6.6.10

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Telma Piacentini
apresenta novo livro

(Semana Cultural de
Santo Antônio de Lisboa)

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Ameaça na Armação
Texto e fotos Angela Liuti
Drama repercute no Terra
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Imagens da destruição
na Barra da Lagoa

Fotos Celso Martins
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Jornalista Anita Martins
está voltando do Oriente


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Canal da Barra (Barra da Lagoa) em 1º.6.2010. Foto: Celso Martins.

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Telma Piacentini na
Semana Cultural de
Santo Antônio de Lisboa

Professora lançou seu último livro.


Professora, escritora e artista plástica, Telma Piacentini lançou no último sábado em Santo Antônio de Lisboa seu livro Brincadeiras infantis na Ilha de Santa Catarina (Florianópolis: Fundação Franklin Cascaes Publicações, 2010), ilustrado com escultura de Franklin Cascaes. O lançamento integrou a Semana Cultural de Santo Antônio de Lisboa e marcou a inauguração do Espaço Cultura Óptica Brasil, onde pode ser encontrado o livro de Telma (R$ 15,00) e outros autores locais. Confira abaixo um texto da professora Gilka Girardello.

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O Itinerário da Magia nas
Brincadeiras Infantis da

Ilha de Santa Catarina


Por Gilka Girardello*

Este é um livro imprescindível para quem estuda a infância na cultura brasileira, os laços entre arte, cotidiano e memória, e principalmente para quem deseja conhecer melhor as raízes do imaginário tradicional da Ilha de Santa Catarina.

A autora Telma Piacentini, em linda prosa poética, nos conta do profundo estudo que fez sobre as brincadeiras infantis representadas no rico acervo de estatuetas em argila esculpidas a partir dos anos 1940 por Franklin Cascaes, artista, escritor e pesquisador nascido um século atrás na região da Ilha. O batizado da boneca, a perna de pau, o cavalinho de folha de palmeira e tantas outras brincadeiras das crianças da Ilha que despertaram a atenção do artista-pesquisador, são examinados com igual delicadeza por essa pesquisadora-artista. Se Cascaes ainda circula invisível por aí, montado num boitatá alado, hoje deve estar radiante, ao ver o quanto seu trabalho foi reanimado pelo olhar atento da autora, que assim se mostra parceira dele na valorização da memória luso-açoriana, negra e indígena do litoral catarinense.

A sensibilidade da pesquisadora, doutora em Educação, é também argúcia analítica: ela nos ajuda a ver o material, organiza-o teoricamente, aponta significados e relações a partir de pensadores da infância e da memória cultural, como Walter Benjamin, de poetas como Rilke, dos estudos contemporâneos da infância e da brincadeira, e de uma galeria de pintores - de Brueghel e Donatello a Portinari e Glauco Rodrigues - que também retrataram crianças brincando. Ela descobre em Cascaes toda uma pedagogia, feita de paciência e atenta às pequenas fulgurações da criação cotidiana das crianças. Nesse sentido, o livro faz parte de um conjunto de trabalhos que nos últimos anos vem colocando Cascaes no lugar que ele merece: o de um grande artista brasileiro.

Em tempos como o nosso, em que a expressão “Ilha da Magia” foi banalizada pelo marketing, e diante do rolo compressor da urbanização descontrolada, um livro como este é especialmente necessário e politicamente contundente. Ele nos ajuda a parar, a sentir, a olhar melhor para o que está à nossa volta e para os presentes da história. Telma Piacentini nos dá a ver um outro sentido da “magia” da cultura tradicional da região, um sentido que Cascaes também via, e que tem relação com os mistérios da memória e com a potência criadora sempre renovada da imaginação infantil.

* "Orelha" do livro. Gilka Girardello, março de 2010.


Rosnel Bond, João Carlos Mosimann e o poeta Alcides Buss.

Rosana Bond.

Rosnel Bond lança "Cadernos da Trilha" (Caminho do Peabiru).

Flávio dos Santos, divulgando o site Caminho do Peabiru.

Público prestigiou inauguração do Espaço Cultural Óptica Brasil.

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ALERTA NA ARMAÇÃO


Por Angela Liuti*

Não precisa ser especialista para verificar que a Armação está sob grande dano ambiental, é muito triste.

Tenho acompanhado in loco o deposito de pedras na Armação e estou deveras preocupada. Conforme se consolida o aterro de pedras a água busca locais menos resistententes e vai avançar para o Morro das Pedras causando um dano maior próximo à Lagoa do Peri. Não precisa nem ser expert para notar o efeito devastador do costão sobre a praia. A interação natural, mar areia dunas, está acabando de vez. Ontem o aterro estava proximo da ultima duna não ocupada da Armação, a estas horas deve estar definitivamente desligada do mar. Algo deve ser feito. Solicito encarecidamente à dra Ana Lúcia que pare aquele aterro por conta do dano ambiental irreversível que está se consolidando na Armação.

Seria importante fazer um diagnóstico de quantos moradores fixos, de aluguel ou casas d everaneio estão ou foram afetadas pela erosão do mar, e se o custo financeiro e ambiental do aterro não seria menor se os moradores fixos fossem transferidos para outro local até fazer um estudo definitivo sobre a melhor forma de tratar a praia da Armação. Portanto o custo por cercar a praia de pedras e quebrar a dinâmca natural do MAR é maior do que relocar as pessoas efetivamente afetadas.

*Angela Liuti é presidente da União Florianopolitana das Entidades Comunitárias-Ufeco.



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Muro de pedras na Armação
pode agravar destruição em SC


O jornalista Fabrício Escandiuzzi ouviu a opinião de especialistas sobre as obras na praia da Armação.

João Luiz Baptista de Carvalho, diretor do Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar) da Universidade do Vale do Itajaí (Univali):

* "O problema pode se intensificar nas próximas ocorrências de ressaca".
* "A princípio, a obra protege as casas afetadas em um curtíssimo prazo. A água irá encontrar a barreira de pedras e continuará erodindo com ainda mais força a parte inferior deste muro".


Geólogo Rodrigo Del Omo Sato (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura-CREA, voluntário da Defesa Civil):

* "Construir o muro é o mesmo que dar remédio para tosse a um portador do HIV e esperar que ele melhore. Tem que se atacar a causa do problema, e isso não está ocorrendo."
* "Sem o engordamento da praia tudo vai voltar a erodir. É a mesma coisa de empurrar um carro sem freio ladeira acima. Quando parar para descansar ele volta a descer".
* "Assim que chegar uma ressaca para valer aí veremos o que é destruição".

Íntegra no site Terra.

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BARRA DA LAGOA
1º.6.2010
Fotos: Celso Martins












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Anita Martins
Um ano e meio no

outro lado do mundo,

retornando ao Brasil



Jornalista está em Buenos Aires. Chega a Florianópolis no
início da madrugada de sexta-feira. Fotos: Margaret Grando.



Um comentário:

Unknown disse...

Olha só por onde anda minhas ex alunas!!!! Acreditem essa mulher já foi minha aluna de balé-clássico quando ainda pequenina.... Tudo de bom de coração e fico feliz pelo teu sucesso e sua felicidade! Bjos Ana Maingué