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O MAR NÃO ESTÁ PRA PEIXE
Lideranças do Norte da Ilha têm
dúvidas sobre o estaleiro em
Biguaçu que vai afetar a Baía
de Florianópolis e suas praias
dúvidas sobre o estaleiro em
Biguaçu que vai afetar a Baía
de Florianópolis e suas praias
O OAX Estaleiro-SC a ser implantado na localidade de Tijuquinhas (Biguaçu), vai provocar impactos profundos na Baía Norte de Florianópolis e suas praias, afetando as atividades turísticas, recreativas e esportivas, a maricultura e a pesca, entre outras, afirmou o dirigente do ICMBio Apoena Figueiroa, durante reunião realizada na noite de segunda-feira (19.4) pelo Conselho Comunitário do Pontal de Jurerê/Daniela (CCPontal). O órgão federal oriundo do desmembramento do Ibama, emitiu parecer contrário à concessão da licença ambiental para o empreendimento, que se encontra nas mãos da Fatma, cujos principais pontos foram reproduzidos em postagem anterior.
A reunião teve a presença de um numeroso grupo da empresa responsável pelo estaleiro, sob o comando do engenheiro elétrico Paulo Monteiro, diretor de meio ambiente, formado por técnicos de diversas áreas. Segundo Monteiro, já teve início em Biguaçu um curso de capacitação para trabalhadores que vão atuar no empreendimento. Ele contestou o parecer do ICMBio e informou que o estaleiro vai construir seis plataformas de exploração de petróleo por ano, além de realizar manutenção em navios petroleiros. “Não será um porto”, garantiu.
O saldo é de dúvidas em relação ao empreendimento. Everton Staub, presidente da Associação de Moradores e Proprietários de Jurerê Internacional, por exemplo, é contra o empreendimento, mesma posição de lideranças como o ex-vereador Rogério Queiroz e outras. O empresário Ernesto Santiago, representando a ACIF e que projeta um empreendimento náutico na Ponta do Leal, argumentou a favor do empreendimento. Outros, entretanto, como o professor Honorato Tomelim, preferem estudar melhor o assunto antes de tomar uma posição.
E agora? Muitas outras reuniões serão realizadas. A de Sambaqui, envolvendo as entidades comunitárias do distrito de Santo Antônio, está sendo agendada pela direção da ABS. Os moradores da praia do Forte também estão se movimentando. O staf da OAX é poderoso, bem pago, com discurso afinado, formado por profissionais de primeira linha. Vão usar todos os argumentos e instrumentos possíveis para convencer a população sobre os benefícios do empreendimento, obter a licença ambiental da Fatma e executar uma obra de US$ 3 bilhões. O Ministério Público Federal abriu um procedimento (inquérito) sobre o caso.
A reunião teve a presença de um numeroso grupo da empresa responsável pelo estaleiro, sob o comando do engenheiro elétrico Paulo Monteiro, diretor de meio ambiente, formado por técnicos de diversas áreas. Segundo Monteiro, já teve início em Biguaçu um curso de capacitação para trabalhadores que vão atuar no empreendimento. Ele contestou o parecer do ICMBio e informou que o estaleiro vai construir seis plataformas de exploração de petróleo por ano, além de realizar manutenção em navios petroleiros. “Não será um porto”, garantiu.
O saldo é de dúvidas em relação ao empreendimento. Everton Staub, presidente da Associação de Moradores e Proprietários de Jurerê Internacional, por exemplo, é contra o empreendimento, mesma posição de lideranças como o ex-vereador Rogério Queiroz e outras. O empresário Ernesto Santiago, representando a ACIF e que projeta um empreendimento náutico na Ponta do Leal, argumentou a favor do empreendimento. Outros, entretanto, como o professor Honorato Tomelim, preferem estudar melhor o assunto antes de tomar uma posição.
E agora? Muitas outras reuniões serão realizadas. A de Sambaqui, envolvendo as entidades comunitárias do distrito de Santo Antônio, está sendo agendada pela direção da ABS. Os moradores da praia do Forte também estão se movimentando. O staf da OAX é poderoso, bem pago, com discurso afinado, formado por profissionais de primeira linha. Vão usar todos os argumentos e instrumentos possíveis para convencer a população sobre os benefícios do empreendimento, obter a licença ambiental da Fatma e executar uma obra de US$ 3 bilhões. O Ministério Público Federal abriu um procedimento (inquérito) sobre o caso.
4 comentários:
Olá! Vim até este blog pela comunidade de Florianópolis no orkut. Sou moradora da ilha, adotei a cidade por amor (sou gaúcha) e estou extremamente preocupada com tudo isso. Como vc mesmo colocou no post abaixo, precisamos unir muitas forças. Eles têm bala na agulha, têm $$$, têm conhecimento de como " engambelar" as pessoas com seus argumentos técnicos. Quero ajudar de alguma forma neste processo. Fiz um post sobre isso também no meu blog, se quiser visitar: http://moradadevenus.blogspot.com/
As únicas saídas que temos, a meu ver, são as seguintes: (1) ou as organizações do meio ambiente conseguem embargar esta obra ou
(2) a OSX tem que perder dinheiro de alguma forma, como por exemplo a desvalorização das suas ações. Temos como conseguir isso? Não sei, mas quanto mais gente informada e fazendo pressão, melhor a chance. Eles vão apelar pela ambição das pessoas, que vão gerar empregos, que o estado vai ficar mais rico, que vão fazer o possivel p/ não causar estragos ao meio ambiente. Temos que mostrar a todos que o histórico das empresas do Eike não é bem esse, que ele deve muito em multas por danos ao meio ambiente, e que aqui não será diferente, perderemos algo que não há dinheiro que compre.
Vou seguir o seu blog, gostaria de ajudar de alguma forma.
Abçs
Parabéns ao blog pela reportagem isenta e de grande qualidade jornalística.
O fato de o projeto da OSX ser bilionário e de os seus profissionais serem bem pagos significa, antes de mais nada, que não se trata de um "puxadinho", de uma "gambiarra", "planejados" e executados por gente desqualificada e sem sintonia com as grandes questões humanistas da atualidade, como o respeito ao meio ambiente através da utilização das melhores e mais modernas tecnologias de arquitetura e engenharia.
Quem conferiu o indescritível respeito ao meio ambiente dos estaleiros na Hyundai na Coréia, sócia da OSX no projeto de Biguaçu, ou conhece os atuais sistemas de dragagem top de linha em operação no mundo, e que serão aplicados aqui, sabe do que estou falando.
Pela revitalização do Canal Norte da Ilha de Santa Catarina! O momento é agora! :. Unidos como as sementes da romã! http://bit.ly/aH7mCo
Gostaria de me ater a um detalhe para que tudo fique justo e perfeito: Não sou presidente da AJIN, como diz a resportagem, sou o assessor jurídico. No geral, acho que o projeto precisa ser muito bem estudado, existem áreas muito sensíveis em volta e o projeto não poderá errar. Vejamos outros exemplos e podemos ficar apreensivos com o projeto. Todos querem o projeto, mas antes de tudo querem segurança a suas casas e ao meio-ambiente.
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Everton Balsimelli Staub
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