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Textos de
Carlos Miguel Torres e
João Manoel do Nascimento
Carlos Miguel Torres e
João Manoel do Nascimento
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A Fúria do Vento
no Oriente Médio
Por Carlos Miguel Torres*
O que está acontecendo no Egito e nos demais países árabes, é uma demonstração de que quando o povo quer mudança, não há regime que suporte. O ditador Mubarak, governando há trinta anos, com apoio explicito dos Estados Unidos, não quer largar o osso de forma alguma.
Os ecos da Revolução dos Jasmim que derrubou o ditador Zine AL-Abidine Ben Ali, na Tunísia, no mês passado é a prova mais cabal que se possa ter, de que uma ditadura por mais violenta que possa ser, o povo na rua, forma uma violenta tempestade e derruba qualquer regime autoritário.Chega ser encantador e repleto de glamour ver nos meios de comunicação o povo gritando, mesmo apanhando, por liberdade e democracia.
Não há ditadura no mundo que tenha sobrevivido quando a sociedade de organiza e pede mudanças, assim foi na América Latina e principalmente no Brasil. Como em toda revolução, há mortos e feridos, até porque não existe outra forma de luta, a não ser através da violência. Quando não existe democracia e canais de escape de uma sociedade, o caminho é a luta em todos os sentidos.
Ainda ontem, a televisão mostrava o protesto de um milhão de pessoas no Cairo, clamando democracia, a minha memória voltou nos tempos da luta no Brasil, quando em São Paulo, na praça da Sé, os movimentos democráticos, reuniram mais de um milhão de pessoas pedindo eleições diretas já. A força foi tão grande que o regime militar foi afogado e morto pela encantadora magia do povo brasileiro.
Mas nunca devemos esquecer que tudo começou com a famosa novembrada aqui em Florianópolis, em 30 de novembro de 1979, ocasião em que o general Figueiredo quase acabou apanhando do povo, reunido na Praça XV.
Segundo este poeta, num poema sobre a fúria do vento, na obra, “Loucos Pensamentos”: “Povo é igual um vento forte/Que vem da montanha/Uiva quando quer/Sopra quando quer/Da forma que quer e derruba o que quiser”. Diante disso, estamos assistindo o vento quente das areias do deserto no Oriente Médio, varrendo a podridão das ditaduras muçulmanas.
Os ecos da Revolução dos Jasmim que derrubou o ditador Zine AL-Abidine Ben Ali, na Tunísia, no mês passado é a prova mais cabal que se possa ter, de que uma ditadura por mais violenta que possa ser, o povo na rua, forma uma violenta tempestade e derruba qualquer regime autoritário.Chega ser encantador e repleto de glamour ver nos meios de comunicação o povo gritando, mesmo apanhando, por liberdade e democracia.
Não há ditadura no mundo que tenha sobrevivido quando a sociedade de organiza e pede mudanças, assim foi na América Latina e principalmente no Brasil. Como em toda revolução, há mortos e feridos, até porque não existe outra forma de luta, a não ser através da violência. Quando não existe democracia e canais de escape de uma sociedade, o caminho é a luta em todos os sentidos.
Ainda ontem, a televisão mostrava o protesto de um milhão de pessoas no Cairo, clamando democracia, a minha memória voltou nos tempos da luta no Brasil, quando em São Paulo, na praça da Sé, os movimentos democráticos, reuniram mais de um milhão de pessoas pedindo eleições diretas já. A força foi tão grande que o regime militar foi afogado e morto pela encantadora magia do povo brasileiro.
Mas nunca devemos esquecer que tudo começou com a famosa novembrada aqui em Florianópolis, em 30 de novembro de 1979, ocasião em que o general Figueiredo quase acabou apanhando do povo, reunido na Praça XV.
Segundo este poeta, num poema sobre a fúria do vento, na obra, “Loucos Pensamentos”: “Povo é igual um vento forte/Que vem da montanha/Uiva quando quer/Sopra quando quer/Da forma que quer e derruba o que quiser”. Diante disso, estamos assistindo o vento quente das areias do deserto no Oriente Médio, varrendo a podridão das ditaduras muçulmanas.
*Carlos Miguel Torres, escritor que acaba de fixar residência em Sambaqui, inicia a participação periódica no Sambaqui na Rede. Estará presente também no DAQUI Web e no DAQUI Jornal, veículos com lançamento marcado para o próximo dia 12.
