BAIACU DE ALGUÉM
SINOPSE PARA O SAMBA
DO CARNAVAL 2010
SINOPSE PARA O SAMBA
DO CARNAVAL 2010
Florianópolis, setembro de 2009
TEMA: MÚSICA DA ILHA
Este ano o Baiacu de Alguém homenageia a música da ilha, com suas diversas raízes rítmicas e estilos e seus músicos e cantores prodigiosos.
A música da ilha como fenômeno cultural local tem longas raízes. Os focos de atividade musical na Ilha, no final do século XVII, quando já se tem relatos de viajantes, passavam: a) pelos índios carijós, com sua musicalidade própria e seus rituais míticos transpassados por cântigos e danças; b) pelos portugueses vindos de Lisboa e os açorianos, que trouxeram os hábitos e tradições européias e da ilha de açores; c) os militares, presentes na Ilha devido à proximidade com os territórios espanhóis, que contribuiriam para a prática musical em Desterro com as bandas; d) os negros, tanto escravos quanto libertos, que trouxeram para cá a musicalidade africana, com seus tambores e ritmos.
Segundo relatos, à noite, os ilhéus, entre eles os do Distrito de Santo Antonio de Lisboa, reuniam-se em pequenos grupos familiares quando, segundo o costume português, dançavam, riam, faziam gracejos, cantavam e brincavam. A música era expressiva, agradável e contagiante, as canções tinham o conteúdo de costumes. Faziam cantigas tradicionais como a ratoeira, os folguedos do boi de mamão e pau-de-fita, o terno de Reis e o Divino, festas tradicionais. Neste calendário cultural da cidade, havia uma mistura do caráter religioso com as manifestações populares, que criavam um sincretismo religioso, em que o sagrado e o profano conviviam.
Os bailes, entre eles os do carnaval, e as danças eram uma forma de entretenimento bastante importante para a sociedade na ilha, no século XIX e início do século XX.
As primeiras bandas surgiram em Desterro no âmbito militar, e aos poucos as sociedades civis passaram a ocupar o espaço deixado pelos grupos militares. Algumas bandas são mencionadas com bastante freqüência e por um longo período de tempo, como a Sociedade Musical Trajano, que existiu por pelo menos 10 anos. A Sociedade Amor à Arte, fundada em 1875, ainda está ativa até o momento, assim como a tradicional Banda da Lapa, do Ribeirão da Ilha.
A história do samba em Floripa tem suas raízes relacionadas às comunidades negras que moram principalmente no entorno do maciço do Morro da Cruz.
Os desfiles de Escola de Samba começam na Ilha em 1949, sendo a Protegidos da Princesa a primeira campeã. Em 1955 é o ano da consagração da Embaixada Copalord. A Unidos da Coloninha ganha pela primeira vez em 1984 e, em 1991, é a vez da Consulado do Samba. Entre Escolas que já deixaram de existir estão a Bororó, Império do Samba e Filhos do Continente, bem como Sociedades Carnavalescas que faziam o carnaval da praça XV, com os carros de mutação como os Tenentes do Diabo, Granadeiros da Ilha, Trevo de ouro, Limoeiro, Vai ou Raxa. (Velho Bruxo, site). Em 2008 surge uma nova escola: União da Ilha da Magia.
Os Blocos carnavalescos são abundantes na cidade. Entre eles o BLOCO BAIACU DE ALGUÉM, que desde 1992 brinca nas ruas de Floripa e de Santo Antônio, contribuindo na preservação da música de qualidade na ilha.
Muitos músicos deram importante contribuição para a história da música da ilha, fazendo com que esta ganhasse reconhecimento no cenário musical: Zininho, Neide Maria Rosa, Luis Henrique, Tião.
Nos anos 1980, 1990, 2000, muitas bandas surgiram, com diversidade de estilos e fizeram nossa música conhecida: Grupo Engenho, Expresso Rural, Gente da Terra, Dazaranha, Tijuqueira, John Bala Jones, entre outras tantas.
O Baiacu de Alguém quer valorizar a nossa música, tão rica, e ainda tão pouco conhecida nacionalmente. Quer criticar a massificação feita pela mídia, que coloca música de conteúdo acrítico e ritmo massificado, pasteurizando estilos e uniformizando ouvidos e ritmos da juventude.
Quer também denunciar a lei do silêncio, que faz com que o carnaval tão tradicional da ilha acabe as duas horas da manhã, quando os corações e corpos ainda estão pulsando, e a carnavalização se esvai na legislação ditatorial.
