4.6.10

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UDESC debate
invasão da PM

Segunda (7.6), às 15 horas

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M E M Ó R I A
Protestos nas antigas
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SEMANA CULTURAL
Santo Antônio de Lisboa
Agenda de sábado e domingo

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Sambaqui (Florianópolis-SC). Foto: Celso Martins.

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U D E S C
O 31 DE MAIO NÃO PODE SER ESQUECIDO!

DEBATE SOBRE A INVASÃO
POLICIAL
NO CAMPUS


Estudante sendo preso dentro do campus da UDESC. Foto: Hans Schneider.


DIANTE DOS LASTIMÁVEIS FATOS OCORRIDOS NO DIA 31 DE MAIO DE 2010, COM O CERCO POLICIAL AO CAMPUS DA UDESC RESULTANDO EM AGRESSÕES, INTIMIDAÇÕES E PRISÕES, ALÉM DE INVASÃO DA PRÓPRIA UNIVERSIDADE, A ADFAED E A APRUDESC CONVIDAM TODA A COMUNIDADE ACADÊMICA DA UDESC – CAMPUS I – PARA PARTICIPAR DE DEBATE ABERTO SOBRE AS ARBITRARIEDADES COMETIDAS.

UMA MANIFESTAÇÃO POR TRANSPORTE COLETIVO DE QUALIDADE E ACESSÍVEL A TODOS/AS, FEITA POR UM MOVIMENTO LÍCITO E PACÍFICO, FOI INTERROMPIDA PELA OSTENSIVA E AGRESSIVA ATITUDE DE POLICIAIS QUE, AO INVADIR A UDESC PROMOVENDO ATOS DE BRUTALIDADE, NEGARAM ALGO PRIMORDIAL NUMA UNIVERSIDADE: O LIVRE DEBATE E A MANIFESTAÇÃO DE IDEIAS FAVORÁVEIS A UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA.


DATA: 07/06/2010( segunda feira)

HORÁRIO: 15 HORAS


LOCAL: AUDITÓRIO DA FAED



DEBATE COM A PRESENÇA DE PRUDENTE MELLO, CONSELHEIRO DA COMISSÃO DE ANISTIA DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA.

APÓS O DEBATE – POR VOLTA DAS 17 HORAS - FAREMOS UMA MANIFESTAÇÃO NO CAMPUS, AFIRMANDO O PAPEL DA UNIVERSIDADE COMO ESPAÇO DE REFLEXÃO CRÍTICA E DIÁLOGO, REPUDIANDO A INVASÃO POLICIAL E COBRANDO DA REITORIA POSICIONAMENTO SOBRE O OCORRIDO E UMA RESPOSTA QUANTO À ORIGEM DO ACIONAMENTO POLICIAL.


Promoção: Associação dos Professores da UDESC (Aprudesc)
e Associação dos Docentes da FAED (Adfaed).

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M E M Ó R I A

Florianópolis, março de 1964



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Nota: O jornal Folha Catarinense circulou em Florianópolis-SC entre 1963 e 1964, editado pelo jornalista Francisco Pereira.

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MIMO E O
MOVIMENTO
ESTUDANTIL
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Protesto estudantil em Florianópolis. Anos 1960. Foto: jornal Folha Catarinense.

“[...] Paralelo à batalha política que se travava no país, os capitalistas em Florianópolis seguiam na sua rotina de exploração. Donos do comércio, transporte e indústrias aproveitavam-se de tudo. Caía uma ponte, dificultava o transporte e já as mercadorias subiam de preço, principalmente os gêneros alimentícios como carne, pão, leite etc. As passagens de ônibus também subiam. Levantar, na Câmara, esse problema, era em vão. A Câmara era isolada do povo, por isso era perder tempo. Precisávamos levar para as ruas, e assim o fizemos.

Reunimo-nos no partido e começamos a angariar informações sobre a contabilidade nos açougues e mercados de carnes e das empresas de ônibus. Com os principais dados nas mãos , convidamos o povo para um comício contra o aumento das passagens de ônibus. Confeccionamos boletins, por intermédio de nossa gráfica, e distribuímos na cidade. Marcamos um comício no ponto de ônibus, perto da Alfândega, para as 17 horas, e recomendamos que os passageiros não tomassem os ônibus, não pagassem o aumento que era de 100 réis (as passagens aumentavam de 500 para 600 réis). Quando lá comparecemos, a praça estava lotada. Nas imediações, dezenas de ônibus estacionados, até que receberam ordem de retirar-se vazios. Os proprietários não transportariam por menos; aquela gente toda que fosse a pé para o Estreito.

Pagaram caro por isso, porque as mulheres viram passar os primeiros carros vazios e não traziam seus maridos nem filhos. Cercaram os ônibus e começaram a quebrá-los. A população juntou-se a elas e não deixaram um só vidro inteiro. Os passageiros, a convite nosso, vieram para frente da prefeitura e continuaram seu protesto. A polícia, como sempre, veio em socorro de seus patrões, mas não teve efeito; diante daquela multidão tentou dialogar. Resultado: as passagens não subiram e os ônibus apareceram com outro aspecto, todos pintados e de vidros novos. Por todo ano não se viu mais falar em aumento de passagem. As demais linhas que faziam o transporte na Ilha, que também já estavam se preparando para pedir aumento, viram a barba do vizinho arder e botaram as suas de molho.

Agora as coisas são diferentes. Certa feita ouvi o então Prefeito de Florianópolis justificar um aumento que deu para as passagens de ônibus, dizendo que os trabalhadores tinham sido aumentados em seus salários e por isso ele concedia aos senhores empresários o direito de aumentarem as passagens. Esse prefeito entrou na Câmara Municipal, como vereador, com os votos do povo pobre e com os votos dos comunistas e de lá nunca saiu, pois acomodou-se muito vem com as manobras e bandalheiras das oligarquias dominantes e até chegou a substituir prefeitos. [...]”

Fonte: RIBEIRO, Manoel Alves (Mimo). Caminho.

* Manoel Alves Ribeiro foi vereador entre 1959 e 1964 em Florianópolis-SC. Nasceu em Imaruí-SC em 13 de março de 1903. Foi mineiro em Criciuma e eletricista em Florianópolis, tendo atuado na construção da ponte Hercílio Luz. Estava entre os fundadores da primeira direção estadual do PCB em Santa Catarina em 1939. Faleceu na capital catarinense no final da década de 1990 e deixou dois livros publicados.

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SEMANA CULTURAL
Santo Antônio de Lisboa



Dia 5.6 (sábado)

15h – Lançamentos: II Concurso de Contos e Poesias, revista "Cadernos da trilha" (Rosana Bond) e o livro “Brincadeiras Infantis na Ilha de Santa Catarina” (Telma Piacentini). Bate-papo com escritores. Espaço Literário “Ótica Brasil” (junto à Feira das Alfaias).


16h - Coral Escola (Fundação Franklin Cascaes). Feira das Alfaias.


17h - Show “Joana, violão e voz”. Feira das Alfaias.


21h - Forró do Peixe-Frito – Bandas ERVA RASTEIRA e GUAYPECA. Clube Avante.


Dia 6.6 (domingo)

16h - Caldos e Causos de Santo Antônio. Com Causos do Francolino, Causos cantados com Marcoliva e participação da comunidade. Feira das Alfaias.

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