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Turismo e atitude
Por João Manoel do Nascimento*
Turismo e atitude
Por João Manoel do Nascimento*
O Diário Catarinense de 3.2.2011 noticiou que a certificação de Jurerê Internacional como "Bandeira Azul" foi perdida. O interessante não é a perda do selo, mas a maneira com que as autoridades se eximem de responsabilidades que, a rigor, seriam suas.
Notem a fala do Secretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Sr. José Carlos Rauen: "Foi uma pena, mas infelizmente não houve possibilidade de cumprir as exigências permanentemente, em função do grande número de turistas em Jurerê Internacional na temporada, incompatível com a estrutura da prefeitura".
Desde quando o turismo é atividade que cause qualquer surpresa na cidade de Florianópolis? A desculpa não pode ser aceita.
Como tenho dito anteriormente, com relação aos serviços públicos não é mais possível confiar que o Poder Público (municipal, estadual ou federal) dê conta dos desafios nem no médio prazo.
Caso queiramos que as situações calamitosas de balneariabilidade, de limpeza das praias, de segurança pública, entre outras demandas, sejam eficazmente corrigidas, as comunidades terão que mudar o seu comportamento. Os cidadãos terão que assumir parte do papel do Estado e passar a cobrar mais ferozmente o cumprimento de serviços que não puderem desempenhar sozinhos. Em outras palavras, não é mais possível esperar por uma atitude das autoridades, que tem sido o comportamento médio de todos os cidadãos diante das agruras da vida cotidiana.
Se não quisermos mudar de endereço, teremos que mudar nossa atitude.
Notem a fala do Secretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Sr. José Carlos Rauen: "Foi uma pena, mas infelizmente não houve possibilidade de cumprir as exigências permanentemente, em função do grande número de turistas em Jurerê Internacional na temporada, incompatível com a estrutura da prefeitura".
Desde quando o turismo é atividade que cause qualquer surpresa na cidade de Florianópolis? A desculpa não pode ser aceita.
Como tenho dito anteriormente, com relação aos serviços públicos não é mais possível confiar que o Poder Público (municipal, estadual ou federal) dê conta dos desafios nem no médio prazo.
Caso queiramos que as situações calamitosas de balneariabilidade, de limpeza das praias, de segurança pública, entre outras demandas, sejam eficazmente corrigidas, as comunidades terão que mudar o seu comportamento. Os cidadãos terão que assumir parte do papel do Estado e passar a cobrar mais ferozmente o cumprimento de serviços que não puderem desempenhar sozinhos. Em outras palavras, não é mais possível esperar por uma atitude das autoridades, que tem sido o comportamento médio de todos os cidadãos diante das agruras da vida cotidiana.
Se não quisermos mudar de endereço, teremos que mudar nossa atitude.
*João Manoel do Nascimento é advogado.
Contato: joaomn@yahoo.com.br
Contato: joaomn@yahoo.com.br
2 comentários:
Apesar da Lei Orgânica do Município estabelecer que, via lei complementar, o Município deve legislar sobre um plano de desenvolvimento turístico e da vocação do Município ser eminentemente turística, estive recentemente na Câmnara Municipal em busca do aludido Plano, mas disseram-se que ele simplesmente não existe.
A omissão vem desde a época em que a Lei Orgânica foi sancionada e nenhum dos prefeitos que administraram nossa região desde então, assim como nenhum vereador parece dar bola para a premente necessidade de se disciplinar a atividade.
Tal omissão evidencia o "zelo" do Executivo e do legislativo.
Entretanto, quando se trata de custear restauro de igrejas com dinheiro público, o primeiro argumento de que se utilizam é de que isto estimula o "turismo religioso".
É preciso que leiam nossos administradores a Constituição Estadual para ver as formas ali previstas de apoiar e incrementar o turismo.
Hj a maioria dos "empregados" da Prefeitura de Florianópolis é COMISSIONADA. Esse tipo de empregado está muito mais preocupado na manutenção do seu cargo do que com a finalidade do mesmo. Não possuem comprometimento de longo prazo com a instituição - indispensável para se atingir resultados perenes. Eles "resolvem" os problemas e demandas até o fim da gestão. E o próximo que dê jeito..
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