A música da ilha como fenômeno cultural local tem longas raízes. Os focos de atividade musical na Ilha, no final do século XVII, quando já se tem relatos de viajantes, passavam: a) pelos índios carijós, com sua musicalidade própria e seus rituais míticos transpassados por cântigos e danças; b) pelos portugueses vindos de Lisboa e os açorianos, que trouxeram os hábitos e tradições européias e da ilha de açores; c) os militares, presentes na Ilha devido à proximidade com os territórios espanhóis, que contribuiriam para a prática musical em Desterro com as bandas; d) os negros, tanto escravos quanto libertos, que trouxeram para cá a musicalidade africana, com seus tambores e ritmos.
Segundo relatos, à noite, os ilhéus, entre eles os do Distrito de Santo Antonio de Lisboa, reuniam-se em pequenos grupos familiares quando, segundo o costume português, dançavam, riam, faziam gracejos, cantavam e brincavam. A música era expressiva, agradável e contagiante, as canções tinham o conteúdo de costumes. Faziam cantigas tradicionais como a ratoeira, os folguedos do boi de mamão e pau-de-fita, o terno de Reis e o Divino, festas tradicionais. Neste calendário cultural da cidade, havia uma mistura do caráter religioso com as manifestações populares, que criavam um sincretismo religioso, em que o sagrado e o profano conviviam.
Os bailes, entre eles os do carnaval, e as danças eram uma forma de entretenimento bastante importante para a sociedade na ilha, no século XIX e início do século XX.
As primeiras bandas surgiram em Desterro no âmbito militar, e aos poucos as sociedades civis passaram a ocupar o espaço deixado pelos grupos militares. Algumas bandas são mencionadas com bastante freqüência e por um longo período de tempo, como a Sociedade Musical Trajano, que existiu por pelo menos 10 anos. A Sociedade Amor à Arte, fundada em 1875, ainda está ativa até o momento, assim como a tradicional Banda da Lapa, do Ribeirão da Ilha.
A história do samba em Floripa tem suas raízes relacionadas às comunidades negras que moram principalmente no entorno do maciço do Morro da Cruz.
Os desfiles de Escola de Samba começam na Ilha em 1949, sendo a Protegidos da Princesa a primeira campeã. Em 1955 é o ano da consagração da Embaixada Copalord. A Unidos da Coloninha ganha pela primeira vez em 1984 e, em 1991, é a vez da Consulado do Samba. Entre Escolas que já deixaram de existir estão a Bororó, Império do Samba e Filhos do Continente, bem como Sociedades Carnavalescas que faziam o carnaval da praça XV, com os carros de mutação como os Tenentes do Diabo, Granadeiros da Ilha, Trevo de ouro, Limoeiro, Vai ou Raxa. (Velho Bruxo, site). Em 2008 surge uma nova escola: União da Ilha da Magia.
Os Blocos carnavalescos são abundantes na cidade. Entre eles o BLOCO BAIACU DE ALGUÉM, que desde 1992 brinca nas ruas de Floripa e de Santo Antônio, contribuindo na preservação da música de qualidade na ilha.
Muitos músicos deram importante contribuição para a história da música da ilha, fazendo com que esta ganhasse reconhecimento no cenário musical: Zininho, Neide Maria Rosa, Luis Henrique, Tião.
Nos anos 1980, 1990, 2000, muitas bandas surgiram, com diversidade de estilos e fizeram nossa música conhecida: Grupo Engenho, Expresso Rural, Gente da Terra, Dazaranha, Tijuqueira, John Bala Jones, entre outras tantas.
O Baiacu de Alguém quer valorizar a nossa música, tão rica, e ainda tão pouco conhecida nacionalmente. Quer criticar a massificação feita pela mídia, que coloca música de conteúdo acrítico e ritmo massificado, pasteurizando estilos e uniformizando ouvidos e ritmos da juventude.
Quer também denunciar a lei do silêncio, que faz com que o carnaval tão tradicional da ilha acabe as duas horas da manhã, quando os corações e corpos ainda estão pulsando, e a carnavalização se esvai na legislação ditatorial.
Referências Bibliográficas:
Holler, M. T. (s/d). Fontes sobre a História da Música em Desterro.
Holler, M. T. (s/d). A música na imprensa em desterro no séc. XIX.
http://www.ufsc.br/~esilva/Carnaval.html - Texto do Velho Bruxo.
Holler, M. T. (s/d). A música na imprensa em desterro no séc. XIX.
http://www.ufsc.br/~esilva/Carnaval.html - Texto do Velho Bruxo.
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