocar pela calçada, mas também foram impedidos. Na seqüência ocorreu a invasão do campus e as prisões.
Alunos, professores e funcionários ficaram apavorados com a "selvageria", segundo eles, praticada com o uso de cassetetes, gás pimenta e farta distribuição de choque elétrico com as famosas Taser (moderno pau-de-arara portátil). Robustos integrantes de um pelotão do policiamento tático realizaram a repressão direta. Policiais a paisana do serviço de inteligência da PM (os chamados P2) apoiaram a ação, chegando a efetuar algumas prisões. Um estudante que tentou atravessar a rua foi atingido por um choque elétrico. Questionado pelos manifestantes, o policial autor do disparo respondeu que usou a Taser contra o aluno porque ele estava fora da faixa de pedestres.
O reitor Sebastião Iberes Lopes Melo estava em Chapecó num compromisso oficial, onde recebeu por telefone a notícia da invasão policial. Disse que ia interferir. A diretora do Centro de Ciências Humanas e da Educação (FAED), Marlene de Fáveri, foi chamada às pressas, o mesmo acontecendo com o coordenador do Departamento de História, Emérson Cesar de Campos, entre outros professores. Os estudantes presos foram levados à Central de Plantão Policial e devem responder a Termo Circunstanciado, como tem ocorrido com os demais, nos últimos dias, ampliando a lista de perseguidos políticos em Santa Catarina.
Os estudantes tentaram negociar a ocupação de meia pista da avenida madre Benvenuta para uma passeata até a UFSC e a PM negou. Tentaram se deslocar pela calçada, mas também foram impedidos. Na seqüência ocorreu a invasão do campus e as prisões.
Alunos, professores e funcionários ficaram apavorados com a "selvageria", segundo eles, praticada com o uso de cassetetes, gás pimenta e farta distribuição de choque elétrico com as famosas Taser (moderno pau-de-arara portátil). Robustos integrantes de um pelotão do policiamento tático realizaram a repressão direta. Policiais a paisana do serviço de inteligência da PM (os chamados P2) apoiaram a ação, chegando a efetuar algumas prisões. Um estudante que tentou atravessar a rua foi atingido por um choque elétrico. Questionado pelos manifestantes, o policial autor do disparo respondeu que usou a Taser contra o aluno porque ele estava fora da faixa de pedestres.
O reitor Sebastião Iberes Lopes Melo estava em Chapecó num compromisso oficial, onde recebeu por telefone a notícia da invasão policial. Disse que ia interferir. A diretora do Centro de Ciências Humanas e da Educação (FAED), Marlene de Fáveri, foi chamada às pressas, o mesmo acontecendo com o coordenador do Departamento de História, Emérson Cesar de Campos, entre outros professores. Os estudantes presos foram levados à Central de Plantão Policial e devem responder a Termo Circunstanciado, como tem ocorrido com os demais, nos últimos dias, ampliando a lista de perseguidos políticos em Santa Catarina.
*
3 comentários:
Quanto mais batem, mais amigos eu vou chamar.
Gente!!!
Vamos nos organizar melhor!!!
Procurem alguém da área de Direito constitucional!!!
Façam panfletos esclarecendo o que pode e o que não pode fazer.Por exemplo:
Art 5º da CF1988
VIII Ninguém será privado de direitos pór motivos de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política(...)
X São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito sa indenização pelo dano material ou moral decorrente da sua violação.
XVI Todos p0odem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abetos ao público, independentemente da autorização, desde que não frustem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso a autoridade competente
O direito de reuniao, engloba carreatas, passseatas, manifestações,comicios, desfiles, entre outros.
Policial sem identificação é paramilitarismo, e cabe a pena de reclusão é inafiancável.
Vocês devem individualmente solicitar habeas corpus preventivo que não tem prazo de validade, e é gratuito.
ESSES SAO SO ALGUNS EXEMPLOS...HÁ MUITAS FERRAMENTAS QUE LEGITIMAM O MPL!!!
polícia é cãozinho treinado... cegos a ponto de não ver que lutam contra trabalhadores, estudantes... pessoas que enfretam o mesmo dia a dia, mesmos trajetos, mesmas dificuldades... que são as dificuldades do povo.. dificuldades de quem não está na raiz de todo esse caos, dificuldade, até mesmo, dos filhos, parentes, amigos dos próprios policiais militares... Estão revoltados, também, com a própria situação precária da PM, de não ter respeito do governo e ao invés de lutar junto com o povo contra o sistema que nos põe nessa situação, vão descontar suas frustrações nos estudantes.
Isso é um grande absurdo, uma grande ignorância dessa nossa sociedade cega.
Postar um comentário