2.6.10

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INVASÃO DA UDESC
Vídeo e repercussões
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Carol, a vereadora mirim
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Bodas osórias
Amílcar Neves

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INVASÃO DA UDESC
VIDEO DE KAREM KILIM

Caros,

Na segunda-feira, 31 de maio, a UDESC foi invadida pela polícia militar.

Minha ex-aluna, Karem Kilim, com uma câmera fotográfica, gravou a invasão da polícia e as

prisões dos estudantes. Hans Denis, namorado da Karem, fez as fotos. Ele recebeu um

choque no estômago, mas continuou o seu trabalho.

Juliana Kroeger editou o vídeo - tem menos de três minutos, é bem curtinho. Vejam e

divulguem, por favor.

http://www.youtube.com/watch?v=nx8agy19YrE

Divulguem porque, neste momento, não é apenas o valor da tarifa que está em jogo aqui em

Santa Catarina.

Hoje, quarta-feira, às 17h, em frente ao Ticen, acontecerá outro grande ato.

Em agosto, Juliana e eu lançaremos o documentário Impasse, com a cobertura completa de

todas as semanas do protesto.

Abraços democráticos,
Fernando Evangelista



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APUFSC

Cara Susi, Mauro e demais colegas da UDESC,

Ontem a tarde, quando fomos informados dos graves fatos ocorridos na noite anterior no campus da Udesc/Itacorubi, telefonamos imediatamente p/a profa. Isa, Presidente da Aprudesc, manifestando nossa solidariedade e buscando mais informações.

Disse-lhe que nossa ApufscSindical está disposta a subscrever conjuntamente quaisquer notas a serem divulgadas repudiando a barbaridade ocorrida.
Como já está circulando a vossa nota, reitero que tbém endossamos a mesma.

Faz-se necessário tbém cobrar energicamente das autoridades acadêmicas, policiais e demais instituições envolvidas uma apuração rigorosa desta ignomínia de modo a punir exemplarmente os responsáveis por tal vandalismo para que situações brutais e covardes como esta nunca mais se repitam.

Solidariamente,
Armando Lisboa
Presidente da Apufsc-Sindical
Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina

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NOTA DE REPÚDIO
À INVASÃO DA UDESC

PELA POLÍCIA


Na noite de 31 de maio, frente a uma manifestação de estudantes na entrada principal do campus da UDESC no Itacorubi, contrária ao aumento das tarifas de ônibus urbanos na capital, uma ação da Polícia Militar, sob o comando do tenente-coronel Newton Ramlow, resultou na agressão, no espancamento e na detenção de pessoas, com invasão do campus da UDESC.

Apesar da alegação de "garantia da ordem e do direito de ir e vir dos cidadãos", o aparato policial, paradoxalmente, prejudicou o fluxo de veiculos, confinou os estudantes dentro do campus e promoveu uma sucessão de atos de violência e brutalidade. Policiais armados de cassetetes, arma taser, gás pimenta e cães criaram um confronto desigual e inadmissível em contraste com os manifestantes, que promoviam uma passeata pacífica, fundamentada em uma postura de cidadania legítima e coerente com o que se espera de acadêmicos críticos e preocupados com os problemas da cidade em que vivem, entre eles, o estado vergonhoso do transporte coletivo de Florianópolis.

Este lamentável acontecimento foi presenciado por vários professores, que tentaram inutilmente mediar a situação, cujas consequências podiam ser vizibilizadas no terror dos estudantes acuados, temerosos diante da truculência dos policiais envolvidos.

A ADFAED - Associação dos Docentes da FAED e a APRUDESC - Associação dos Professores da UDESC consideram que o acontecido envolveu uma dupla violência: contra os manifestantes e seus direitos de livre expressão e associação, e contra a Universidade, cujo dever é justamente o de promover o debate, a reflexão, a crítica e o respeito aos direitos civis.

Repudiamos, portanto, a invasão do campus da UDESC pela polícia militar bem como as agressões cometidas contra os estudantes, e exigimos que as autoridades competentes atentem a seus deveres constitucionais, como requer um Estado democrático e de direito.

Ilha de Santa catarina, 1 de junho de 2010

ADFAED e APRUDESC

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Colegas!

Não quero me alongar mais porque os argumentos apresentados pelos colegas são convincentes e articulados e a situação vivida ontem foi de estarrecer. Devemos combater sempre estas arbitrariedades e nossas armas mais letais, como bem escreveu Janice, devem estar afiadas: discutir, escrever, criticar, problematizar, publicizar, esbravejar... Assim, sugiro que na nossa Reunião Departamental da próxima 2ª feira, aprovemos e assinemos documento escrito pela ADFAED, pela Gláucia e Emerson e o façamos circular tanto em nossas listas como nas mídias, por exemplo, lido na Rádio UDESC, além de coloca-lo na página da UDESC.
Um abraço. Maria Teresa Santos Cunha.

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Uma adolescente
no parlamento



Com 13 anos de idade, nascida no dia 6 de dezembro de 1996, Carolina Maingué Pires é a vereadora mirim do distrito de Santo Antônio de Lisboa. Sua estréia como integrante da Câmara Municipal Mirim acontece no dia 9 de junho, às 19 horas, no Centro Comunitário de Sambaqui. Carol, como é conhecida, filha de Robertinho Pires e Ana Maingué Pires, foi escolhida pelo Colégio Cruz e Sousa (Cesusc) no ano passado, quando estava na 7ª série B, com o apoio do professor de História Cleyton Machado.

