.
Penútimo Dia
Poema de Emanuel Medeiros Vieira
*
Tempos Estranhos
Crônica de Amílcar Neves
*
Notícias do Plano Diretor
*
Veleiro soçobrado (fotos)
Penútimo Dia
Poema de Emanuel Medeiros Vieira
*
Tempos Estranhos
Crônica de Amílcar Neves
*
Notícias do Plano Diretor
*
Veleiro soçobrado (fotos)
*
*
PENÚLTIMO DIA
Por Emanuel Medeiros Vieira
Por Emanuel Medeiros Vieira
Para Nelson Hoffmann
*
TEMPOS ESTRANHOS
TEMPOS ESTRANHOS
Por Amílcar Neves*
Estranhos são estes tempos em que vivemos. A Humanidade gastou milênios para se impor padrões de educação, de relação com os semelhantes e com os negócios do planeta (chamados habitualmente de meio ambiente) que pudessem ser classificados como minimamente civilizados. Os impulsos naturais, espontâneos e emocionais, precisaram e precisavam ser contidos em nome da tolerância e do convívio com o alheio, com o diferente, com o contrário.
Não foi fácil, e milênios foi um tempo insuficiente, escasso demais para a monumental tarefa de fazer o ser humano comportar-se como gente. O jeito foi inventar a hipocrisia para dar conta da tarefa: eu disfarço que sou gentil e cavalheiro, vocês fingem acreditar nos meus propósitos e atitudes, e todos nós, satisfeitos enfim, nos entregamos à maledicência, à conspiração e à satisfação dos nossos instinto primevos.
Mais recentemente, bem mais recentemente nessa longa linha do tempo, fundou-se o politicamente correto como instituição predominante na regência dos contatos diretos ou indiretos entre as pessoas, como código de conduta e de comunicação cujas violações são punidas com o máximo rigor, porém sem violência nem constrangimentos: o desprezo complacente da cara feia é imediatamente dirigido, endereçado aos contraventores até mesmo pelo espelho que eles têm em casa: é bastante eles saberem que agiram de forma condenavelmente incorreta.
Assim, por exemplo, o racismo é execrado, mas chamar alguém pela cor da pele - negro, por exemplo - pode ser altamente ofensivo e justificar um belo processo judicial por danos morais incalculáveis.
Com o advento da prática extensiva do politicamente correto, desapareceram da face da Terra todos os aleijados e retardados mentais, a despeito de a nossa civilização sobre rodas mutilar todo dia mais do que as maiores e mais sangrentas batalhas, apesar de a extremada competitividade em busca desmesurada pelo dinheiro e pelo poder alijar e alienar multidões, marginalizando todo e qualquer indivíduo que não compactuar com as regras e pôr-se a questioná-las: não há tempo a perder com casos individuais, pois o mundo não para de girar. Portanto: enquadrem-se!
Às vezes (quantas vezes, mesmo?), de tanto buscar o verniz da cultura e da educação, e de tanto nos cobrir com ele, acabamos por fabricar máscaras, estranhas máscaras que nos escondam do mundo e dos homens.
Não foi fácil, e milênios foi um tempo insuficiente, escasso demais para a monumental tarefa de fazer o ser humano comportar-se como gente. O jeito foi inventar a hipocrisia para dar conta da tarefa: eu disfarço que sou gentil e cavalheiro, vocês fingem acreditar nos meus propósitos e atitudes, e todos nós, satisfeitos enfim, nos entregamos à maledicência, à conspiração e à satisfação dos nossos instinto primevos.
Mais recentemente, bem mais recentemente nessa longa linha do tempo, fundou-se o politicamente correto como instituição predominante na regência dos contatos diretos ou indiretos entre as pessoas, como código de conduta e de comunicação cujas violações são punidas com o máximo rigor, porém sem violência nem constrangimentos: o desprezo complacente da cara feia é imediatamente dirigido, endereçado aos contraventores até mesmo pelo espelho que eles têm em casa: é bastante eles saberem que agiram de forma condenavelmente incorreta.
Assim, por exemplo, o racismo é execrado, mas chamar alguém pela cor da pele - negro, por exemplo - pode ser altamente ofensivo e justificar um belo processo judicial por danos morais incalculáveis.
Com o advento da prática extensiva do politicamente correto, desapareceram da face da Terra todos os aleijados e retardados mentais, a despeito de a nossa civilização sobre rodas mutilar todo dia mais do que as maiores e mais sangrentas batalhas, apesar de a extremada competitividade em busca desmesurada pelo dinheiro e pelo poder alijar e alienar multidões, marginalizando todo e qualquer indivíduo que não compactuar com as regras e pôr-se a questioná-las: não há tempo a perder com casos individuais, pois o mundo não para de girar. Portanto: enquadrem-se!
Às vezes (quantas vezes, mesmo?), de tanto buscar o verniz da cultura e da educação, e de tanto nos cobrir com ele, acabamos por fabricar máscaras, estranhas máscaras que nos escondam do mundo e dos homens.
*Amilcar Neves é escritor com sete livros de ficção publicados, diversos outros ainda inéditos, participação em 31 coletâneas e 44 premiações em concursos literários no Brasil e no exterior. Crônica publicada na edição de hoje (7.4) do jornal Diário Catarinense (Florianópolis-SC). Reprodução autorizada pelo autor.
*
Notícias do
Plano Diretor
Ato no Rio Tavares
Assembléia da Ufeco
Na UFSC
*
Soçobrado na praia das Flores
Notícias do
Plano Diretor
Ato no Rio Tavares
Manifestação contra o Plano Diretor que a Prefeitura pretende encaminhar ao Legislativo, hoje (7.4), às 19 horas, no Conselho Comunitário do Rio Tavares. O ato acontece durante sessão itinerante da Câmara Municipal. Moradores e lideranças de todos os bairros são convidados a participar.
Assembléia da Ufeco
Também hoje, às 19 horas, assembléia geral da Ufeco, no edifício Cristal Center (rua Vidal Ramos, 53 - 1º andar, auditório do Sindlimp/Sindivig). Pauta: 1) Prestação de contas anual; 2) Escolha de Conselheiros do Conselho de Educação e Conselho Estadual do Parque do Rio Vermelho; 3) Discussão sobre o Conselho Municipal de Habitação e CONDEMA; 4) Plano Diretor e 5) Informes Gerais.
Na UFSC
Amanhã, quinta-feira (8.4), acontece na UFSC a reunião do Nucleo Gestor Municipal do Plano Diretor Participativo (autoconvocado). No dia 13, reunião geral sobre o projeto que pode ser enviado à Câmara a qualquer momento. Os dois encontros acontecem na sala número quatro do curso de Arquitetura (UFSC).
*
Soçobrado na praia das Flores
Nenhum comentário:
Postar um comentário