"Eu sempre ouvi dizer que política é coisa chata, coisa de vagabundo que não faz nada", explica Carol. "Eu sempre tive uma idéia vaga do que seja política e então fiquei com vontade de saber como é". Por isso ela aceitou o desafio. Por coincidência, seu padrinho na Câmara Municipal é o vereador Ricardo Camargo Vieira (Dr. Ricardo, PC do B), escolhido por sorteio. "A Câmara e as escolas realizam os processos de escolha dos vereadores mirins e depois acontece um sorteio para saber quem fica como padrinho de quem", assinala Ricardo. A principal missão de Carol será a de ouvir a comunidade, debater os problemas do bairro e buscar as soluções. Atuará como uma vereadora.

Para quem não sabe Carol é bisneta de Rafael da Rocha Pires, liderança incontestável de Sambaqui na segunda metade do século 20. Nascido em 24 de outubro de 1907, atuou na agricultura, tendo sido nomeado escrivão de paz entre 1945 até a aposentadoria em 1960. Como intendente entre 1951 e 1954, foi responsável pela abertura da estrada geral de Sambaqui. Casado em primeiras núpcias com Cizina Teixeira da Cunha em 1929, ficou viúvo em 1933, com duas filhas - Dalcema e Delorme. Em 1936 se casou com Nirce Cardoso Pires, com quem teve os seguintes filhos: Roberto Lapa Pires (avô de Carol, pai de Robertinho Pires), Rosa Amélia, Manoel, Dilma, Maria Martinha, Reinaldo, Maria da Graça, Renato Miguel, Osvaldo, Dirce, Rui, Rodolfo dos Passos e Alba. Faleceu no dia 25 de novembro de 1997. O terreno do Centro Comunitário, onde Carol fará sua estréia como vereadora em Sambaqui, foi doado por Rafael da Rocha Pires.*

Robertinho, Ana e a vereadora.

Vereador Ricardo e a afilhada Carol.

* FERREIRA, Sérgio Luiz. Histórias quase todas verdadeiras - 300 anos de Santo Antônio e Sambaqui. Florianópolis: Editora das Águas, 1998.

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Bodas osórias

Por Amílcar Neves*

Coube-lhe integrar a lista dos convidados de sábado para as Bodas de Ouro celebradas em Tubarão. Bodas de ouro, entre os Osórios, só se equiparam a aniversários de 21 anos. Ambas são consideradas pela inumerável família do Sul catarinense efemérides mais importantes do que nascimentos, batizados, festas de 15 anos e, mesmo, casamentos e funerais. O motivo é simples de entender: os 50 anos de qualquer casamento marcam uma afirmação categórica da força e da tenacidade osórias, com efusivas homenagens prestadas aos protagonistas, enquanto os 21 anos de idade de um Osório ou uma Osória proclamam sua entrada efetiva na idade adulta (o que significa assumir responsabilidades e parcelas de poder), depois de três anos como motorista habilitado e, ao menos, duas eleições como votante e, não raras vezes, também como votado.

O povo osório, como ninguém ignora, espalha-se por todos os municípios da Região Sul de Santa Catarina, e apenas ali eles vivem, todos, com duas únicas exceções: não há Osórios no município de Imaruí, onde eles não conseguem se estabelecer por não serem aceitos naquela comunidade sulina, e somente um dos seus membros radica-se com unhas e dentes fora daqueles domínios (em todos os sentidos do termo), para imensa consternação osória. Trata-se, este, do indivíduo de nome Manoel Osório, residente e domiciliado na Capital do Estado.

Mesmo sendo eles tantos e tão importantes, como efetivamente o são, nenhum deles, nem mesmo Manoel Osório, é jamais deixado de lado. E não foi diferente nas solenidades encomiásticas (palavra muito em voga quando casaram) dos 50 anos do matrimônio de Erecina Osória com Augustinho Osório.

Solenidades é o termo preciso para descrever a situação, pois que é impossível reunir todos os Osórios em um único lugar num único dia, e este tipo de comemoração (que, ultimamente, tem ocorrido numa média de uma por mês no seio do vasto clã osório) carece desenrolar-se em três, quatro e, até!, cinco dias.

Tocou a Manoel Osório, assim, ser convidado da lista de sábado em Tubarão, oportunidade que teve para admirar muitas primas que desconhecia, com várias delas comprazendo-se jubilosamente, e bastante admirou-se da quantidade de promissoras sobrinhas que lhe brota de todos os lados.

Preze a Deus que ele um dia nos conte tudo o que viu, ouviu e, em especial, tudo o que fez por lá naquela ocasião.


*Amilcar Neves é escritor com sete livros de ficção publicados, diversos outros ainda inéditos, participação em 31 coletâneas e 44 premiações em concursos literários no Brasil e no exterior. Crônica publicada na edição de hoje (2;6;2010) do jornal Diário Catarinense (Florianópolis-SC). Reprodução autorizada pelo autor.






Um comentário:

Alessandro Cassoli disse...

Parabéns pela cobertura deste episódio! A truculência da polícia está um exagero. As forças que deveriam garantir nossos direitos constitucionais estão agindo contraditoriamente, reprimindo violentamente os direitos de manifestação e liberdade de trânsito e expressão. Um abuso que deve ser registrado e denunciado!